ESPIRITISMO
PARA INICIANTES
(Textos
compilados do CEI)
Mesmo entre as pessoas
que se dizem espíritas, poucas conhecem realmente o Espiritismo. A grande parte
prefere ouvir de outros, a ler as informações em fontes seguras. E, em se tratando
de Doutrina Espírita, a fonte reconhecidamente segura é a Codificação Espírita
composta pelas obras de Allan Kardec:
• 1) O LIVRO DOS
ESPÍRITOS (1857)
• 2) O LIVRO DOS
MÉDIUNS (1861)
• 3) O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO (1864)
• 4) O CÉU E O INFERNO
(1865)
• 5) A GÊNESE (1868)
As orientações aqui
contidas NÃO DISPENSAM A LEITURA E O ESTUDO DAS OBRAS BÁSICAS DE ALLAN KARDEC.
POR
QUE CONHECER O ESPIRITISMO?
(A cepa é o emblema do
trabalho do Criador; aí se acham reunidos todos os princípios materiais que
melhor podem representar o corpo e o espírito.)
A maioria das pessoas,
vivendo a vida atribulada de hoje, não está interessada nos problemas
fundamentais da existência. Antes se preocupar com seus negócios, com seus
prazeres, com seus problemas materiais. Acham que questões como «a existência de
Deus» e «a imortalidade da alma» são da competência de sacerdotes, de ministros
religiosos, de filósofos e teólogos. Quando tudo vai bem em suas vidas, estas
pessoas nem se lembram de Deus e, quando lembram, é apenas para fazer uma oração,
ir a igreja, como se tais atitudes fossem simples obrigações das quais todos
têm que se desincumbir de uma maneira ou de outra. A religião para essas
pessoas é mera formalidade social, alguma coisa que as pessoas devem ter, e
nada mais; no máximo, será um desencargo de consciência, para estar bem com o
Criador. Tanto assim, que muitos nem sequer alimentam firme convicção daquilo
que professam, carregando sérias dúvidas a respeito de Deus e da continuidade
da vida após a morte. Quando, porém, tais pessoas são surpreendidas por um grande
problema, uma queda financeira desastrosa, a perda de um ente querido, uma
doença incurável - fatos que acontecem na vida de todo mundo - não encontram em
si mesmas a fé necessária, nem a compreensão para enfrentar o problema com
coragem e resignação, caindo, invariavelmente, no desespero. O conhecimento
espírita abre-nos uma visão ampla e racional da vida, explicando-a de maneira convincente
e permitindo-nos iniciar uma transformação interior, aproximando-nos de Deus.
APRESENTAÇÃO
“As instruções dadas pelos
Espíritos de categoria elevada sobre todos os assuntos que interessam à
humanidade, as respostas que eles deram às questões que lhes foram propostas,
foram recolhidas e coordenadas com cuidado, constituindo toda uma ciência, toda
uma doutrina moral e filosófica, sob o nome de Espiritismo. O Espiritismo é,
pois, a doutrina fundada na existência, nas manifestações e no ensinamento dos
Espíritos. Esta doutrina acha-se exposta de modo completo em O Livro dos
Espíritos, quanto à sua parte filosófica; em O Livro dos Médiuns, quanto à
parte prática e experimental; e em O Evangelho segundo o Espiritismo, quanto à
parte moral”.
Allan Kardec
A
DOUTRINA ESPÍRITA
Antecedentes
Os fatos atinentes às
revelações dos Espíritos ou fenômenos mediúnicos remontam à mais recuada
Antiguidade, sendo tão velhos quanto o nosso mundo; e sempre ocorreram em todos
os tempos e entre todos os povos.
A História, a este
propósito, está pontilhada desses fenômenos de intercomunicação espiritual. O homem primitivo mantinha contato com o mundo
invisível, colocava o crânio do defunto fora da caverna na direção do leste,
pensando que desse modo a alma do falecido não voltaria; na antiguidade, na
Índia, China e Egito, se recebiam mensagens do outro lado da vida através de
sacerdotes, hierofantes e pitonisas. Sócrates, desde a infância, era inspirado
por daemon, seu Espírito guia.
Os historiadores
confirmaram que a imortalidade da alma e a comunicação espiritual têm estado
presentes nas culturas antigas, como faculdade natural, sexto sentido ou
faculdade Psi. O «Novo Testamento» mostra uma ampla gama desses fenômenos,
chamando a mediunidade como carisma ou dom e os médiuns como «profetas». O
livro «Atos dos Apostoles» oferece um amplo conteúdo de fenomenologia paranormal,
praticadas pelos seguidores de Jesus. Na Idade Média, destaca-se a figura
admirável de Joana D’Arc, grande médium, recusando sempre renegar «as vozes do
céu».
Nesta época moderna
vamos ver a fase inicial do Espiritismo, onde vamos encontrar alguns notáveis
antecessores, como o famoso vidente sueco, Emmanuel Swedenborg, engenheiro de minas,
insigne teólogo de valioso patrimônio cultural e dotado de largo potencial de
forças psíquicas. Em 1775, Mesmer reconhece o poder da cura mediante a
aplicação das mãos, ou seja, através da fluidoterapia. Acredita que por nossos
corpos transitam fluidos curadores, preparando o caminho para o Hipnotismo do
Marquês de Puységur. Andrew Jackson Davis, sensitivo, clarividente e vidente
norte-americano. O surgimento do Espiritismo foi predito por Davis no livro «Princípio
da Natureza». Ele começou a preparar o terreno, antes que se iniciasse a
revelação.
Teresa
de Ávila (1515-1582) Conhecida como «a maior mística da igreja», mostrou
diversos fenômenos como o êxtase, um sonambulismo mais depurado, o qual foi representado
pelo artista Lorenzo Bernini (1647-52).
Saul
e Samuel
Com
ajuda da pitonisa de Endor, o rei Saul, o primeiro rei de Israel, comunicou-se
com o profeta Samuel (Espírito) e este desvelou-lhe o seu futuro e o das suas tropas
ao enfrentar os Filisteus. (1 Samuel, cap. 28, v. 5 al 29)
Emmanuel
Swedenborg
Um
dos mais extraordinários filhos da Suécia. Contribuiu notavelmente para a
ciência e a filosofia do seu país e da Europa do setecentos. Desde a sua
infância tiveram início as suas visões numa continuidade que se prolonga até
sua morte, mas as suas forças latentes eclodiram com mais intensidade a partir
de abril de 1744, em Londres. Desde então, afirma Swendenborg, «O Senhor abria
os olhos de meu espírito para ver, perfeitamente desperto, o que se passava no
outro mundo e para conversar em plena consciência com os anjos e Espíritos». Informa-nos
Immanuel Kant, na obra «Sonhos de um Vidente», que em 1756 Swedenborg
encontrava-se com uns amigos em Gothenborg a 400 Km. de Estocolmo; às 18hs, o
vidente anunciou que tinha iniciado um incêndio que avançava em direção de sua
própria casa. Às 20hs., demonstrou grande perturbação pelos danos produzidos.
Mas num dado momento acalmou-se e exclamou com alegria que o incêndio tinha
cessado 3 portas antes da sua! Dois dias depois confirmou-se a notícia chegada
de Estocolmo.
Joana
D’Arc (1412-1430)
Desde
os 12 anos escutava as vozes do mundo espiritual. Defendeu o território francês
durante «Guerra dos Cem Anos» contra os ingleses. Foi condenada à fogueira com
19 anos, num processo religioso que a considerava feiticeira. Em 1920 foi
canonizada pelo Papa Bento XV.
Franz
Antón Mesmer (1734 - 1815)
O
famoso austríaco que abriu um espaço na saúde humana, realizou experiências com
o magnetismo e curas com as suas mãos ou «fluidoterapia», entre elas curou
Maria Antonieta que sofria de terríveis dores de cabeça; os doutores da
Salpêtrière pedem a Luis XVI que se eliminem os trabalhos de Mesmer e que
retorne a Viena, onde mais tarde morreria no anonimato.
Andrew
Jackson Davis (1826 -1910)
Sensitivo,
considerado por Artur Conan Doyle como «o profeta da Nova Revelação.» Na tarde
de 06 de março de 1884, Davis foi tomado por uma força que o fez voar, em
Espírito, da pequena cidade onde residia, e fazer uma viagem até as Montanhas
de Castskill, cerca de 40 milhas de casa. Swendenborg foi um dos mentores
espirituais.
Sir
Arthur Conan Doyle (1859 - 1930)
Célebre pelo seu
personagem de ficção «Sherlock Holmes», manifestou que os fenômenos espíritas
tinham sido até o momento esporádicos, mas agora apresentavam uma sequência metódica.
No seu livro «História do Espiritismo» asseverou: «Possuem a característica de uma
invasão organizada».
Os
Fenômenos de Hydesville
O ano de 1848 constitui
o ponto de partida do Espiritismo. Nos Estados Unidos da América do Norte, na
aldeia de Hydesville, condado de Wayne, Estado de Nova York, começaram a
produzir-se uma serie de fenômenos que chamaram atenção da sociedade da época. Foi
a 31 de março de 1848 às 22 horas que esses ruídos insólitos surgiram de
maneira mais ostensiva. A noite foi terrível, das paredes provinham pancadas ou
ruídos (rappings ou noises) que pareciam provir de uma inteligência oculta que
desejava comunicar-se. As irmãs Katherine e Margareth Fox, duas meninas de 11 e
14 anos foram dormir no quarto de seus pais, mas os ruídos aumentaram; a irmã mais
nova começou a bater palmas e da parede ouviu-se o mesmo número de batidas. A
menina fazia perguntas e a parede respondia com um golpe para dizer «SIM» e com
dois golpes para dizer «NÃO». Descobriu-se que as revelações ruidosas partiam
do Espírito de um mascate, de nome Charles Rosma, que fora assassinado e
sepultado no porão da casa, pelos antigos proprietários e que só agora podia
comunicar-se com a família dos Fox, adeptos da igreja Metodista. Os
acontecimentos comoveram a população da vila, aparecendo depois as primeiras demonstrações
públicas no salão maior de Rochester, o Corinthian Hall, o que resultou na formação
do primeiro núcleo de estudos. Um dos frequentadores, o Sr. Isaac Post, implementou
um sistema de comunicação através de um alfabeto para formação de palavras mediante
convenção de que cada letra corresponderia a determinado número de pancadas. Foi
somente em 1910 que uns meninos encontraram no porão da casa, cabelos e ossos
do antigo mascate Charles Rosma, constatando o fato.
Ilustração da primeira comunicação
obtida em Hydesville, quando Kathe Fox recebe resposta a seus sinais, preparando
o terreno para o início do Espiritismo.
As irmãs Fox
As
mesas girantes
As mesas «girantes» ou «dançantes» sempre representaram o ponto
de partida da Doutrina Espírita. Paris inteira assistia, atônita e estarrecida,
a esse turbilhão fantástico de fenômenos imprevistos que, para a maioria, só
alucinadas imaginações poderiam criar, mas que a realidade impunha aos mais céticos
e frívolos.
Em
1850, os fenômenos se trasladaram para Europa e surgiram as chamadas tables
parlantes ou mesas girantes.
Tratava-se
de uma mesa redonda com uma base de três pernas, ao lado da qual sentavam-se as
pessoas, colocando as suas mãos sobre a superfície da mesa, a qual se movimentava,
girava ou se mantinha sobre duas pernas para responder as perguntas. Por
intermédio de um código alfabético semelhante ao usado pelas irmãs Fox, era
possível conversar com o «invisível».
A
sociedade francesa se divertia ao fazer perguntas à mesa. Estas sessões se
converteram numa espécie de febre em Paris. A senhora Girardin desenhou uma
sofisticada mesa, que tinha o alfabeto desenhado na sua parte superior. Um
ponteiro metálico formava parte também do engenhoso instrumento. Conforme girava,
ela anotava as letras escolhidas pelas forças invisíveis para fazer seus
ditados. A comunicação evoluiu, passando-se a utilizar uma cestinha, na qual se
introduzia uma caneta e sobre ela, os participantes colocavam as mãos. Logo
surgiu a escrita automática, onde se colocava a caneta apoiada na mão do
médium para receber as mensagens.
Diversos tipos de objetos foram utilizados para a comunicação mecânica
com os Espíritos. Tal é o caso das tabelinhas e cestas usadas inicialmente na
obtenção da psicografia.
Grace Roser Médium dotada para a « escritura automática » chegou
a reproduzir com exatidão a caligrafia do Espírito comunicante.
Allan Kardec
Hippolyte-Léon Denizard
Rivail nasceu em 3 de outubro de 1804, na cidade de Lyon, França; e chegou a
ser célebre com o pseudônimo de Allan Kardec. Em Lyon fez os seus primeiros estudos,
seguindo depois para Yverdun, na Suíça, a fim de estudar no Instituto do
célebre professor Johann Heinrich Pestalozzi, que era a escola modelo da
Europa.
Concluídos os seus
estudos em Yverdun, regressou a Paris, onde se tornou conceituado Mestre não só
em letras como em ciências. Conhecia algumas línguas como o italiano, alemão,
etc. Encontrando-se no mundo literário de Paris com a professora
Amélie-Gabrielle Boudet, contrai com ela matrimônio. Rivail publica numerosos
livros didáticos. Entre as obras publicadas, destacam-se: «Curso Teórico e
Prático de Aritmética», «Gramática Francesa Clássica», além de programas de
cursos ordinários de Física, Química, Astronomia e Fisiologia. Ao término desta
longa atividade e experiência pedagógica, o professor Hippolyte estava preparado
para outra tarefa, a codificação do Espiritismo. Começa então a missão de Allan
Kardec quando em 1854 ouviu falar pela primeira vez das mesas girantes, através
do amigo senhor Fortier, que o convida para assistir a uma reunião de mesas falantes.
Pensando em descobrir novos fenômenos ligados ao magnetismo, pelo qual se
interessava, aceita o convite. Depois de algumas sessões, começou a
questionar-se para achar uma resposta lógica que pudesse explicar o fato de
objetos inertes emitirem mensagens inteligentes. Rivail perguntava-se: como
pode uma mesa pensar sem ter cérebro e sentir sem ter nervos? Mais tarde
chegaria à conclusão de que não era a mesa quem respondia, e sim, as almas dos
homens que já tinham vivido na Terra e que agora se valiam delas para se
comunicarem.
Yverdon,
Suiça. O Instituto do célebre Johann Heinrich Pestalozzi (1746 - 1827), conhecido
como «o educador da humanidade», foi um dos mais famosos e respeitados em toda Europa,
conceituado como escola modelo, por onde passaram sábios e escritores do velho continente.
A Missão
O Codificador
intrigava-se dia após dia. Em 30 de abril de 1856, uma mensagem foi destinada especificamente
para ele. Um Espírito chamado «Verdade» revelou-lhe a missão a desenvolver. Daria
vida a uma nova doutrina, que viria para dar luz aos homens, esclarecer consciências,
renovando e transformando o mundo inteiro. Kardec afirmou que não se
considerava um homem digno para uma tarefa de tal magnitude, não obstante,
faria todo o possível por desempenhar as obrigações que lhe tinham sido encomendadas.
No que tange ao método, Kardec adota o intuitivo - racionalista Pestallozziano:
teoria, teoria-prática e prática na aprendizagem. Em 18 de abril de 1857
publica «O Livro dos Espíritos», 501 perguntas realizadas através de diferentes
médiuns aos Espíritos Superiores. Por sugestão dos próprios Espíritos, assina
com o pseudônimo de Allan Kardec, nome que tinha numa existência anterior
quando foi sacerdote druida.
No ano 1858
edita a «Revista Espírita», em 1 de abril funda a primeira Sociedade Espírita –
«Société Parisienne des Études Spirites»- sucessivamente publica «O Livro dos
Médiuns», «O Evangelho segundo o Espiritismo», «O Céu e o Inferno» e «A
Gênese». Trabalhador infatigável, chamado por Camille Flammarion: o bom senso
encarnado, Allan Kardec, desencarnou a 31 de março de 1869. Cumprida estava a
missão do expoente máximo do Espiritismo, a coordenação e codificação da
Terceira Revelação.
Residência de Allan
Kardec, na Rue e Passage Sainte-Anne N° 59, em Paris, onde concentrava as suas
atividades espíritas.
Dólmen de Allan
Kardec com arquitetura de estilo celta, encontra-se no Père-Lachaise. O
ceminterio mais importante de Paris; e um dos mais visitados do mundo.
Em 31 de março
de 1870, foi inaugurado o dólmen de Kardec, que se converteu em ponto de
atração para os turistas que visitam a necrópole.
Amélie-Gabrielle
Boudet (1795-1883), Conhecida mais tarde como «Madame Allan Kardec», a
professora Amélie colaborou com seu esposo nas suas atividades didáticas, além
de ser uma dedicada companheira que o apoiou em todos os momentos.
Os Continuadores
Inumeráveis
pesquisadores somaram-se à causa espírita assim como notáveis médiuns, entre
eles: Daniel Dunglas Home (levitação); Eusápia Palladino (materializações),
estudada por Cesar Lombroso, o grande criminalista italiano; Florence Cook,
estudada até a saciedade e levada ao laboratório por Sir William Crookes, que
chegou a comprovar a realidade dos fenômenos de materialização de Katie King
(Espírito).
Outros estudiosos como:
Léon Denis, Gabriel Delanne, Camille Flammarion, Alexandre Aksakof, Gustave
Geley, Sir William Barret, Sir Oliver Lodge, Ernesto Bozzano, Albert de Rochas
e o destacado Prêmio Nobel de Fisiologia Charles Richet deram continuidade às
investigações.
Os Continuadores
Os Continuadores
Léon
Denis
(1846
- 1927)
Considerado como um dos
principais seguidores de Allan Kardec e difusor da Doutrina Espírita. Escreveu
diversos livros como «Cristianismo e Espiritismo»; «Depois da Morte»; «O
problema do Ser, do Destino e da Dor», entre outros. Sua mensagem amplamente
expressada era: «Sempre adiante; sempre mais longe; sempre mais alto».
Camille
Flammarion
(1842
- 1925),
Famoso astrônomo
francês soma-se às fileiras espíritas, amigo de Allan Kardec, a quem designou
«o bom senso encarnado».
Amalia
Domingo Soler (1835 -1909)
Conhecida como a
«Grande Dama do Espiritismo», Amalia é considerada uma das maiores médiuns e
escritoras espíritas da Espanha. Fomentou o primeiro Congresso Espírita
Internacional em 1888 e promoveu os movimentos espíritas nascentes em vários
países da América Latina. Escreveu diversos livros, entre eles «Memórias do
Padre Germano»; «Ramos de Violeta»; «Perdoo-te! » e «A Luz da Verdade».
Gabriel
Delanne
(1857
- 1926),
Junto com Léon Denis,
foi o discípulo mais próximo de Kardec. Fundou a «Revista Científica e Moral do
Espiritismo». Escreveu diversos livros, entre eles «O Espiritismo perante a
Ciência»; «O Fenômeno Espírita» e «A Evolução Anímica».
Sir
William Crookes (1832 - 1919)
Sábio eminente, que
aportou novos conhecimentos de Física, é considerado como a maior autoridade da
Ciência na Inglaterra em 1878, estudou a médium Florence Cook e o Espírito
Katie King, a quem pesou, mediu, tomou a temperatura e o pulso, examinou as
vestes, unhas, e corpo, tomando-lhe 18 fotografias. Com experiências repetidas
em laboratório, concluiu em 31 de maio de 1875 e escreveu à Sociedade Dialética
de Londres: «Os senhores me solicitaram observar se os fenômenos eram
possíveis, mas eu lhes direi que não só são possíveis como são reais». Foi
condecorado pela rainha Vitória com o título de «Sir.»
Pierre-Gaetan
Leymarie
Pioneiro espírita, continuador
da «Revue Spirite» e editor de «Obras Póstumas».
Charles
Richet (1850 - 1935)
Prêmio Nobel de
Fisiologia em 1913, descobridor da Soroterapia e pai da Metapsíquica, teve um
papel fundamental ao desvendar os fenômenos anímicos.
Daniel
Dunglas Home (1833 - 1866)
O maior médium de
efeitos físicos. Em 1868, Home, ao estar num dos quartos do terceiro andar do
hotel Ashley House, diante de várias pessoas, levitou saindo por uma janela e
entrando por outra. Foi estudado por Sir William Crookes e por Allan Kardec.
César
Lombroso (1835 - 1909)
Cientista mundialmente
conhecido pelos seus trabalhos no campo jurídico. Lombroso foi um dos maiores
médicos criminalistas do século XIX. Tornou-se espírita depois de realizar experiências
mediúnicas com Eusápia Palladino, quando numa sessão participou da
materialização do Espírito de sua própria mãe. Escreveu o livro «Hipnotismo e Mediunidade.»
Eusápia
Palladino (1854 - 1918)
Estudada por Lombroso,
Richet e diversos pesquisadores, a famosa médium italiana produzia golpes,
levantava objetos diversos, como sinos que soavam estrondosamente.
Friedrich
Jurgenson
Em 1959, o cineasta
sueco gravou o canto de pássaros numa ilha; ao verificar a fita detectou que
haviam «vozes estranhas», chamando-as «vozes paranormais». Jurgenson chegou a
ter milhares de mensagens do mundo espiritual gravadas, considerado um dos
pioneiros da Transcomunicação Instrumental - TCI.
Joseph
Banks Rhine
O «pai da parapsicologia
moderna», levou em 1934 esta ciência à Universidade Duke, na Carolina do Norte,
onde criou um laboratório para as experiências usando o método científico.
No ano de 1932, na
Universidade de Duke, Carolina do Norte (USA) foi criada a primeira faculdade
de Parapsicologia, dirigida pelo casal Rhine junto ao professor Zenner Karl
Zener, iniciando uma nova ordem de experimentos, os chamados PSI ou extra
sensoriais.
A Parapsicologia
sucedeu a Psychical Research (Inglaterra) e a Metapsíquica (França). Em 1970,
iniciam-se os primeiros estudos de Psicobiofísica, ciência que estuda os
fenômenos Psi, fenômenos que interferem no corpo em nível emocional e mental. Finalmente
surge a Psicotrônica, que estuda a paranormalidade registrada através de
aparelhos eletrônicos, iniciada com os experimentos de gravadoras, por
Friedrich Jurgenson e pelo professor Konstantin Raudive. Mais tarde aparece a
Transcomunicação Instrumental - TCI (ainda na etapa experimental), permitindo contatos
via telefone, televisão e computador, criando-se aparelhos como o Spiricom e o
Vidicom com os quais captam-se mensagens e imagens do além, confirmando o que
tinha sido comunicado pelos Espíritos Superiores a Kardec.
Dr.
Raymond Moody Jr.
O famoso psiquiatra
norteamericano, autor do best seller «Life after Life» (Vida depois da Vida) e
a Dra. Elizabeth Kübler-Ross são pesquisadores das Experiências de Quase - Morte.
Vidicom
Aparelho de televisão
que permite capturar imagens do outro lado da vida. Nas fotos aparecem Konstantin
Raudive (superior) e Friedrich Jurgenson (inferior). Ao lado esquerdo quando estavam
encarnados e ao lado direito suas imagens depois de desencarnados.
Konstantin
Raudive
(1906
- 1974)
Filósofo e psicólogo nascido
em Latvia, foi pioneiro da TCI na Europa. A partir de 1964 dedicou-se à investigação
das «vozes», deixando arquivados 72 mil mensagens gravadas.
Obras Básicas
O desenvolvimento da
Codificação Espírita, basicamente, teve início na residência da família Baudin,
no ano de 1855. A casa tinha duas jovens que eram médiuns. Tratava-se de Julie
e Caroline Baudin, de 14 e 16 anos respectivamente. Todo o trabalho da nova
revelação era revisado várias vezes, para evitar erros ou interpretações
duvidosas. As questões mais graves, relativas à Doutrina, eram revisadas com o
auxílio de até dez médiuns. Das perguntas elaboradas aos Espíritos nasceu «O
Livro dos Espíritos», publicado em 18 de abril de 1857. Allan Kardec, na etapa
de sua vida espírita, dedicou-se intensivamente ao trabalho da expansão e
divulgação da Doutrina Espírita. Viajou 693 léguas, visitou 20 cidades e
assistiu a mais de 50 reuniões doutrinárias de Espiritismo, na sua viagem pelo interior
da França no ano de 1862. Fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, que
se destinaria a estudar, divulgar e explicar a nova doutrina. Em 10 de janeiro de
1858, o Codificador abraçou uma nova atividade. Inaugura a «Revista Espírita»,
de publicação mensal, cujo objetivo era informar aos adeptos do Espiritismo
sobre seu crescimento e debater questões vinculadas às práticas doutrinárias;
assim, teve início a imprensa espírita.
Ilustração da época da Livraria
Dentu, na Galerie d’Orléans do Palais Royal, Paris. Lugar onde foi lançado «O
Livro dos Espíritos».
O Livro os Espíritos (original
em francês) Em 18 de abril de 1857 foi publicado e com ele veio à luz a
Doutrina Espírita.
Obras Básicas da
Codificação Espírita para a orientação dos seguidores do Espiritismo. Os cinco
livros básicos de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita, também conhecidos
como «Pentateuco Kardequiano», são: O Livro dos Espíritos; O Livro dos Médiuns;
O Evangelho segundo o Espiritismo; O Céu e o Inferno; A Gênese. Neles, Allan
Kardec reuniu os ensinamentos da Espiritualidade Superior, organizando e
analisando, de forma que ficassem claros e interessantes.
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