INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 18 de julho de 2021

 Caridade, um reflexo de amor. O Evangelho de Jesus é o grande manual da vida, porque estabelece lições que representam a orientação necessária para a nossa evolução espiritual. Muitos de nós, ao tomarmos conhecimento desses ensinamentos, somos tocados pela verdade. E dentre essas maravilhas ensinadas pelo Cristo está a Caridade. Na questão 893 de O Livro dos Espíritos, Kardec indaga qual a mais meritória das virtudes, obtendo dos Espíritos a resposta de que é a caridade desinteressada. Mas o que é caridade segundo a Doutrina Espírita? Para facilitar a compreensão, podemos dividi-la em caridade material e caridade moral. A caridade material compreende aquilo que tem manifestação no mundo físico, devendo ser exercida com desprendimento e amor, sem humilhar quem recebe. Já a esmola, algumas vezes é útil, mas quase sempre é humilhante para quem recebe. A caridade, pelo contrário, liga o benfeitor ao beneficiado.

A caridade moral, como a entendia Jesus, é elucidada na questão 886 de O Livro dos Espíritos, como sendo benevolência, ou seja, boa vontade para com todos; indulgência, que é tolerância, para com as imperfeições alheias e perdão das ofensas. Esse conceito de caridade reúne todos os deveres do ser humano para com seu próximo, podendo ser exercitada através de três situações, a saber: Avaliando o próximo com indulgência; agir com meu próximo com benevolência; receber toda ação do próximo com perdão. Então, nós já aprendemos que  Caridade é indulgência e benevolência para com todos os nossos irmãos do caminho. Porém, é aquela Caridade que nos indica que fora dela não há salvação, e ela não nasce de fora para dentro. É algo mais profundo. É uma manifestação afetiva de dentro para fora.

Caridade é amor em manifestação incessante e crescente. Ela exige uma posição moral diante das dificuldades do outro, ou seja, doar ao seu semelhante carinho, amizade, e o seu tempo. O amparo, o exemplo, muitas vezes vivifica dentro daquele a quem desejamos ajudar, e dá a ele a oportunidade de crescimento. Isso é algo muito mais importante do que apenas darmos o que nos sobra aos carentes. Embora isto também seja um ato caritativo, não resume a grandiosidade desta virtude. A esmola é útil, porque alivia os necessitados. Mas, é quase sempre humilhante para quem recebe. Já, a prática da Caridade vai muito mais além. Ela liga o benfeitor ao beneficiado. Então, devemos perceber que além daquela Caridade material, que também nos cabe fazer, de modo a amenizar o sofrimento do nosso semelhante, nos cabe também procurar exercitar um outro tipo de Caridade, a Caridade desconhecida. E o que é a Caridade desconhecida? Existem pessoas que têm o costume de falar com seus pares, tentando diminuir uma pessoa ausente. Então, toda vez que vierem para nós falar mal de alguém, devemos ouvir com educação e atenção aquilo que está sendo dito e, na primeira oportunidade, devemos evidenciar uma virtude daquela vítima ausente. Esta ação é suficiente para estancar qualquer tentativa de continuidade na maledicência. Essa Caridade moral que não é conhecida por muitos, todos nós podemos fazer. Jesus, a maior referência que temos em Caridade, utilizou apenas o seu amor e compaixão para com todos. Estaremos fazendo caridade quando, fazendo bom uso de nossas forças mentais, oramos em favor dos enfermos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos. Estaremos fazendo caridade quando, com sacrifício de nosso valioso tempo, formos capazes de ouvir, sem enfado, aquele irmão infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão que nada podemos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade, até mesmo dar um abraço.

Estaremos fazendo caridade quando, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expor qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares. Estaremos fazendo caridade quando, vez por outra, endereçássemos uma palavra de estímulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, destruir o entusiasmo e a crença daqueles que neles se acham empenhados. A caridade moral pode ser: Verbal (palavras que consolam, esclarecem e edificam; prece que aproxima de Deus; silêncio ou suavidade no falar). Mental (ondas mentais sob a forma de perdão; prece, emitida em favor de encarnados e desencarnados). Gestual (afago fraterno, abraço, aperto de mão, sorriso). Passiva (silêncio diante de uma ofensa, atenção perante um desabafo). Mediúnica (amparo a encarnados e desencarnados através da faculdade mediúnica). Assim, sempre há condições e oportunidades para o exercício da caridade, pois não há quem não possa doar algo, dedicar atenção a um irmão, vibrar positivamente por alguém; cada indivíduo, porém, procura e encontra meios de realizar o bem de acordo com a sua evolução espiritual. Mas, à medida que compreende que fora da caridade não há salvação (evolução), o Espírito esforça-se por praticá-la em suas diversas manifestações, eliminando assim, gradualmente, o orgulho e o egoísmo, na exata proporção que se eleva a Deus. “Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos que nos fosse feito. Toda religião, toda moral se encerram nestes dois preceitos, não haveria ódio, nem ressentimentos”. (Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XIII, item 9).

O importante é que façamos a caridade, seja ela material ou moral, mas façamos a caridade, pois, à medida que plantamos a alegria de viver nos corações que nos cercam, a Providência Divina, que tudo sabe e vê, agirá de forma a improvisar a nossa ventura.  Francisco de Assis, há mais de um milênio, já nos informou “que é dando que se recebe”. O amor se manifesta na maneira como se dá, não incluindo os que doam algo apenas para se verem livres de quem pede ou para aliviar a consciência, mas sim a atitude realizada com real vontade de auxiliar. Já o desinteresse consiste em não esperar reconhecimento, gratidão ou retorno de qualquer espécie pela ação realizada, consoante a frase: “que a mão esquerda não saiba o que dá a mão direita”. Precisamos viver pensando sim em nós, mas sem esquecer os outros, uma vez que ninguém consegue ser feliz sozinho. Sejamos, então, caridosos. 19 de julho - Dia nacional da Caridade.  “Chamo-me Caridade, sou o caminho principal que conduz a Deus, segui-me. Eu sou a meta a que vós todos deveis visar”. ( Cáritas ) A prece de Cáritas foi psicografada na noite de Natal, 25 de dezembro, do ano de 1873, ditada pela suave Cáritas, e psicografado pela médium Madame W. Krill, em um círculo espírita de Bordeaux na França. Ainda do mesmo Espírito temos as comunicações: "Como servir a religião espiritual“ e "A esmola espiritual".

 

Prece

Deus, nosso Pai, que sois todo Poder e Bondade, dai a força àquele que passa pela provação, dai a luz àquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade! Deus, dai ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso. Pai, daí ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, à criança o guia, e ao órfão o pai. Senhor, que a Vossa Bondade se estenda sobre tudo o que criastes. Piedade, Senhor,  para aquele que vos não conhece, esperança para aquele que sofre. Que a Vossa Bondade permita aos espíritos consoladores derramarem por toda a parte, a paz, a esperança, a fé. Deus! Um raio, uma faísca do Vosso Amor pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas  fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lágrimas secarão, todas as dores se acalmarão. E um só coração, um só pensamento subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, oh Poder!, oh Bondade!, oh Beleza!, oh Perfeição!, e queremos de alguma sorte merecer a Vossa Divina Misericórdia. Deus, dai-nos a força para ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós; dai-nos a caridade pura, dai-nos a fé e a razão; dai-nos a simplicidade que fará de nossas almas o espelho onde se refletirá a Vossa Divina Imagem. Que assim Seja.




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