INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 16 de janeiro de 2022

 


A DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS

A proposta da nossa reflexão de hoje, é muito desafiadora devido ao nosso estágio evolutivo. Como preâmbulo, é interessante observar que a aquisição das riquezas materiais tem sido a meta da esmagadora maioria dos homens. Neste estudo, vamos abordar importantes questões. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Por que uns são ricos e outros são pobres? Por que uns ganham muito dinheiro enquanto outros ganham pouco? Por que a sorte sorri para uns e fecha a cara para os outros? Por que uns nascem em berço de ouro e outros numa choupana? Estas são algumas, das muitas questões, que ainda não encontramos uma resposta satisfatória. Nosso propósito é, pois, refletir sobre estas questões, analisando-as sob a ótica espírita. Então, de que maneira a Doutrina Espírita pode auxiliar-nos na compreensão da desigualdade de renda apontada acima? O princípio da reencarnação, adotado pelo Espiritismo, é um forte argumento, que pode oferecer-nos alguma pista. É possível que os Espíritos que ora estão encarnados neste país já tenham vivido nos outros países mais desenvolvidos. Como não souberam utilizar a riqueza em favor do próximo, foram enviados para esta região para se reequilibrarem na lei do amor, passando pela prova da pobreza. A desigualdade das riquezas é um dos problemas que preocupa muita gente. E, inutilmente se procurará resolvê-lo levando em conta apenas a vida atual. A desigualdade das riquezas é vista pela Doutrina Espírita como experiência necessária ao crescimento do espírito. Em O Evangelho segundo o Espiritismo, capítulo XVI, Kardec apresenta belas ideias em torno das desigualdades das riquezas, elencando três causas fundamentais para esse fenômeno social tão lamentável. A primeira delas encontra-se nas próprias diferenças existentes entre os indivíduos: nem todos são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar, afirma o codificador. E acrescenta que se toda a riqueza da Terra fosse dividida igualmente para todas as pessoas, feita essa divisão, o equilíbrio estaria desfeito em pouco tempo, pela diversidade dos caracteres e aptidões. E ele continua afirmando que se a riqueza da Terra fosse distribuída por igual a cada homem, cada um receberia uma parte mínima e insuficiente. Supondo-se que isso pudesse ser feito, em pouco tempo essa igualdade deixaria de existir, em virtude das diferenças individuais: uns a aumentariam, outros, talvez a maioria, a gastariam na satisfação de seus desejos, das suas necessidades materiais, e em pouco tempo a desigualdade de dinheiro retornaria entre os homens. Ele continua supondo que se cada um recebesse somente o necessário para viver, haveria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que ocasionam o progresso e o bem-estar da humanidade, pois desapareceria o estímulo que impulsiona as grandes descobertas e os empreendimentos úteis. Assim, conclui que Deus concentra a riqueza em alguns, para que esses a expandam em benefício de muitos, nas diversas maneiras, atendendo as diferentes necessidades. A fortuna é, pois um meio de evolução moral e “um meio de ação para o progresso”. Todos a experienciam, no decorrer das reencarnações, ora uns, ora outros, a fim de aprender a usá-la com inteligência e sabedoria. Se todos a tivessem ao mesmo tempo, ninguém trabalharia e a Terra não progrediria. Assim, todos a possuem, por sua vez e, segundo as revelações dos Espíritos, muitos temem tê-la, pelas consequências já sofridas, pelo mau uso que dela fizeram. A necessidade de os Espíritos viverem experiências corpóreas diferentes e conseguirem as coisas pelo próprio esforço seria uma segunda causa. Lembra Kardec que são necessárias as provas da pobreza e da riqueza para que os seres espirituais desenvolvam habilidades diferentes: resignação, perseverança, desprendimento, compaixão etc. são virtudes que serão construídas paulatinamente nas diferentes experiências, ora na abundância, ora na escassez. E, finalmente, a terceira causa das desigualdades: o egoísmo e a ganância humana, levando os homens a cometerem toda sorte de abusos, em detrimento daqueles que, por limitações intelectuais, familiares e culturais, não possuam os mesmos recursos para terem acesso aos bens da Terra. Na questão 806 de o Livro dos Espíritos, Allan Kardec pergunta à Espiritualidade se a desigualdade das condições sociais é uma Lei Natural? Responderam os Espíritos: Não; é obra do homem e não de Deus. Kardec ainda insiste: Algum dia essa desigualdade desaparecerá? E obteve a seguinte resposta: Eternas somente as leis de Deus o são. Não vês que dia a dia ela gradualmente se apaga? Desaparecerá quando o egoísmo e o orgulho deixarem de predominar. Restará apenas a desigualdade do merecimento. Dia virá em que os membros da grande família dos filhos de Deus deixarão de considerar-se como de sangue mais ou menos puro. Só o Espírito é mais ou menos puro e isso não depende da posição social. Deus criou o homem simples e ignorante. Simples porque nada tinha, e ignorante porque nada sabia além das experiências registradas em seu instinto. Daí a diversidade de graus evolutivos, tendo em vista as desigualdades, criadas pelo próprio homem: na inteligência, na atividade e no trabalho. A reencarnação mostra a justiça divina. No que tange à riqueza, todos passaremos por ela, quer seja nesta vida ou em outras. Portanto, aos que nascem sob a Desigualdade das Riquezas em condições desfavoráveis ou até mesmo na miséria, a prova de fé e perseverança devem ser reafirmada todos os dias. É difícil, e até mesmo desnecessária, buscar as questões pregressas a esta vida, mas devemos ter a ciência de que nós escolhemos ou aceitamos as provas as quais passamos. Assim, um que não a tem hoje, já a teve ou terá noutra existência. Outro, que agora a tem, talvez não a tenha amanhã. Dessa forma, se há ricos e pobres é porque, sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. O uso das riquezas materiais deve ser moderado com a sabedoria e a caridade para que não caia em impulsos primitivos o levando ao mau uso dos recursos. Jesus nos ensinou que deveríamos nos preocupar em ajuntar os tesouros que a traça não corrói, a ferrugem não consome e o ladrão não rouba. Isto é, os tesouros que nos cumulam o espírito com a riqueza que levaremos para a eternidade e que nos abrirão as portas para o Reino de Deus, que é, na verdade, o reino dos valores espirituais. Tenhamos cuidado com o excessivo desejo de posse; reflitamos, primeiro, sobre os pressupostos espíritas. Eles foram codificados para auxiliar o pensamento do homem, a fim de que este se liberte das paixões materiais, conduzindo-o à conquista dos bens espirituais, os únicos que poderá levar ao partir para a vida dos Espíritos. Por isso, Se nos encontramos privados de riquezas, cuidemos de armazenar tesouros de paciência e resignação, buscando no trabalho e na prece a superação de nossas dificuldades, sem deixar de lutar com ânimo firme por melhorias e progressos em nossas vidas.

Muita Paz!

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