INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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ENSINO ESPÍRITA

O Que se deve entender por pobre de Espírito

Olá, Amigos! Vamos explanar mais um ensino espírita. Trata-se do tema O Que se deve entender por pobre de Espírito. As Bem-aventuranças com que o Mestre Jesus preambulou o Sermão da Montanha constituem, sem dúvida alguma, uma mensagem divina aos homens de todas as raças e de todas as épocas, destinada a servir-lhes de roteiro, rumo à perfeição. E logo na primeira Aventurança, Ele afirmou: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles  é  o reino dos céus”. Ainda hoje muito se fala sobre tal ensinamento. No entanto, tal ensino, como tanto outros, resta ainda incompreendido pelos homens. Para ilustrar esse estudo de total ausência de vaidade e desligamento das coisas transitórias da Terra, fomos buscar no livro Pontos e Contos, ditado pelo Espírito Irmão X, uma passagem intitulada “Olá, meu irmão”. É a história de Cipriano Neto, homem de grande inteligência, homem da literatura, que se encontrava agora no mundo espiritual falando para uma pequena assembleia de desencarnados. Conta-nos assim o autor: A disposição amiga, acentuava Cipriano Neto, é verdadeiro tônico espiritual. Não raro, envenenamos o coração, à forma de insistir na máscara sombria. Má catadura é moléstia perigosa, porquanto as enfermidades não se circunscrevem ao corpo físico. Quantos negócios de muletas, quantas atividades nobres interrompidas, em virtude do mal humor dos responsáveis? Claro que ninguém se deixe absorver pelos malandros de esquina, mas o respeito e a afabilidade para com as criaturas honestas, seja onde for, constituem alguma coisa de sagrado, que não esqueceremos sem ferir a nós mesmos.

A frente da pequena assembleia, toda ouvidos, Cipriano, com a graça de sua privilegiada inteligência, continuou, após leve pausa: Na Terra, o preconceito fala muito alto, abafando vozes sublimes da realidade superior. Nesse capítulo, tenho a minha experiência pessoal, bastante significativa. Meu amigo calou-se, por alguns momentos, vagueou o olhar muito lúcido, através do horizonte longínquo, como a vasculhar o passado, e prosseguiu: - É quase inacreditável, mas o meu fracasso em Espiritismo não teve outra causa. Não ignoram vocês que meu coração de pai, dilacerado pela morte do filho querido, fora convocado à Doutrina dos Espíritos, ansioso de esclarecimento e consolação. Banhado de conforto sublime, senti que minhas lágrimas de desesperação se transformaram em orvalho de agradecimento à bondade de Deus. Meu filho não morrera. Mais vivo que nunca, endereçava-me carinhosas palavras de amor. Identificara-se de mil modos. Não havia lugar à dúvida. Inclinei-me, então, à Doutrina renovadora. Saciado pela água viva de santas consolações, não sabia como agradecer à fonte. Foi aí que recordei as minhas possibilidades intelectuais. Não seria justo servir ao Espiritismo, através da palavra ou da pena? Poderia escrever para os jornais ou falar em público. Profundamente reconhecido à nova fé, atendi à primeira sugestão de um amigo e dispus-me a fazer uma conferência. Anunciou-se o feito e, no dia aprazado, compacta assistência esperou-me a confissão. Seduzido pela beleza do Espiritismo Evangélico, discorri longamente sobre a caridade. Aplausos, abraços, sorrisos e felicitações. No círculo dos meus companheiros de literatura, porém, o assunto fizera-se obrigatório.

Voltando à Avenida, no dia imediato ao acontecimento, meu esforço foi árduo para convencer os confrades de letras de que não me achava louco. Infelizmente, porém, minha decisão não se filiava senão à vaidade. Pronunciara a conferência como se o Espiritismo necessitasse de mim. Admitia, no fundo, que minha presença honrara, sobremaneira, o auditório e que a codificação kardequiana em mim encontrara prestigioso protetor. Desse modo, alardeava suma importância em minhas palestras novas. Citava a antiguidade clássica, recorria aos grandes filósofos, mencionava cientistas modernos. Quando nos encontrávamos, meus colegas e eu, no ápice das discussões preciosas, eis que surge o Elpídio, velho conhecido meu e antigo tintureiro em Jacarepaguá. Sapatos rotos, calças remendadas, cabelos despenteados, rosto suarento, abeirou-se de mim e estendeu-me a destra, exclamando alegre: Olá, meu irmão! Meus parabéns! Fiquei muito satisfeito com a sua conferência! Entreolharam-se os meus amigos, admirados. E confesso que respondi à saudação efusiva, secamente, meneando levemente a cabeça e senti-me deveras humilhado. Em vista do meu silêncio, o tintureiro despediu-se, mostrando enorme desapontamento. É de sua família? Indagou um companheiro mais irônico. Estes senhores espiritistas são os campeões da ingenuidade! Exclamou outro circunstante. Enraiveci-me. Não era desaforo semelhante homem do povo chamar-me “irmão”, ali, em plena Avenida, diante dos colegas de tertúlias acadêmicas? Estaria, então, obrigado a relacionar-me com toda espécie de vagabundos? Não seria aquilo irmanar-me a rebotalhos de gente, na via pública? O incidente criou em mim vasto complexo de inferioridade.

Cegavam-me, ainda, velhos preconceitos sociais e a ironia dos companheiros calou-me fundo, no espírito. A ausência de afabilidade e a incompreensão grosseira dominaram-me por completo. O fermento da negação trabalhou-me o íntimo, levedando a massa de minhas disposições mentais. Resultado? Voltei à aspereza antiga e, se cuidava de doutrina, confinava-me a reduzido círculo doméstico. Não estimava a companhia ou a intimidade daqueles que considerava inferiores. Os anos, todavia, correm metodicamente, alheios à nossa vaidade e ignorância, e impuseram-me a restituição do organismo cansado ao seio acolhedor da Terra. Sabem vocês, por experiência própria, o que nos acontece a essa altura da existência humana. Gritos estentóricos (fortes) de familiares, pavor de afeiçoados, ataúde a recender aromas de flores das convenções sociais. Em meio da perturbação geral, senti que sono brando se apoderava de mim. Nunca pude saber quantos dias gastei no repouso compulsório. Despertando, porém, debalde clamei por meu filho bem-amado. Sabia perfeitamente que abandonara a esfera carnal e ansiava por encontrar-lhe o carinho. Deixei a residência antiga, ferido de amargosas preocupações. Atravessei ruas e praças, de alma opressa. Atingi a Avenida, onde me dava ao luxo de palestrar sobre ciência e literatura. E ali mesmo, junto ao aristocrático Café, divisei alguém que não me era estranho às relações individuais. Não tive dificuldades no reconhecimento. Era o Elpídio, integralmente transformado, evidenciando nobre posição espiritual, trocando ideias com outras entidades da vida superior.

Não mais os sapatos velhos, nem o rosto suarento, mas singular aprumo, aliado a expressão simpática e bela, cheia de bondade e compreensão. Aproximei-me, envergonhado. Quis dizer qualquer coisa que me revelasse a angústia, mas, obedecendo a impulso que eu jamais soube explicar, apenas pude repetir as antigas palavras dele: “Olá, meu irmão! Meus parabéns!” Longe, todavia, de imitar-me o gesto grosseiro e tolo de outro tempo, o generoso tintureiro de Jacarepaguá abriu-me os braços, contente, e exclamou com sincera alegria: Ó meu amigo, que satisfação! Venha daí, vou conduzi-lo ao seu filho! Aquela bondade espontânea, aquele fraternal esquecimento de minha falta eram por demais eloquentes e não pude evitar as lágrimas copiosas! Nossa pequena assembleia de desencarnados achava-se igualmente comovida. Cipriano calou-se, enxugou os olhos úmidos e terminou: A experiência parece demasiadamente humilde; entretanto, para mim, representou lição das mais expressivas. Através dela, fiquei sabendo que a afabilidade é mais que um dever social, é alguma coisa de Deus que não subtrairemos ao próximo, sem prejudicar a nós mesmos. REFLEXÃO: Nessa história, nós já podemos identificar quem é o pobre de espírito e quem tem grandes dificuldades para sê-lo. Isso também acontece conosco, porque temos grande dificuldade de sermos “Elpídios”, mas também temos grande facilidade de sermos “Ciprianos”. Nós carregamos essas dificuldades, e estamos aqui na Terra justamente para modificarmos isso. Então, vamos buscar dentro daquilo que a Doutrina Espírita nos apresenta as informações para podermos entender o que é ser “pobre de espírito” e, principalmente, saber qual o caminho que devemos seguir para sermos Elpídio.

Quando Jesus pregou o Sermão da Montanha, que define o caráter do verdadeiro discípulo, suas palavras iniciais foram diretas ao coração, mas muitos ouvintes não O ouviram, porque nunca passaram do ponto de partida. Mesmo hoje, a maior parte da mensagem do Evangelho cai em ouvidos surdos, de homens arrogantes. Na passagem evangélica narrada por Mateus (V, 3), Jesus vem nos falar que são bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Difícil, porém, é a compreensão desse preceito, e de como nos tornarmos pobres de espírito, para vencermos o homem orgulhoso que ainda somos. O Mestre não quis dizer que seriam bem-aventurados os que tivessem pouca inteligência, os ignorantes, os de baixa condição, os obscuros. Essa pobreza de espírito está associada à humildade, àqueles que não têm orgulho, àqueles que sabem quem são e àqueles que se autoconhecem. Àqueles que não se envaidecem pelo que sabem e que nunca exibem o que têm. Aí está a humildade. O humilde sabe de onde ele veio, porque está aqui e sabe para onde ele vai. Por isso, ele não se supervaloriza. Sem a humildade, nenhuma virtude se mantém. Os humildes toleram em sua singeleza, suportam as injustiças. Pobres de espírito são os bons, que sabem amar a Deus e ao próximo, tanto quanto a si próprios. Para estes é que Jesus disse: - “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus”.

Eu fico por aqui.

Muita paz!

Você sabe quem foi Hippolyte Léon Denizard Rivail? E Allan Kardec? Pois trata-se do Codificador da Doutrina Espírita. Este missionário fez com que a luz do Consolador se acendesse por toda a Terra, trazendo de volta os ensinamentos deixados pelo Cristo. Em meio às manifestações dos Espíritos que se espalhavam pelo mundo, notadamente pela Europa, há exatamente 164 anos, em 18 de abril de 1857, na cidade de Paris, capital da França, veio a lume o primeiro livro que trata sobre a Doutrina Espírita no mundo. Essa obra, intitulada “O Livro dos Espíritos”, ditada pelo mundo espiritual e compilada, separada, classificada e codificada por um educador francês que assinava sob o pseudônimo Allan Kardec. Por isso, o dia 18 de abril é considerado um marco para o Espiritismo. O Dia Nacional do Espiritismo, data instituída em homenagem ao lançamento do referido livro, que resume a Doutrina Espírita. Seu conteúdo é apresentado em quatro partes, a saber: “As causas primárias”, que deu origem ao livro A Gênese; “Mundo espírita ou dos espíritos” que originou O Livro dos Médiuns; “Leis morais”, que originou O Evangelho Segundo o Espiritismo, e “Esperanças e consolações”, que originou O Céu e o Inferno. O professor Hippolyte Léon Denizard Rivail, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, a fim de que a obra pudesse ser aceita pelo seu conteúdo e não por quem a assinava, já que era muitíssimo conhecido e reconhecido, como professor e como autor de diversos livros, vários dos quais adotados pela Universidade de Paris, notadamente os que versavam sobre educação. Teve considerável peso também, na adoção do pseudônimo, o fato de que o livro foi ditado pelos Espíritos Superiores, não sendo obra dele, professor Rivail, portanto, não obstante tenha nela lançado inúmeros comentários e observações pessoais. Nota-se, assim, desde logo, por esses detalhes, a conduta reta e ilibada do professor. Acrescente-se, sempre procurou agir com seriedade. Constituía traço característico de sua personalidade, por igual, a preservação da ética, sempre, em suas múltiplas e variadas expressões. De 1855 a 1869, quando desencarnou em 31 de março, o eminente e ilustrado professor consagrou sua existência ao Espiritismo. Em seu túmulo, no Cemitério Père Lachaise, em Paris, uma inscrição sintetiza concepção evolucionista da Doutrina Espírita: nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei! Não se pode deixar de reconhecer que os ensinos contidos em O Livro dos Espíritos, em sua essência, permanecem absolutamente aplicáveis aos dias atuais, o que, por si, recomenda a leitura, a releitura e, sobretudo, a reflexão, em torno de tão preciosa obra, que contém os princípios sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade. Verdadeira síntese do conhecimento humano é um tesouro colocado em nossas mãos, que merece, por isso mesmo, repetimos de caso pensado, ser lido e refletido de capa a capa, palavra por palavra. Com efeito, para dizer o mínimo, convém salientar que o Espiritismo nada impõe a seus profitentes, e muito menos a terceiros. Ao contrário, procura orientar sempre, pela palavra escrita ou falada, que somos dotados de livre-arbítrio, da faculdade de decidir livremente sobre quaisquer assuntos, esclarecendo ao mesmo tempo que, exatamente por isso, somos responsáveis pelas decisões que tomemos, sejam quais forem e nos mais variados campos, e naturalmente responsáveis pelas suas consequências. Por outra parte, enfatiza lições seculares, procurando demonstrar com exemplos e com fatos que “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória” e que “A cada um será concedido de acordo com suas obras”. Consola, ao salientar que ninguém será condenado irremediavelmente pelos erros, males e equívocos cometidos, porquanto até mesmo em outra encarnação, que detalha e aprofunda, poderá repará-los, parcial ou totalmente, até quitá-los integralmente, contando com todas as oportunidades de que necessite para tal, uma vez que Deus, sendo o Pai Celestial de todos nós, a nenhum de seus filhos abandona ou desampara. Consola, igualmente, ao demonstrar cabalmente que as Leis Naturais são perfeitas e por isso mesmo imutáveis, advindo daí a certeza de que a Justiça Divina, que nelas se baseia, é absolutamente imparcial, não havendo seres privilegiados na Criação ou privilégio de qualquer espécie a quem quer que seja, prevalecendo a convicção de que Deus não pune, não castiga e não premia a ninguém, sendo, assim, soberanamente bom e justo. Ele que é a inteligência suprema do Universo, causa primária de todas as coisas. Por fim, nestas rapidíssimas observações, o Espiritismo ensina que o amor a lei maior da vida, consubstanciada por Cristo na sentença que constitui o seu ensino máximo “Amar ao próximo como a si mesmo”, vale dizer, aconselhando que façamos ao próximo aquilo que gostaríamos que ele nos fizesse, porque quem assim procede estará, por esse mesmo motivo, “Amando a Deus sobre todas as coisas”. Aliás, esta sentença de Jesus de Nazaré, o Cristo, modelo e guia da Humanidade, nosso mestre e amigo de todas as horas, também ensina e deixa muito claro que para que amemos ao próximo é absolutamente indispensável que nos amemos, de modo que é necessário, no mínimo, que tenhamos elevada autoestima. O Livro dos Espíritos lança luz sobre a existência humana com explicações lógicas para os variados questionamentos do homem, até então sem resposta: imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade. E, mais do que isto, trouxe para o domínio da razão e da ciência os fenômenos que envolvem o mundo dos espíritos, e que até então estavam restritos ao campo das superstições e do sobrenatural.

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