INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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Estudo de O Livro dos Médiuns


ESTUDO COMENTADO DE O LIVRO DOS MÉDIUNS
PRIMEIRO MÓDULO
Vamos iniciar mais um estudo das obras da Codificação. Trata-se de O Livro dos Médiuns. O nosso objetivo com este estudo é introduzir os neófitos da doutrina no tema. Mas, acredito que mesmo os mais experientes possam retirar algo do texto. Depois de haver exposto em “O Livro dos Espíritos” a parte filosófica da ciência espírita, Allan Kardec cuidou em “O Livro dos Médiuns” da parte prática da referida ciência, com vistas aos que querem ocupar-se das manifestações, seja por si mesmos, seja para se darem conta dos fenômenos que foram chamados a observar. Na obra em apreço, ver-se-ão os perigos e obstáculos que médiuns e experimentadores podem encontrar e o meio de evitá-los. As duas obras, conquanto seja continuação uma da outra, são até certo ponto independentes; mas, aos que quiserem ocupar-se seriamente do assunto, o Codificador recomenda ler primeiro O Livro dos Espíritos, porque contém os principais fundamentos, sem os quais algumas partes de O Livro dos Médiuns serão talvez dificilmente compreendidas. EXPLICAÇÃO: Este é o segundo volume da Codificação do Espiritismo. Logo após a publicação de O Livro dos Espíritos, obra básica da doutrina, em 1857, Kardec lançou, em 1858, um livrinho intitulado Instruções Práticas Sobre as Manifestações Espíritas. Era um ensaio para elaboração de O Livro dos Médiuns, que só pôde aparecer em 1861. Publicado este, Kardec suprimiu aquele. A finalidade deste livro é desenvolver a parte prática da doutrina, em sequência à exposição teórica do livro básico. Por isso Kardec o considerou "continuação de O Livro dos Espíritos", como se vê no frontispício.
Mesmo porque, segundo declara na Introdução, este livro também pertence aos Espíritos. Foram eles que o orientaram na sua elaboração, eles que o revisaram e modificaram inteiramente para a segunda edição de 1862, que ficou sendo a definitiva e que serviu para esta tradução. Apesar de escrito há cento e cinquenta e nove anos, O Livro dos Médiuns é atualíssimo. Nenhuma outra obra, espírita ou não, sobre a fenomenologia mediúnica, conseguiu superá-lo. É um tratado que tem por fundamento a pesquisa científica e a experiência, além da contribuição teórica dos Espíritos na explicação de vários problemas ainda inacessíveis à pesquisa científica. Essas explicações só eram aceitas por Kardec na medida da sua racionalidade, de acordo com o método de controle rigoroso que estabeleceu para o seu trabalho. Esse método é explicado neste livro e pode ser examinado em minúcias nos relatórios e registros de sessões publicadas na Revista Espírita. As teorias explicativas dos fenômenos, formuladas por Kardec com os dados de sua investigação e a contribuição dos Espíritos, permanecem ainda como as mais viáveis. Basta um confronto entre essas teorias e as formuladas pelos parapsicólogos atuais para se verificar a solidez das primeiras, até hoje nunca desmentidas, e a fragilidade das segundas. Um exemplo típico é a teoria das aparições, que na atual Parapsicologia constitui um emaranhado de suposições curiosas e nada mais, enquanto neste livro se apresenta fundada em pesquisas, observações, deduções rigorosas e explicações dadas por numerosas entidades espirituais em ocasiões diversas, por meios diversos e com todas as provas de seriedade e coerência exigidas pelo método kardequiano. Kardec e os Espíritos insistem numa posição ainda pouco compreendida pelos próprios espíritas: a Ciência Espírita teve como entrada as manifestações físicas, mas sua finalidade é moral e suas pesquisas devem desenvolver-se nesse sentido. Provada a sobrevivência espiritual e a comunicabilidade, o Espiritismo deve aprofundar-se na investigação dos processos de comunicação, da situação dos Espíritos após a morte, das leis que regulam as relações permanentes entre os Espíritos e os homens e suas consequências nesta vida, e assim por diante. O leitor deve encarar este livro, portanto, como um tratado superior de fenomenologia paranormal, em que a fase metapsíquica e parapsicológica de pesquisa material estão superadas. O Livro dos Médiuns apresenta a solução dos problemas em que ainda se enredam as pesquisas atuais e convida os estudiosos a avançarem além. Mas tudo isso com critério e métodos científicos, segundo o próprio Richet o reconheceu ao se referir a Kardec no Tratado de Metapsíquica. Charles Richet: Foi ele quem, pela primeira vez, denominou a substância que emanava dos médiuns de efeitos físicos de ectoplasma, naquele momento referindo-se aos fluidos que emanavam de Eusápia Paladino (uma das maiores médiuns da história do Espiritismo): “são as formações difusas que eu chamo de ectoplasmas; porque elas parecem sair do próprio corpo de Eusápia”.
O problema está assim colocado: as pesquisas espíritas não se prendem aos fenômenos em si, ao mundo fenomênico ou material, e por isso mesmo exigem métodos diferentes dos utilizados nas ciências físicas. Kardec compreendeu isso em pleno século XIX e elaborou o método especial que lhe permitiu avançar sobre seu tempo. A prova disso é que toda a pesquisa metapsíquica e parapsicológica nada mais conseguiu, até agora, no tocante aos resultados positivos, do que referendar as teorias deste livro. (J. Herculano Pires)

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