Cada ser que gravita neste planeta, entre mergulhos na carne e emersão no plano espiritual, está em estágio próprio de evolução. E, por sermos Espíritos imperfeitos, ainda temos muitas lições a serem aprendidas; muitas experiências a serem vividas; muitos valores a serem adquiridos.
Nós lidamos sempre, pelos menos, com quatro examinadores que testam a nossa constância de propósitos e a nossa fé na vida futura. Três colocam obstáculos e apenas um facilita o caminho para alcançarmos patamares superiores. Os que dificultam são: MEDO, EGOÍSMO e ORGULHO. O medo é um agente que se alimenta da invigilância e das fraquezas do homem e, aliado à imaginações negativas, cria neuroses capazes de gerar o desânimo, a inércia. O egoísmo é o pai de muitos outros defeitos do Espírito, porque excita o ego a projetar-se além dos níveis do equilíbrio. Joanna de Ângelis faz o seguinte comentário, que julgamos pertinente para nossa reflexão: "As pessoas são normalmente competitivas no sentido negativo da palavra. Desejando assenhorear-se dos espaços que lhes não pertencem, e por se encontrarem em faixas primitivas da evolução, fazem-se injustas, perseguem e caluniam".
O efeito dessa disputa injustificada, que ilude o homem quanto àquilo que ele julga ter direito, acaba criando o ódio. Por isso, ele deve esforçar-se para dominá-lo. Pois, diante da irritação, pode por tudo o que construiu a perder. O orgulho está na raíz de quase todos os males, e leva o homem a ver-se como não o é e percebe-se acima das coisas do mundo. O orgulhoso sente prazer em fazer com que suas idéias sejam impostas aos demais, para satisfazer o seu ego, aumentando o nível de sua auto-estima. O orgulhoso é filho dileto do egoísmo. Não enxerga o seu próximo, vê apenas a si próprio. Agora, aquele que auxilia o homem a libertar-se, a desprender-se de suas tendências primitivas, fazendo-o vencer a si próprio, isto é, a evoluir a sua própria verdade é o amor. Só o amor é capaz de quebrar os elos vibratórios desarmonizados. O medo, o egoísmo e o orgulho são agentes perturbadores da harmonia e os causadores das dores do homem.
Ignorar uma situação não significa eliminá-la, ou mesmo superá-la. Tal postura permite que a causa cresça e se desenvolva, até o momento em que se torna insustentável, chamando a nossa atenção.
Para refletirmos diante desses examinadores, nada como um dia após o outro. Cada existência material do homem é um simples instante em sua natureza milenar.
Muita paz!
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