ESTUDO SISTEMATIZADO
Capítulo XXII – Não
separeis o que Deus juntou – Indissolubilidade do casamento – Divórcio
Indissolubilidade
do casamento – Itens de 1 a 4.
1 – E chegaram-se a ele os fariseus,
tentando-o e dizendo: É porventura lícito a um homem repudiar a sua mulher, por
qualquer causa? Ele, respondendo, lhes disse: Não tendes lido que quem criou o
homem, desde o princípio os fez macho e fêmea? E disse: Por isso, deixará o homem
pai e mãe, e ajuntar-se-á com sua mulher, e serão dois numa só carne. Assim que
já não são dois, mas uma só carne. Não separe logo o homem o que Deus ajuntou.
Replicaram-lhe eles: Pois por que mandou Moisés dar o homem à sua mulher carta
de desquite, e repudiá-la? Respondeu-lhes: Porque Moisés, pela dureza de vossos
corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas ao princípio não foi
assim. Eu, pois, vos declaro, que todo aquele que repudiar sua mulher, se não
for por causa da fornicação, e casar com outra, comete adultério, e o que se
casar com a que o outro repudiou, comete adultério. (Mateus, XIX: 3-9)
2 – A
não ser o que procede de Deus, nada é imutável no mundo. Tudo o que procede do
homem está sujeito a mudanças. As leis da natureza são as mesmas em todos os
tempos e em todos os países; as leis humanas, porém, modificam-se segundo os
tempos, os lugares, e o desenvolvimento intelectual. No casamento, o que é de
ordem divina é a união conjugal, para que se opere a renovação dos seres que
morrem. Mas as condições que regulam essa união são de tal maneira humanas, que
não há em todo o mundo, e mesmo na cristandade, dois países em que elas sejam
absolutamente iguais, e não há mesmo um só em que elas não tenham sofrido
modificações através dos tempos. Resulta desse fato que, perante a lei civil, o
que é legítimo num país e m certa época, torna-se adultério noutro país e
noutro tempo. Isso porque a lei civil tem por fim regular os interesses
familiais e esses interesses variam segundo os costumes e as necessidades
locais. É assim, por exemplo, que em certos países o casamento religioso é o
único legítimo, enquanto em outros o casamento civil é suficiente.
3 – Mas,
na união conjugal, ao lado da lei divina material, comum a todos os seres
vivos, existe outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, e
exclusivamente moral, que é a lei do amor. Deus quis que os seres se unissem,
não somente pelos laços carnais, mas também pelos da alma, a fim de que a mútua
afeição dos esposos se estenda aos filhos, e para que sejam dois, em vez de um,
a amá-los, tratá-los e fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do
casamento, é levada em conta a lei do amor? Absolutamente! Não se consulta o
sentimento mútuo de dois seres, que se atraem reciprocamente, pois na maioria
das vezes, esse sentimento é rompido. O que se procura não é a satisfação do
coração, mas a do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: todos os
interesses materiais. Quando tudo corre bem, segundo esses interesses, diz-se
que o casamento é conveniente, e quando as bolsas estão bem equilibradas,
diz-se que os esposos estão igualmente harmonizados e devem ser muito felizes.
Mas
nem a lei civil, nem os compromissos que ela determina, podem suprir a lei do
amor, se esta não presidir à união. Disso resulta frequentemente, que aquilo
que se uniu à força, por si mesmo se
separa, e que o juramento pronunciado ao pé do altar se torna um prejuízo, se
foi dito como simples fórmula. São assim as uniões infelizes, que se tornam
criminosas. Dupla desgraça, que se evitaria se, nas condições do matrimônio,
não se esquecesse à única lei que o sanciona aos olhos de Deus: a lei do amor.
Quando Deus disse: “Serão dois numa só carne”, e quando Jesus advertiu: “Não
separe o homem o que Deus juntou”, isso deve ser entendido segundo a lei
imutável de Deus, e não segundo a lei instável dos homens.
4 – A
lei civil seria então supérflua, e deveríamos retornar aos casamentos segundo a
natureza? Não, certamente. Porque a lei civil tem por fim regular as relações
sociais e os interesse familiais, segundo as exigências da civilização, e eis
porque ela é útil, necessária, mas variável. Deve ela ser previdente, porque o
homem civilizado não pode viver como o selvagem. Mas nada, absolutamente,
impede que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento
da lei divina decorrem dos preconceitos sociais e não da lei civil. Esses
preconceitos, embora ainda vivazes, já perderam o seu domínio sobre os povos
esclarecidos, e desaparecerão com o progresso moral, que abrirá finalmente os
olhos dos homens para os males incontáveis, as faltas, e até mesmo os crimes
que resultam das uniões contraídas com vistas apenas aos interesses materiais.
E um dia se perguntará se é mais humano, mais caridoso, mais moral, ligar um ao
outro, dois seres que não podem viver juntos, ou restituir-lhes a liberdade; se
a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número das uniões
irregulares.
Neste capítulo
acontecem duas coisas diferentes. Em primeiro lugar, Kardec restringe-se à fala
do Cristo; e em segundo, por razão desconhecida, não há instruções dos
Espíritos. Sobre este assunto, os Espíritos fizeram silêncio. Kardec aborda a
fala de Jesus a partir de uma perspectiva espírita, porque essa fala está num
contexto diferente do nosso. Jesus não viveu no século XXI; a sua fala, os
elementos daquela narrativa, estão focados na Palestina de dois mil anos atrás.
Na introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo, objeto do nosso estudo,
Kardec nos faz essa advertência. Diz o codificador em Notícias Históricas: -
Para bem se compreenderem algumas passagens dos Evangelhos, necessário se faz
conhecer o valor de muitas palavras neles frequentemente empregadas e que
caracterizam o estado dos costumes e da sociedade judia naquela época. Já não
tendo para nós o mesmo sentido, essas palavras foram com frequência mal
interpretadas, causando isso uma espécie de incerteza. A inteligência da
significação delas explica, ao demais, o verdadeiro sentido de certas máximas
que, à primeira vista, parecem singulares. E nós estamos diante de uma fala
singular. Nós vamos apreciar o texto do Evangelho de Mateus, item um do estudo,
que relata o encontro de Jesus com os fariseus, os doutores da lei, aqueles que
eram mais aptos a interpretar a lei de Moisés, que costumamos chamar de Velho
Testamento. “Assim que já não são dois, mas uma só carne. Não separe logo o homem o
que Deus ajuntou. Replicaram-lhe eles: Pois por que mandou Moisés dar o homem à
sua mulher carta de desquite, e repudiá-la? Respondeu-lhes: Porque Moisés, pela
dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres, mas ao
princípio não foi assim. Eu, pois, vos declaro, que todo aquele que repudiar
sua mulher, se não for por causa da fornicação, e casar com outra, comete
adultério, e o que se casar com a que o outro repudiou, comete adultério”.
Esta é uma fala
difícil, porque a narrativa parece recheada aos nossos olhos e aos nossos
ouvidos de uma série de elementos estranhos, que parecem pressupor uma
imposição da divindade em relação às uniões. Nós vamos procurar fazer uma
análise um pouco mais profunda; o que representa o costume, a língua e aqueles
elementos que faziam parte da cultura das pessoas que ouviam Jesus, para que
possamos compreender o quanto às vezes a nossa percepção se distancia da
essência da mensagem, por nossas visões constituídas de elementos da
atualidade, e não daquela época. Vajamos: há uma fala que diz que os fariseus
chegaram a Ele para tenta-lo. Mas, acontece que essa frase denota algo
importante na interpretação dessa passagem. À época de Jesus, era muito comum
que os doutores da lei se colocassem diante uns dos outros para avaliarem a
capacidade de entendimento das leis divinas que cada um trazia. Essa frase
inicial nos mostra que não estamos diante de um diálogo comum. Estamos diante
de pessoas que conhecem as leis. Quando esse diálogo se inicia, nós temos aí
uma proposta diferente, através de uma pergunta que é formulada nos seguintes
termos: será permitido ao homem despedir sua mulher por qualquer motivo? Qual
seria o sentido da indagação? Será que os fariseus estavam perguntando sobre o
divórcio? Não. O divórcio era prática comum naquela sociedade. O dote dado à
esposa era não raro para garantir a ela um mínimo de condição de vida. Quando
os fariseus fazem essa pergunta, eles não estão questionando Jesus se o
divórcio é uma possibilidade. A questão aqui não é essa. A questão é a causa do
divórcio. É permitido despedir a esposa em qualquer situação? Esta indagação
deriva dos versículos iniciais do capítulo XXIV, do livro de Deuteronômio, em
que Moisés estabelece a possibilidade do divórcio. A interpretação desse
versículo foi dividida entre duas escolas. A primeira foi a de Shamai, que era
um pouco mais rígida. Shamai dizia que era possível o divórcio, mas somente no
caso de adultério ou que a mulher impedisse o homem de seguir a lei mosaica. E
Hilel, que constituía a segunda escola, afirmava de maneira diferente. Qualquer
motivo poderia dar ensejo à separação. Quando os fariseus fazem essa pergunta a Jesus,
há aqui em pressuposto; a qual das duas escolas você segue, a mais rígida ou a
mais liberal? É este o sentido da pergunta. E Jesus respondeu à altura, fazendo
referência a um livro que é anterior ao Deuteronômio. Na prática interpretativa
do povo judeu há uma prevalência dos livros antigos, e é exatamente o que Jesus
faz quando diz: Não tendes lido que quem criou o homem, desde o princípio os fez macho
e fêmea? A questão é onde está escrita essa fala. Está precisamente em
Gênesis no capítulo I, versículo 27. Percebamos a natureza do diálogo; uma
pergunta feita com base numa escola e uma resposta dada mostrando um profundo
conhecimento dos textos do Velho Testamento. E Jesus encerra a sua fala
dizendo: Assim que já não são dois, mas uma só carne. Não separe logo o homem o
que Deus ajuntou. Aqui temos um detalhe importante. Deus não é
católico; Deus não é certidão de casamento; Deus não é interesses familiares.
Nas palavras do apóstolo João, Deus é amor. Então, o que o amor uniu o homem
não separe. É esse o sentido da frase de Jesus. Durante muito tempo nós
convertemos as nossas uniões em processos gravíssimos de aprisionamento, porque
acreditamos que os convencionalismos sociais pairam acima da lei universal do
amor.
Compreendamos
que além da união dos sexos deve haver a união de almas, a afinidade
espiritual, o cumprimento da lei do Amor, quando os dois “farão uma só carne”.
Aí, então, justifica-se a recomendação de Jesus: “Não separeis o que Deus
juntou”.
127.
SEGUE-SE DAÍ, ENTÃO, QUE O HOMEM DEVE SUPORTAR SEUS SOFRIMENTOS ACOMODADO,
PORQUE ACREDITA NA VIDA FUTURA?
R- Não é bem assim,
pois a sua felicidade decorre do esforço que fizer hoje por melhorar o que
estiver ao seu alcance e para aceitar com resignação o que não depende de si. O
mérito depende de como o homem se comporta diante, ou na carência, dos bens
materiais. “Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar,
confiante, para o grande futuro”.
126.
O QUE SUCEDE AO QUE ENCARA A VIDA TERRESTRE DO PONTO DE VISTA DA VIDA FUTURA?
R – Percebe que os
homens e as coisas são bem pequenos, diante da imensidade e os lugares e posses
materiais são efêmeros e pouco os elevarão espiritualmente. “Percebe então que
grandes e pequenos estão confundidos sobre um montículo de terra”.
125.
POR QUE OCORREM TAIS SITUAÇÕES?
R – Ocorrem porque os
homens interpretam a vida futura sob o ponto de vista de sua vida corpórea.
Dessa forma, o mal que os aflige e o bem que atinge os outros tomam vastas
proporções. É o que os torna infelizes.
Quando nos atormentamos
facilmente diante dos incidentes da nossa vida presente, tais como: uma
decepção, uma ambição insatisfeita, uma injustiça de que sejamos vítima, o
orgulho ou a vaidade, feridos por uma circunstância qualquer, etc. Quando nos
colocamos pelo pensamento na vida espiritual, as tribulações são meros
incidentes que suportamos com paciência.
123.
O QUE OCORRE COM AS PESSOAS QUE CONCENTRAM TODOS OS SEUS ESFORÇOS E PENSAMENTOS
NA VIDA TERRENA?
Fazem de tudo para
conseguir os únicos bens que lhes parecem reais (bens materiais), e se sentem
diminuídas, sofrendo verdadeiras torturas, quando se veem privadas dos valores
e bens terrenos de que eram detentoras. “Pelo simples fato de duvidar da vida
futura , o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrestre”. A
importância dada aos bens terrenos está sempre em razão inversa à fé na vida futura.
122.
POR QUE É IMPORTANTE TERMOS UMA IDEIA CLARA E PRECISA A RESPEITO DA VIDA
FUTURA?
Porque é do conceito
que dela fazemos que dependerá a nossa compreensão e aceitação resignada das
vicissitudes e tribulações da vida terrena. O ponto de vista, sob o qual encaramos
a vida terrena, depende da ideia clara e precisa que temos sobre a vida futura.
121
– É POSSÍVEL COMPREENDER CLARA E TOTALMENTE A DOUTRINA DO CRISTO SEM CONSIDERAR
A IMORTALIDADE DA ALMA?
Não. Embora a doutrina
do Cristo seja rica de conteúdo moral, facilitador da harmonia entre os homens,
ela só pode ser claramente entendida e interpretada à luz da imortalidade da
alma; somente este dogma pode explicar a existência de homens ditosos e
infelizes, e mesmo assim assegurar a compreensão da misericórdia e justiça
divina.
120
– O QUE CONSEGUIMOS ENTENDER COM A EXPRESSÃO “VIDA FUTURA”?
Uma vida que transcende
os limites da existência material e continua além da morte do corpo físico.
Esta vida, de natureza espiritual, tem início quando estamos na Terra,
preparando nosso amanhã, pela prática constante do bem, e continua por toda a
eternidade. Jesus se refere à vida futura como “a meta que a humanidade irá ter
e como devendo constituir objeto das maiores preocupações do homem na Terra”.
119
– O ESQUECIMENTO DO PASSADO É PERMANENTE?
Não. Somente na vida
corpórea é que esquecemos o que fomos. A lembrança é recobrada quando o
espírito se liberta do corpo, pelo desencarne, ou durante o sono, quando ele
consegue ter uma liberdade relativa.
118
– PODEMOS TIRAR PROVEITO DAS MÁS TENDÊNCIAS?
Sim, reconhecendo-as e deixando que a
voz da consciência nos mostre como corrigi-las. “As boas
resoluções que tomamos são a voz da consciência, advertindo-nos do que é bem e
do que é mal e dando-nos forças para resistir às tentações”.
117
– QUE MEIOS DEUS NOS CONCEDE PARA CORRIGIR AS FALHAS DE VIDAS ANTERIORES?
Deus nos dá a voz da
consciência e nossas tendências instintivas, e nos tira o que poderia nos
prejudicar em nosso adiantamento: as lembranças do passado.
116
– É POSSÍVEL SABER EM QUE PONTO NÓS FALHAMOS EM OUTRAS EXISTÊNCIAS?
Sim. Se bem que na
maioria das vezes nos é vedado saber o erro que cometemos, as más tendências
nos indicam o tipo de fraqueza moral que nos induziu à queda: o orgulho, a
vaidade, o egoísmo, a ambição ou até mesmo a gula, etc.
115. PODERIAM AS LEMBRANÇAS DAS EXISTÊNCIAS ANTERIORES DIFICULTAR O NOSSO RELACIONAMENTO SOCIAL?
Sim. Ficaríamos
perturbados diante das pessoas a quem ofendemos ou por quem fomos ofendidos em
existências passadas. “Reconhecer em um ente muito amado aquele a quem
prejudicamos ou por quem fomos prejudicados seria fator de desequilíbrio em
nossa vida”.
114.
POR QUE O HOMEM ESQUECE DE SUAS VIDAS ANTERIORES?
Porque se o homem
recordasse de seus erros, ódios, rancores e remorsos, essas lembranças
serviriam de obstáculos para o seu progresso.
113.
COMO PODEMOS APLICAR ESTA LIÇÃO EM NOSSA
VIDA?
Enfrentando nossas
tribulações sem revolta, com resignação e paciência, certos de que a justiça
divina não nos deixaria sofrer sem uma causa; e tentando fazer do sofrimento
uma fonte de purificação e progresso espiritual.
112.
COMO PODEMOS EXPLICAR A FELICIDADE DE UNS E O PADECIMENTO DE OUTROS, SEM NEGAR
A JUSTIÇA E A BONDADE DE DEUS?
Procurando as causas
anteriores que lhes deram origem e que, se não podem ser encontradas na
presente existência, devem ser buscadas em existências passadas.
111.
O HOMEM QUE PRATICA O MAL É SEMPRE PUNIDO NO DECORRER DA MESMA EXISTÊNCIA?
Nem sempre. Ele pode
ser totalmente punido naquela existência, como pode sê-lo parcialmente; ou
ainda não receber, neste período, qualquer punição. Porém, não escapa nunca às consequências
de sus faltas.
110.
AS TRIBULAÇÕES SÃO IMPOSTAS AOS ESPÍRITOS OU POR ELES BUSCADAS?
Ocorrem as duas
situações: aos espíritos endurecidos e ignorantes são impostas tribulações para
que se esclareçam e busquem, na prática do bem, a libertação do sofrimento; os
espíritos penitentes, detentores de maior esclarecimento, buscam
espontaneamente as tribulações, desejosos de reparar o mal que hajam feito.
109.
PODE-SE CONCLUIR QUE TODO SOFRIMENTO SE ORIGINA DE UMA FALTA PRATICADA PELO
ESPÍRITO?
Nem sempre existe esta
relação. Muitas vezes o espírito nada tem a reparar, mas busca, no sofrimento,
as provas de que necessita para concluir sua depuração e ativar seu progresso.
108. QUANDO RECONHECEMOS TARDE DEMAIS
NOSSOS ERROS, TEMOS ALGUMA CHANCE DE CORRIGI-LO?
Sim. A vida não acaba. Todo malefício
exige reparação, como todo o benefício contém a recompensa adequada. A
misericórdia de Deus nos faculta oportunidade de recomeçar para o bem.
107. DE QUE NATUREZA SÃO AS CAUSAS QUE
DÃO ORIGEM ÀS AFLIÇÕES DO HOMEM?
Podemos classificá-las em dois
grupos: as aflições cuja causa primária é o próprio homem e aquelas que, pelo
menos na aparência, escapam totalmente à sua influência e parecem atingi-lo
como por fatalidade.
106. COMO PODEMOS EXPLICAR A FELICIDADE
DE UNS E O PADECIMENTO DE OUTROS, SEM NEGAR A JUSTIÇA E A BONDADE DE DEUS?
Procurando as causas anteriores que
lhes deram origem e que, se não podem ser encontradas na presente existência,
devem ser buscadas em existências passadas.
105. O HOMEM QUE PRATICA O MAL É SEMPRE
PUNIDO NO DECORRER DA MESMA EXISTÊNCIA?
Nem sempre. Ele pode ser totalmente
punido naquela existência, como pode sê-lo parcialmente; ou ainda não receber,
neste período, qualquer punição. Porém, não escapa nunca às consequências de suas
faltas.
104. COMO EVITAR OS MALES QUE NOS
AFLIGEM?
Trabalhando para o nosso melhoramento
moral, tanto quanto para o nosso aprimoramento intelectual, tomando sempre por
base os ensinamentos de Jesus.
103. O CUMPRIMENTO DA LEI HUMANA
ALCANÇA TODAS AS FALTAS HUMANAS?
Não. A lei humana alcança apenas as
faltas que prejudicam a sociedade e não aquelas que prejudicam apenas os que as
cometem. Estas são punidas pela Lei de Deus.
102. QUAL A FINALIDADE DO SOFRIMENTO DO
HOMEM?
Adverti-lo de que ele errou. Os
sofrimentos dão a ele a experiência, fazendo-o sentir a diferença entre o bem e
o mal, e a necessidade de se melhorar para evitar novos erros.
101. QUANDO RECONHECEMOS TARDE DEMAIS
NOSSOS ERROS, TEMOS ALGUMA CHANCE DE CORRIGI-LO? Sim. A vida não
acaba. Todo malefício exige reparação, como todo o benefício contém a
recompensa adequada. A misericórdia de Deus nos faculta oportunidade de
recomeçar para o bem.
100. QUAL A ORIGEM DAS AFLIÇÕES QUE SE
SUCEDEM EM NOSSA VIDA?
Tem duas origens bem diferentes: umas
têm sua causa na vida atual e outras em vidas passadas.
99. O QUE DEVEMOS FAZER DIANTE DOS
MALES QUE NOS AFLIGEM?
Fazer uma sincera autoanálise. Pois
ela nos mostra nossa responsabilidade na maioria desses males e, então, com
muita humildade devemos corrigi-los em nosso próprio beneficio.
98. POR QUE NÃO NOS LEMBRAMOS DAS ENCARNAÇÕES PASSADAS?
Por causa da conformação do nosso
cérebro, preparado para tratar só desta existência. Demais, é uma graça que
Deus nos concede – o esquecimento dos nossos crimes passados. Mas quando
voltarmos para o Outro Mundo nos lembraremos das nossas existências na Terra.
Tudo obedece a um plano Divino.
97. O HOMEM PODE ASSEGURAR-SE NESTA VIDA UMA EXISTÊNCIA FUTURA MENOS
CHEIA DE AMARGURAS?
Sim, sem dúvida, pode abreviar o
caminho e reduzir as dificuldades. Somente o desleixado fica sempre no mesmo
ponto.
96. TEM NECESSIDADE DE ENCARNAR OS ESPÍRITOS QUE, DESDE O PRINCÍPIO,
SEGUIRAM O CAMINHO DO BEM?
Todos os Espíritos são criados
simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal.
Deus, que é justo, não poderia fazer feliz a um, sem fadigas e trabalhos,
conseguintemente sem mérito. (LE 133).
95. QUANDO FORMOS
SÁBIOS E PUROS PRECISAREMOS AINDA REENCARNAR NA TERRA?
Está visto que não, salvo se viermos em missão, para ensinar
os que aqui estiverem.
94. ENTÃO, ESSES HOMENS QUE SABEM MUITO PROVAM QUE JÁ VIVERAM MUITAS
VEZES NA TERRA?
Sim. Assim como os selvagens são
Espíritos crianças, que saíram há pouco tempo das raias da animalidade, e após
sucessivas existências serão sábios, pois que o progresso é dado a todos.
93. O QUE SÃO
APTIDÕES INATAS?
São recordações vagas de
encarnações anteriores, como Mozart, compondo música com a idade de sete anos;
Pascal, matemático aos doze anos e muitos outros.
92.
SERÁ VERDADEIRO QUE NÓS, DEPOIS DA MORTE DO CORPO FÍSICO, REENCARNAMOS
NOVAMENTE NA TERRA?
Se assim não fosse como
explicar as diferenças materiais, intelectuais e morais que se notam nos
homens; da fortuna, da saúde, da conformação física, do grau de inteligência,
dos graus de virtude e de vício de cada um? As aptidões inatas provam muito bem
a reencarnação.
91.
A REENCARNAÇÃO É UM PRINCÍPIO RECENTE DEFENDIDO PELO ESPIRITISMO?
Não. Este princípio
está presente na cultura de povos antigos e em livros sagrados do Antigo
Testamento; foi ensinado há quase dois mil anos por Jesus. O Espiritismo apenas
aprofunda o seu entendimento e o torna acessível a muitos.
90.
QUANTAS ENCARNAÇÕES NECESSITA O ESPÍRITO ATÉ O SEU APRIMORAMENTO?
O número de existências
corpóreas é incalculável. Depende do aproveitamento do Espírito, sendo tão
menos numerosas quanto maior for esse aproveitamento.
Espíritos que trabalham
ativamente pelo progresso moral, executam a tarefa com zelo, e seu
aprimoramento é mais rápido e de maneira menos penosa;
Outros que retardam e
prolongam indefinidamente as encarnações, são negligentes e preguiçosos, e são
obrigados a repetir etapas de uma vida.
89.
QUAL A FINALIDADE DA REENCARNAÇÃO DO ESPÍRITO?
Propiciar-lhe, através
de diferentes existências, oportunidade de expiar faltas anteriores e se
melhorar progressivamente até que, limpo de todas as impurezas, não tenha mais
necessidade das provas da vida corporal. “A cada nova existência o espírito dá um
passo para diante, na senda do progresso”.
88. ESTAMOS DESTINADOS A REENCARNAR INDEFINIDAMENTE NA TERRA?
Não. Do mesmo modo que
do hospital saem os que já estão curados, e da prisão os que cumpriram sua
pena, o homem deixa a Terra quando está curado de suas enfermidades morais.
87.
QUAL A FINALIDADE DA REENCARNAÇÃO DO ESPÍRITO?
Propiciar-lhe, através
de diferentes existências, oportunidade de expiar faltas anteriores e se
melhorar progressivamente até que, limpo de todas as impurezas, não tenha mais
necessidade das provas da vida corporal. “A cada nova existência o espírito dá
um passo para diante, na senda do progresso”.
86.
O QUE É REENCARNAÇÃO?
É a volta da alma ou
espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e
que nada tem de comum com o antigo.
85.
A FELICIDADE EXISTE? COMO CONQUISTÁ-LA?
Sim. A felicidade nos é
assegurada pela Dei de Deus e devemos conquistá-la passo a passo, trabalhando
por vencer nossas imperfeições. O Evangelho do Senhor é o guia mais seguro
nessa caminhada. Todos nós poderemos ter fé num futuro melhor, mas alcançará a
felicidade mais depressa e com menor sofrimento, aquele que se esforça para
dominar suas más tendências.
84. COMO
FAZER PARA APRESSAR A CURA DE NOSSAS ENFERMIDADES MORAIS?
Combatendo nossos defeitos, incentivando as virtudes e buscando nossa
reforma íntima à luz do Evangelho do Senhor. “A dor é a condição da alegria e o
preço da virtude e a virtude é o bem mais precioso do Universo”.
83. QUAL A FINALIDADE DE
ESTAR NA TERRA?
Sendo a Terra uma escola
de fraternidade, nela nos encontramos para aprender a amar o próximo e, através
do amor, corrigir nossas imperfeições morais.
82. TERÁ DEUS NOS CRIADO APENAS PARA O SOFRIMENTO?
Não. O sofrimento é
temporário e decorre da nossa resistência à prática do bem, para satisfazer o
orgulho e o egoísmo que existe em cada um de nós. “A Terra é um dos
planetas mais atrasados, onde habitam espíritos avessos à Lei de Deus; daí, seu
panorama de sofrimento”.
81.
Por que são marcantes, ainda, as misérias humanas?
É que não aprendemos
ainda que somos todos irmãos pela Lei de Nosso Pai, tão suavemente expressa no
Evangelho; Existe ainda em nós muito egoísmo, orgulho e desamor. “A situação
material e moral da humanidade terrestre é devida à destinação da Terra e a
natureza daqueles que a habitam”.
80.
Os espíritos dos justos, que sensações experimentam?
Estes percorrem o
espaço, visitando outros mundos, gozando de resplendente claridade e assistindo
ao espetáculo sublime do Infinito. No convívio daqueles a quem amam, fruem as
delícias de uma felicidade indizível. “Somos na condição de espíritos, o que
éramos na condição de encarnados. Cuidemos de nos aperfeiçoar, na prática
incessante do bem, e Deus nos reservará morada compatível ao nosso esforço”.
79.
Como é a existência dos espíritos que não lograram progredir e se aperfeiçoar?
Continuam presos aos
interesses materiais que os estimularam em vida, sem poder se afastar do
ambiente em que viviam. Apartados do amor de Deus, erram nas trevas,
atormentados por remorsos e pesares, distanciados dos que lhe são caros, sofrem
indizível aflição.
78. O QUE SE ENTENDE POR "ERRATICIDADE"?
O estado em
que o espírito se encontra no intervalo das suas encarnações, independentemente
do grau de progresso alcançado. (Livro dos Espíritos questão 224)
77. QUE OUTRO SENTIDO ENCERRA ESTA FRASE DO MESTRE?
Essas
palavras de Jesus também podem referir-se ao estado venturoso ou desgraçado que
o espírito experimenta quando se despoja do corpo físico, estado este
decorrente do maior ou menor grau de progresso alcançado pelo espírito. “Conforme
se ache mais ou menos depurado e desprendido dos laços materiais,
variarão ao infinito o meio em que o espírito venha a se encontrar, o aspecto
das coisas, as sensações que experimenta, as percepções que tenha”.
76. COMO INTERPRETAR A FRASE DE JESUS: "HÁ DIFERENTES MORADAS NA CASA DE MEU PAI"?
A casa do Pai
é o Universo. As diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço
infinito e oferecem aos espíritos, tanto encarnados como desencarnados, moradas
correspondentes aos níveis de adiantamento em que se encontram.
75. QUE OUTRA PROMESSA NOS FEZ JESUS NESTA PASSAGEM?
A de nos conduzir para este lugar onde,
com Ele, compartilharemos da felicidade plena que só os justos
experimentam. “Depois que me tenha ido e que vos houver preparado o
lugar, voltarei e vos retirarei para mim, a fim de que onde eu estiver, também
vós aí estejais”.
74."VOU PARA VOS PREPARAR O LUGAR". QUAL O SENTIDO DESTA PROMESSA DE JESUS À HUMANIDADE?
Jesus nos acena com uma pátria
espiritual de paz e felicidade, sem as constrições e os sofrimentos da Terra; é
o lugar reservado aos que vivem em consonância com a lei de Deus. “ O
lugar de que nos fala Jesus é a morada dos justos e não tem determinação
geográfica, pois o universo é infinito, como infinito é o número de espíritos
que o habitam”.
73. COM QUE PROPÓSITO JESUS NOS DISSE: "NÃO SE TURBE O VOSSO CORAÇÃO?
Sabendo quanto preocupa e atemoriza o
homem a ideia da própria morte, e como é grande a dor que sente aquele que se
separa de um ente amado pela desencarnação, Jesus nos aconselha a serenidade e
a resignação, pois o espírito vive sempre, ainda que não o possamos ver.
72. À MEDIDA QUE A COMPREENSÃO SOBRE A
VIDA FUTURA AUMENTA, DE QUE MODO AS PESSOAS PASSAM A ENCARAR OS BENS TERRENOS?
Como elementos que servem para
contribuir ou facilitar o seu progresso moral, embora não de modo essencial,
passam a compreender que podem usufruí-los, sem, no entanto, deter a sua posse
e, por isso mesmo, não lhes dão tanta importância, procurando não se apegar a
eles.
“Deus, conseguintemente, não condena os
gozos terrenos, condena, sim, o abuso desses gozos em detrimento das coisas da
alma”.
71. A CRENÇA NA VIDA FUTURA FAZ
COM QUE AS PESSOAS SE DESINTERESSEM PELA VIDA MATERIAL?
Não. Os que creem na vida futura sabem
que foram colocados na Terra pela Providência Divina e que devem, portanto,
trabalhar para melhorar todas as coisas. O instinto do progresso e da
conservação está nas leis da natureza, levando o homem a se esforçar por
melhorar o seu bem-estar.
70. SEGUE-SE DAÍ, ENTÃO, QUE O HOMEM
DEVE SUPORTAR SEUS SOFRIMENTOS ACOMODADO, PORQUE ACREDITA NA VIDA FUTURA?
R- Não é bem assim, pois a sua
felicidade decorre do esforço que fizer hoje por melhorar o que estiver ao seu
alcance e para aceitar com resignação o que não depende de si. O mérito depende
de como o homem se comporta diante, ou na carência, dos bens materiais. “Não
nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar,
confiante, para o grande futuro”.
69. QUANDO DAMOS MOSTRA DE NOSSO
APEGO AOS BENS E VALORES TERRENOS?
R – Quando nos atormentamos facilmente
diante dos incidentes da nossa vida presente, tais como: uma decepção, uma
ambição insatisfeita, uma injustiça de que sejamos vítima, o orgulho ou a
vaidade feridos por uma circunstância qualquer, etc. Quando nos colocamos pelo
pensamento na vida espiritual, as tribulações são meros incidentes que
suportamos com paciência.
68. POR QUE OCORREM TAIS SITUAÇÕES?
R – Ocorrem porque os homens
interpretam a vida futura sob o ponto de vista de sua vida corpórea. Dessa
forma, o mal que os aflige e o bem que atinge os outros tomam vastas
proporções. É o que os torna infelizes.
67. O QUE SUCEDE AO QUE ENCARA A VIDA
TERRESTRE DO PONTO DE VISTA DA VIDA FUTURA?
R – Percebe que os homens e as coisas
são bem pequenos, diante da imensidade e os lugares e posses materiais são
efêmeros e pouco os elevarão espiritualmente. “Percebe então que grandes e
pequenos estão confundidos sobre um montículo de terra”.
66. É POSSÍVEL COMPREENDER CLARA E
TOTALMENTE A DOUTRINA DO CRISTO SEM CONSIDERAR A IMORTALIDADE DA ALMA?
Não. Embora a
doutrina do Cristo seja rica de conteúdo moral, facilitador da harmonia entre
os homens, ela só pode ser claramente entendida e interpretada à luz da
imortalidade da alma; somente este dogma pode explicar a existência de homens
ditosos e infelizes, e mesmo assim assegurar a compreensão da misericórdia e
justiça divina.
65. POR QUE É IMPORTANTE TERMOS UMA IDEIA CLARA E PRECISA A RESPEITO DA VIDA FUTURA?
Porque é do
conceito que dela fazemos que dependerá a nossa compreensão e aceitação resignada
das vicissitudes e tribulações da vida terrena. O ponto de vista, sob o qual
encaramos a vida terrena, depende da ideia clara e precisa que temos sobre a
vida futura.
64. O QUE OCORRE COM AS PESSOAS QUE
CONCENTRAM TODOS OS SEUS ESFORÇOS E PENSAMENTOS NA VIDA TERRENA?
Fazem de tudo
para conseguir os únicos bens que lhes parecem reais (bens materiais), e se
sentem diminuídas, sofrendo verdadeiras torturas, quando se vêem privadas dos
valores e bens terrenos de que eram detentoras. “Pelo simples fato de duvidar
da vida futura , o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida
terrestre”. A importância dada aos bens terrenos está sempre em razão inversa à
fé na vida futura.
63. O que conseguimos entender com a
expressão “Vida Futura”?
Uma vida que
transcende os limites da existência material e continua além da morte do corpo
físico. Esta vida, de natureza espiritual, tem início quando estamos na Terra,
preparando nosso amanhã, pela prática constante do bem, e continua por toda a
eternidade.
62. Que significa: “Aquele que pertence
à verdade, escuta a minha voz”?
Que a
mensagem que Ele veio anunciar seria ouvida pelos corações simples e humildes,
desprovidos de orgulho e vaidade, pois estes sentimentos afastam o homem da
verdade e o distanciam de Deus.
61. Com que finalidade Jesus veio a
este mundo?
Para dar,
conforme Ele mesmo disse, testemunho da verdade, ou seja, para orientar a
Humanidade sobre as leis de Deus, possibilitando o esclarecimento necessário ao
progresso espiritual.
60. O que quis Jesus expressar quando
respondeu a Pilatos que seu reino não era deste mundo?
R – Que ele teria seu reino fora dos
limites do mundo físico, onde então se encontrava; que seu reino seria
espiritual, além dos interesses e das contingências do mundo material.
Ensina-nos que somos espíritos imortais, criados para a ventura que só o seu reino
nos possibilita. A vida física é apenas um momento de aprendizado e
aperfeiçoamento, na eternidade.
59. Embora fosse emissário da verdade,
Jesus valeu-se da violência para divulgar sua doutrina?
Não. Jesus deixou bem claro que a
verdade que ele anunciava não poderia ser imposta pela força, nem seus
discípulos o defenderiam através do combate. Sendo um reino espiritual, suas
arenas são a prática do bem, a mansidão, a caridade. “Se o meu reino
fosse desse mundo, minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas
mãos dos judeus”.
58. Por que Jesus disse: “meu reino
ainda não é daqui”? (João, 18, 36-37)
Porque dia chegará em que a paz e a
fraternidade reinarão entre os homens da Terra; neste momento o reino de Cristo
estará instalado no planeta. “Quando os valores espirituais
se elevarem acima dos interesses puramente materiais, o homem conhecerá, ainda
na Terra, o reino anunciado pelo Cristo”.
57. O que acontece com um suicida, a sua alma morre, a sua alma tem salvação?
As
propriedades terapêuticas da água, incompletamente, a ciência já conhece. A
água fluidificada contém propriedades magnéticas que trazem benefícios para
aqueles que a utilizam. A água fluidificada, às vezes tem efeito superior a um
remédio, pois além de curar os problemas físicos, traz alívios morais. No
Evangelho no Lar, esta forma de praticar os ensinos de Jesus em nossa casa,
podemos dispor de copos com água, a fim de obter a fluidificação desta. Devemos
utilizar esta água de maneira mais intensiva, pois a água em si já faz bem à
saúde, quanto mais fluidificada.
55. Por que Jesus falava através de parábolas?
Jesus
utilizava-se de parábolas, pois na época em que aqui esteve, há dois milênios
atrás, o povo tinha pouquíssima ou quase nenhuma instrução, e esta era baseada
na religião vigente da época, baseada nos ensinos mosaicos. Jesus contornava
estes obstáculos de ignorância, utilizando das parábolas para deixar entre o
povo as suas pregações evangélicas. Como Jesus poderia falar diretamente, por
exemplo em reencarnação, vidas em outros mundos, etc. ? Certamente iria para a
cruz antes mesmo de deixar o seu maior legado: O Evangelho.
54. Como o Espiritismo interpreta a Santíssima Trindade?
O
Pai é o Nosso Deus Criador, O Filho é Nosso Mestre Jesus Cristo que constitui
para a Terra a mais perfeita personificação de um espírito e O Espírito Santo
que é a legião de espíritos redimidos e santificados que cooperam com o Divino
Mestre, desde os tempos iniciais da formação da Terra, na elevação espiritual
deste nosso orbe.
53. O acaso existe?
Como ele o é propriamente considerado, não existe. O discípulo das verdades evangélicas sabe que o trabalho árduo, o sofrimento devido ao passado de débitos, é uma necessidade. Devemos ter em mente que a Lei da Causa e Efeito atua sobre todos nós, portanto não nos preocupemos com o acaso, mas sim em evoluir mesmo com as vicissitudes da vida, confiando sempre no Nosso Pai Criador.
52. O espírita deve preocupar-se em converter os outros?
O Espírita deve preocupar-se em converter a si mesmo, em espírito evangelizado, para dar o exemplo de transformação. Divulgar o Espiritismo, não é uma tentativa de conversão, mas sim uma maneira de trazer Luz aos corações, não necessitando que alguém de outra religião converta-se para beneficiar-se do Espiritismo.
51. O que é passe?
Passe, resumidamente, é a transfusão de energias de um espírito para outro, tirando esta energia dos reservatórios de forças espirituais situados em todo o universo. Os passes são diferenciados conforme as necessidades, alguns são de dispersão de energias destruidoras, outros de concentração de energias, outros são como os anestésicos, outros como as vacinas, de curas, etc. O passe é considerado uma forma de externar a caridade. Nosso Mestre Jesus já o praticava nos seus contemporâneos, a fim de aliviar as dores físicas e morais.
50. Um espírito errante pode evoluir?
Sim,
poderá se o quiser. Há diversos graus evolucionários de espíritos errantes,
alguns estão presos às sensações materiais, nada aprendendo.
49. Se o espírito errante evolui, não seria melhor ele não reencarnar?
Ledo
engano pensar assim! Como já foi dito, um espírito errante, não atingiu ainda
um grau de superioridade que o abone de novas encarnações. Ele tem ainda
débitos a cumprir e necessita reencarnar para quitá-los. A Terra é a escola da
vida, onde colocamos em prática aquilo que aprendemos na erraticidade
temporária. Podemos dizer que a erraticidade é a escola e encarnação é a
prática destes ensinos, através das provas.
(O Livro dos Espíritos - Cap VI)
(O Livro dos Espíritos - Cap VI)
48. Qual a diferença entre Espírita e Espiritualista?
O
Espiritualista é todo aquele que acredita em algo além da matéria. O
espiritualismo abrange diversas religiões, crenças, doutrinas e filosofias.
Porém, nem todo espiritualista acredita em espíritos, reencarnação, comunicação
de espíritos, etc. O Espírita crê em reencarnação, na Lei de Causa e Efeito,
comunicabilidade de espíritos, vida após a morte, baseado na doutrina espírita
ou Espiritismo, que explica tudo isso de maneira racional e concreta. Todo
espírita é espiritualista, mas nem todo espiritualista é espírita.
(O Livro dos Espíritos - Introdução)
(O Livro dos Espíritos - Introdução)
É a prática de um dos principais mandamentos de Jesus: "Amar ao próximo como a ti mesmo". Através da caridade, praticamos os ensinos do Mestre Jesus, elevando nossa alma em estado vibratório, pois, o benefício da caridade afeta os dois lados, o que recebe e o que dá. A caridade pode ser feita de diversas maneiras: as preces a outrem, esmolas, auxílios, conselhos, passes, desobsessão, indulgência, etc.
46. A reencarnação não seria a metempsicose?
Não. A metempsicose, é um dogma de origem indiana, que seria a transmigração das almas de um corpo para outro, admitindo que a alma de um animal, por exemplo, pode encarnar um corpo humano e vice-versa. Esta ideia é absurda, pois um espírito evoluído não retrograda. A reencarnação explica a evolução de um espírito, sempre em nível ascendente.
45. O que é um espírito errante?
Um espírito errante é aquele que não está no momento encarnado, está no intervalo de encarnações. Aqueles espíritos que não precisam mais reencarnar, não são considerados errantes.
(O Livro dos Espíritos - Cap VI)
O
objetivo do Evangelho no Lar é reunir a família em nome de Cristo, a fim de
proporcionar Luz e forças aos nossos corações. Pode ocorrer que algum espírito
inferior esteja na casa e por consequência ele é auxiliado, por isso é que se
deve ler os trechos em voz alta. Evangelho no Lar é a prática adotada pelos espíritas.
Nesse ato, as vibrações para limpeza da casa e dos presentes são renovadas.
(Vide roteiro do estudo do Evangelho no Lar, nesse Blog).
43. Como posso contribuir com o Espiritismo?
Estudando
as suas obras básicas, analisando sua doutrina, praticando-a em sua plenitude:
amar a todos como irmãos, buscar eliminar em si os defeitos morais, tornar- se
bom para todos, praticar a caridade sem buscar recompensas, divulgar a doutrina
sem distorções.
42. Podemos consultar cartomantes e videntes?
Do
ponto de vista espírita, não é de bom grado recebermos previsões de videntes,
pois, além de haver muitas pessoas enganando a fé alheia, algumas delas cobram
para fazer as previsões. Algumas pessoas realmente tem o dom de prever fatos,
mas cobrar por isso é um absurdo e um engano terrível destas pessoas, pois este
dom foi concedido gratuitamente e gratuitamente deverá ser dado às pessoas.
Além de tudo não estamos totalmente preparados para conhecer parcelas do
futuro, as consequências de uma previsão pode ser maléfica para algumas
pessoas. (Cuidado com os falsos profetas).
A
tecnologia é a demonstração que o homem está evoluindo, mesmo que às vezes ele
a utiliza para fins escusos e egoísticos. O espiritismo, como outras boas
religiões, leva o homem ao aperfeiçoamento moral, este utilizando a tecnologia
para beneficiar os seus irmãos mais sofridos, estará se beneficiando também.
Sendo assim o Espiritismo e a tecnologia podem caminhar juntos levando o homem
à sua ascensão. Tanto é verdade que você está obtendo estas informações sobre o
Espiritismo por um meio tecnológico !
40. Por que temos a impressão de que algumas pessoas são nossos
inimigos?
A
impressão que temos de que alguns seres são nossos inimigos, na realidade,
guardamos no nosso íntimo as reminiscências de vidas passadas, assim, pode ser
que algumas pessoas que nos rodeiam tenham sido vítimas ou algozes nossos. Mas
Deus em sua infinita Misericórdia e Sabedoria, nos dá a chance de uma nova
encarnação, um esquecimento temporário e a aproximação de nossos antigos
inimigos. Temos que aproveitar a chance e amá-los, pois só assim deixaremos de
ter inimigos. Muitos pais e filhos foram em outras vidas, inimigos mortais,
rivais. É maravilhoso pensar que a Providência nos ajuda tanto.
39. Quantas reencarnações tivemos e teremos?
Já
tivemos inúmeras encarnações e certamente teremos muitas aqui na Terra, até que
por evolução moral e espiritual , não necessitemos mais desta forma de viver,
ou seja encarnados em um corpo e mundo de matéria densa. O número de
reencarnações varia de espírito a espírito, pois uns optam pelo menor caminho,
aceitando as Leis Divinas, outros aumentam seu tempo, pois não aceitam a priori
as Leis de Deus.
(O Livro dos Espíritos - capitulo II )
(O Livro dos Espíritos - capitulo II )
38. O que é pecado sob a ótica espírita?
Pecado
é a prática do mal, para si ou para outrem.
37. Qual a tábua da salvação?
A
tábua da salvação é a prática do bem em todos os seus aspectos; amando a todos
como irmãos, a busca constante da perfeição, a eliminação do mal em si mesmo e
crer em Deus com fé raciocinada.
36. Dizem que nunca nenhum morto voltou para contar o que há do lado de
lá. Essa afirmação está correta?
Não.
Pois, em primeiro lugar, não há mortos, apenas o corpo é que morre. Quanto à
afirmação de que ninguém voltou, existem centenas de livros que comprovam que
isso não é verdade. Há mensagens chegando todos os dias pelas mãos dos médiuns
psicógrafos, mostrando aos mais cépticos que seus entes queridos não morreram,
apenas livraram-se da vestimenta carnal. Só não aceita quem tem medo da
realidade. Os fatos são reais, provados e incontestáveis.
35. Um ser clonado tem espírito?
Sim.
A tecnologia humana pode até tentar fabricar seres clonados, mas estes serão
animados por espíritos. Se a ciência conseguisse fabricar 10 cópias de uma
pessoa, a cada ser criado, haveria um espírito diferente animando cada corpo. O
que temos que ter sempre em mente, é que a alma não nasce no mesmo instante da
criação de um corpo físico, a alma é criada unicamente por Deus, antes mesmo
que uma reencarnação.
34. A ciência está caminhando na solução de
muitos dos problemas genéticos, sendo assim, não mais nascerão pessoas com
defeitos?
Deus
permite sempre que a humanidade busque a solução de seus problemas, porém as Leis
Divinas serão sempre cumpridas. Caso um espírito que cometeu delitos em
existências anteriores, numa próxima reencarnação, poderá animar um corpo com
provações morais e físicas, assim, a ciência humana nunca poderá superar as
Leis Divinas.
33. Por que nascemos no meio de pessoas tão
diferentes de nós?
Nascemos
no meio de pessoas diferentes, pois cada um de nós tem o seu grau evolutivo,
que difere dos outros. Umas pessoas estão ainda presas às paixões inferiores,
comprazendo-se de viver na lama moral. Outras já querem buscar a sua perfeição,
aprimorando-se a cada instante.
32. Haverá o Fim do Mundo?
O
fim do mundo como se prega por aí, não. O que está para acontecer a partir
deste terceiro milênio é a transformação do nosso mundo de expiação para um
estágio um pouco melhor o da regeneração. O que um dia acontecerá, certamente é
a morte térmica de nosso planeta, bem como a morte do sol, mas até lá já não
necessitaremos destas vestimentas tão materiais e poderemos estar habitando outros
mundos mais perfeitos. Tudo se transforma neste Universo de Deus, até nós
mesmos.
31. Por que então nos esquecemos das nossas
outras vidas?
Nós
não nos lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se nós
lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos
que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de
viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje
são nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos, que,
presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso que
existe a reencarnação. Hoje estamos, muitas vezes, corrigindo erros praticados
contra alguém, sofrendo as consequências dos crimes perpetrados, ou sendo
amparados, auxiliados por aqueles que, no passado, nos prejudicaram. Daí a
importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em
existências anteriores. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade da
reparação, como também o ensejo de devotarmos nossos esforços pelo bem dos
outros, apressando nossa evolução como espíritos. Quando reencarnamos, trazemos
um plano de vida, compromissos assumidos perante a espiritualidade e que dizem
respeito à reparação do mal e à prática do bem. Dependendo de nossas condições
espirituais, podemos ter escolhido as provas, os sofrimentos, as dificuldades,
que provarão a nossa capacidade espiritual.
30. Existem almas gêmeas?
Como
dois espíritos que seriam incompletos se separados um do outro, não. O item 298
do Livro dos Espíritos, afirma que não existe união particular e fatal entre
duas almas. Quando Emmanuel fala, em O Consolador, de almas gêmeas, devemos
entender dois espíritos que são profundamente afinados, que se auxiliam
mutuamente, unidos por uma profunda estima.
29. O nosso destino está definido? Podemos mudá-lo?
Destino
propriamente dito não existe, a única certeza é de que algum dia nós
alcançaremos a evolução plena de nossos espíritos. Podemos sim nesta vida ter
uma missão pré-definida, mas sabemos que todas as pessoas têm o seu
livre-arbítrio, e com ele, as pessoas podem cumprir ou não suas missões e,
dependendo do caminho que elas escolherem, deverão arcar com suas consequências
e responsabilidades. Hoje colhemos o que plantamos ontem e amanhã colheremos o
que plantarmos hoje.
28. Sempre reencarnarei com o mesmo sexo?
Não.
O que guiará reencarnar em um determinado sexo são as provas que o espírito
haverá de passar. Pouco importa a um espírito o sexo, o que importa é a sua
evolução até Deus. Se numa existência anterior uma pessoa foi mulher e gostou
muito da vida que teve e se nesta vida ela reencarnou como homem, ela terá um
pouco de dificuldade em aceitar o sexo atual. Mais um detalhe, Deus nos dá a
oportunidade de nascermos ricos, pobres, bonitos, feios, homem, mulher, com
saúde, com problemas de saúde, etc., para que nós possamos experimentar todas
as possibilidades de aprendizado ou para percebemos a diferença entre elas e
saibamos progredir independentemente da situação. Como dizem os espíritos, como
podemos dar valor a luz se não conhecermos a escuridão, como poderemos dar
valor à saúde se não ficarmos doentes e etc.
27. Qual é a razão da diferença física entre o homem e a mulher então?
A
mulher tem funções de gerar uma vida material. O homem é mais forte para
realizar os trabalhos mais rudes e proteger os mais fracos e não escravizá-los.
Portanto não há um mais superior que o outro.
26. O homem e a mulher são tratados igualmente perante as Leis Divinas?
Sim.
Deus não faz distinções e preferências a seus filhos, todos nós somos iguais
perante a Ele.
A mulher que deliberadamente cometeu estes crimes está
endividando-se muito com o seu corpo espiritual, com o espírito que ela
prejudicou e com as Leis de Deus. Com o seu corpo espiritual, a mulher lesa o
seu aparelho reprodutor. Em uma ou mais reencarnações posteriores, ela poderá
querer ter filhos e não poder. O espírito que ela expulsou, poderá levar um tempo para reequilibrar-se, podendo até, por revolta, tornar-se um obsessor desta.
24. O Aborto é crime?
É
considerado um crime sob as Leis Divinas, pois ninguém tem o direito de
interromper uma vida. Há, porém, uma única exceção, quando uma mulher grávida
está correndo perigo de vida com a gravidez, ou é ela que sobrevive ou o bebê,
neste caso, interromper a gestação é válida, pois a mulher pode novamente
engravidar do mesmo espírito. No caso de uma gravidez ocasionada por estupro,
interromper a gestação é praticar uma violação às Leis de Deus, pois não
sabemos as expiações que a mãe e o filho indesejado têm a cumprir, é um ponto
para importantes reflexões, quem sabe o que faz, nós ou Deus?
23. A alma é eterna?
Sim.
Somos espíritos criados para sermos eternos e atingirmos a perfeição.
A
vida habita todos os cantos do universo. O que o homem só procura são seres
inteligentes materializados, não acreditam sequer que há um mundo espiritual
habitado por muitos seres coexistindo no seu mesmo planeta. O espírita encara
esta questão com naturalidade, pois tem consciência da pluralidade dos mundos e
sabe perfeitamente que existem seres em diversas faixas vibracionais, desde as
mais densas às mais tênues. Jesus Cristo já dizia: "Na casa do Pai há
muitas moradas".
21. Por que existem pessoas com muitos defeitos e más tendências?
Por
habitarmos um mundo ainda em estágio baixo de evolução, há a predominância do
mal sobre o bem. O que devemos fazer é nos policiar, procurando agir de maneira
correta, praticar o bem e corrigir nossos erros.
20. O que acontece com os assassinos quando morrem?
"Quem
planta vento colhe tempestade". Este ditado resume a Lei de Causa e Efeito;
sendo assim, um criminoso, por seu teor vibracional, fica expiando os seus
erros até que, por arrependimento, se prepara para uma nova reencarnação, para
começar a saldar seus débitos antigos. Enfim, para todos aqueles que estão
distantes da luz, há sempre um caminho de recuperação aguardando-o.
É!
Ninguém tem o direito de tirar uma vida, somente a Deus cabe esta decisão. A
eutanásia é uma forma de interromper uma expiação daquele espírito que sofre
como paciente terminal. Seus parentes pensando que estão aliviando suas dores,
solicitam a eutanásia, mas é um ledo engano, pois estão praticando um crime
contra a vida e não consideram que os sofrimentos morais são maiores que os
sofrimentos materiais e este espírito deve resgatar suas dívidas.
Sim,
todos tem um certo grau de mediunidade, pois não é um privilégio exclusivo.
Porém, usualmente, só considera-se como médium aqueles que a mediunidade se
mostra bem caracterizada e se traduz em efeitos patentes.
(O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - Capítulo XIV)
(O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - Capítulo XIV)
17. Posso tornar-me um médium?
Em
tese pode, já que todos tem um certo grau de mediunidade, mas na realidade
depende de fatores morais, estudo, prática da mediunidade e por pedir para
reencarnar com um bom grau de mediunidade para resgatar débitos passados.
16. Por que existem pessoas com mais capacidades mediúnicas do que as
outras?
Essas
pessoas são mais capacitadas devido ao grau de evolução de cada um, também
porque há espíritos que escolhem como expiação a mediunidade, já que é uma
forma de praticar a caridade e aperfeiçoar - se.
15. O que é médium?
É
toda pessoa que sente, em qualquer grau, a influência de espíritos. É portanto
a pessoa que serve de ponte de comunicação entre o mundo espiritual e material.
Há diversas variedades de médiuns, conforme a espécie de manifestação: médiuns
de efeitos físicos, os sensitivos, audientes, videntes, sonâmbulos, curadores,
pneumatógrafos, psicógrafos. É claro que um médium pode ter uma ou mais destas
variedades.
14. Como é feita a comunicação com os espíritos?
A
comunicação com os espíritos é feita normalmente através da mediunidade. Os
fenômenos da comunicação podem ser: efeitos físicos (batidas, movimentação de
objetos), psicografias, aparições, incorporações, obsessões, etc.
13. Como posso aproximar-me de Deus?
Através
da prática do bem, colocando em prática o Evangelho de Jesus, aperfeiçoando-se,
esclarecendo-se sobre as Leis divinas e orando com o coração.
12. Por que existem tantas injustiças na Terra? O que explica o Espiritismo?
As
injustiças no orbe terrestre existem devido ao pequeno grau de adiantamento em
que nos encontramos, pois neste planeta ainda há o predomínio do mal sobre o
bem. Também aquilo que, sob nossa ótica é injustiça, pode ser um resgate de
dívidas de encarnações anteriores (Lei de Causa e Efeito). O Espiritismo trouxe
luz à essas questões de aparentes injustiças.
11. O Espiritismo é o único que salva?
Antes
de qualquer coisa, precisamos fazer-nos uma pergunta: salvar o quê? O termo
salvação não quer dizer de forma alguma ganhar o céu. Desde sempre, as
religiões dogmáticas convidam-nos a esta salvação. O Espiritismo, como todas as
religiões e doutrinas religiosas, busca aproximar o homem de Deus, esclarecendo-o
sobre as Leis Divinas. Kardec, ao trazer Jesus de volta ao nosso sentimento e à
nossa razão, clareou-nos o entendimento, e pudemos perceber que esta salvação é
para os nossos próprios erros. É preciso que nos salvemos de nós mesmos, e a
senha é a caridade, que é o amor em movimento. O que salva realmente é a
prática da caridade, amando a todos, buscando eliminar as próprias imperfeições
e acima de tudo amar a Deus.
Anjo com asas e auréola, tal qual é ensinado pela Igreja Católica, não existe. A
Doutrina Espírita esclarece que aqueles a quem chamamos Anjos são seres de Deus
que já percorreram todos os graus da evolução. Portanto, são espíritos de grande
elevação espiritual (Espíritos superiores), que exercem o ofício de mensageiros
entre o Criador e os homens, habitando as regiões de sutis vibrações.
09. Existe o Diabo?
Não.
O conceito de diabo diz que há espíritos eternamente maus, indo de contra à
criação Divina que nos criou perfectíveis e dando-nos por escopo a perfeição
para que possamos progredir. Sendo todos os seres criação de Deus, Ele não
poderia criar seres voltados eternamente ao mal. Então o que é conhecido por
diabo, são apenas espíritos que ainda não quiseram caminhar na estrada do bem,
praticando o mal, tendo como consequência a Lei de Causa e Efeito.
08 - Há inferno? Há céu?
Para nós, espíritas, a lógica e os espíritos superiores esclarecem que o demônio e o inferno tal qual é ensinado pela religião predominante não existem, pois nesse lugar haveria almas aprisionadas eternamente em sofrimento. O que existe realmente são planos vibracionais inferiores, onde os sofrimentos não são eternos. Nessas regiões os espíritos expiam seus erros, suas faltas, e logo que se arrependam do mal que praticaram, obtém condição de se elevarem, pois todos fazem parte da Criação Divina, e Deus nos criou para alcançarmos a perfeição. Da mesma forma, o céu como é ensinado, também não existe, pois não há seres angelicais ociosos tocando harpas e cantando hosanas e muito menos descanso eterno. O que existe são diversos planos espirituais com elevadas vibrações, onde seres superiores que estão em contínuo trabalho auxiliando aos seus irmãos menores na escalada até Deus.
07 – O Que acontece quando dormimos?
06 - Onde vivem os Espíritos desencarnados?
05 - Os espíritos nos visitam?
Sim! Os espíritos não só nos visitam, como, em
alguns casos, somos influenciados por eles. Alguns, ainda presos à matéria,
vivem ao nosso lado a todo instante. Esse envolvimento é recíproco bom ou ruim,
dependendo da índole dos participantes. Essa situação independe da faculdade
mediúnica. Se estivermos voltados para os erros, estaremos assessorados por
espíritos maus, levianos; se estivermos preocupados com as virtudes, estaremos
amparados pelas entidades elevadas. Por este motivo devemos ter uma conduta
retilínea, moral e pensamentos voltados ao bem. Por isto, o nosso Mestre Jesus
nos aconselhou: “Vigiai e orai”. Observemos que o meigo Rabi colocou o verbo “vigiar”
antes do verbo “orar”, e tal ênfase indica de modo que somente a oração não
basta, pois também é a vigilância algo muito necessário em nossas vidas.
Em primeiro lugar, o que ocorre é a morte do nosso
corpo físico. O Espírito não morre, apenas muda do Plano material para o Plano
espiritual. Dessa forma, continuamos a ser o que éramos antes, com os mesmo
defeitos e virtudes. A separação da alma e do corpo se dá gradualmente, não se
escapa como um pássaro cativo a que se restitua subitamente a liberdade. O
Espírito se solta pouco a pouco dos laços que o prendiam. O instante inicial
após essa troca de planos varia de Espírito para Espírito, pois cada um tem um
grau de consciência. Alguns seguem para o alto, amparados pelos amigos
espirituais, outros se mantêm no Plano terrestre, por não acreditarem que “morreram”, sofrendo assim dores morais.
Kardec adotou o princípio de "Causa e efeito" e não de "Ação e reação para estudar e explicar as razões da dor e das aflições. Conhecia, sem sombra de dúvida, a Terceira Lei de Newton, mas não a usou na apreciação das coisas espirituais.
02 - O QUE É REENCARNAÇÃO?
É o processo pelo qual os espíritos passam por sucessivas vidas habitando corpos físicos. O objetivo da reencarnação é levar o espírito rumo à perfeição. Após determinado grau de evolução o espírito não mais necessita habitar corpos físicos, ou seja, não precisa mais reencarnar. A reencarnação é a oportunidade que Deus nos dá para a reparação de erros passados.
01 - O QUE É O ESPIRITISMO?
O Espiritismo é doutrina científica, filosófica e religiosa que trata da natureza, da origem e do destino dos Espíritos e de suas relações com o mundo corpóreo. Os princípios básicos do Espiritismo são: a existência de Deus; a reencarnação e a imortalidade da alma.
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