INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
Pense nisso!

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domingo, 29 de agosto de 2021

 


ENSINO ESPÍRITA - VIGIAI E ORAI

Você já ouviu a expressão “Vigiai e Orai”? Essa é uma velha conhecida mensagem bíblica. E, embora seja antiga, ainda continua atual. “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca.” Mateus 26.41; também encontrada em Marcos 14:37-38 e Lucas 22:46. Essa frase de Jesus tem subjacente, ou seja, está implícita uma sabedoria extraordinária, já não representa um simples preceito moral ou religioso, mas passa com a doutrina espírita a ser entendido como lei. Sobre esse tema, que nos induz a refletir sobre a precipitação diante das circunstâncias, fomos buscar no livro “Almas em Desfile”, do Espírito Hilário Silva, uma estória intitulada Quinze Minutos. Conta-nos assim o autor espiritual: Aristeu Leite era antigo lidador da Doutrina Espírita; assíduo cliente das sessões; dono de belas palestras; edificava maravilhosamente os ouvintes; mantinha com veemência o culto do Evangelho no lar; visitava, cada fim de semana, vários núcleos beneficentes. Naquela sexta-feira foi para casa, exultante. Vivera um dia pleno de trabalho, coroado à noite pela oração ao pé dos amigos. Entrou. Serviu-se de pequena porção de leite e, logo após, dirigiu-se ao quarto de dormir, onde a esposa e as filhinhas repousavam. Preparou-se para o sono. Sentia, porém, necessidade de meditação e volitou à sala adjacente. Abriu pequeno volume e releu este trecho “O cristão é testado, a cada instante, em sua fé, pelos acontecimentos naturais do caminho. Por isso mesmo, a oração e a vigilância, recomendada pelo Divino Mestre, constituem elementos indispensáveis para que estejamos serenos e valorosos nas menores ações da vida. Em razão disso, confie na Providência Maior, busque a benignidade e seja otimista. A caridade, acima de tudo, é infatigável amor para todos os infelizes. Por ela encontraremos a porta de nossa renovação espiritual. Acalme-se, pois, sejam quais forem as circunstâncias e ajude os seres da Criação, na certeza de que estará ajudando a si mesmo”. Aristeu fechou o livro, confortado, e refletiu: - Estou satisfeito; vivi bem o meu dia; continuarei imperturbável; auxiliarei a todos; estou firme. Louvado seja Deus! Sem dívida, sentia-se mais senhor de si; realizava-se. E, em voo mais alto de superestimação do próprio valor, acreditou-se em elevado grau de ascensão íntima. Nesse estado d'alma, proferiu breve oração e consultou o despertador; uma e quinze da madrugada. Apagou a luz e recolheu-se. Penetrava de leve os domínios do sono, quando acordou sobre-excitado. Alguém pressionava de manso a porta. A esposa despertou trêmula. Aterrada, não conseguia sequer falar. Aristeu, descontrolado, pode apenas balbuciar: Psiu! Psiu! Ladrão em casa. Lembrou-se, num átimo, de antigo revolver carregado, em gaveta de seu exclusivo conhecimento. Deslizou, à feição de gato. E porque o rumor aumentasse, disparou dois tiros contra o suposto intruso. Dispunha-se a continuar, quando voz carinhosa exclamou assustadiça: - Meu filho! Meu filho! Sou eu, seu pai. Desfez-se o tremendo engano. O genitor do chefe da casa viera de residência contigua. Possuindo as chaves domésticas, não vacilara, aflito, em vir rogar ao filho socorro médico para a esposa acamada, com febre alta. Algazarra; vizinhos em cena; meninas em choro de grande grito. Aristeu, envergonhado, abraçava o pai, saído incólume, e explicava aos circunstantes o acontecido. Enquanto revirava pequena farmácia familiar, procurando um calmante, deu uma olhadela no relógio; uma e meia da manhã. Entre os votos solenes e a ação intempestiva que praticara, havia somente o espaço de quinze minutos.

Diante de tal texto, podemos fazer uma reflexão. O objetivo deste estudo é buscar e manter o equilíbrio espiritual. Para tanto devemos fazer uso dos verbos no imperativo, que se traduzem por uma ordem na mudança de nossas atitudes e comportamentos. Vigilância, na sua expressão correta, como nos ensina Jesus com o “vigiai e orai”, não é fiscalizarmos as atitudes alheias, mas objetiva, acima de tudo, nos prevenir acerca de nossas próprias imperfeições e falhas. As nossas fraquezas nos prendem à retaguarda espiritual, induzindo-nos a ações menos edificantes que nos dificultam a marcha evolutiva. Como espíritas, conhecedores do Evangelho à luz da Terceira Revelação, grande é a nossa responsabilidade e, por isso, precisamos estar vigilantes com relação aos nossos próprios atos, palavras e pensamentos, para que externem sempre o que de melhor temos aprendido na doutrina. Vigiar os pensamentos quer dizer mentalizar sempre o bem para todos os que nos cercam e para toda a humanidade, evitando assim colaborar para o acréscimo das ansiedades que envolvem tantas pessoas nos dias atuais. Vigiar ações, afim de que sejamos sempre instrumentos úteis nas mãos da espiritualidade maior, no auxílio aos necessitados. Vigiar será finalmente estarmos atentos para que não venhamos a ser escravos de ilusões e imperfeições, transformando-nos em verdadeiros espíritas que veem na existência terrena uma oportunidade gloriosa de aprender, amar, ajudar e servir sempre, em nome de Jesus, em favor de nossa própria felicidade espiritual.

Pelo desconhecimento de nossos sentimentos, tomamos, algumas vezes, atitudes equivocadas que nos fazem sofrer muito.

Quantas vezes já não nos arrependemos por agirmos sem pensar? Por falar sem querer? E estas situações ainda são as mais brandas. Complicado fica controlar a tempestade de pensamentos que povoam nossa mente, por todo o dia. Está aqui uma lição para todos nós; afinal de contas, nós, muitas vezes, somos levados a proceder como o Aristeu da nossa estória, porque estamos tão confiantes que não apercebemos de que muitas ciladas podem ser interpostas em nosso caminho. Vigiai e orai! Podemos observar que Jesus colocou o verbo VIGIAR antes do verbo ORAR , e tal ênfase indica que somente a oração não basta, pois, também é a vigilância algo muito necessário em nossas vidas. Vigiai e orai! Podemos dizer com muita certeza que esses dois imperativos nos convoca permanentemente a demorada reflexão. O alerta do Cristo há milênios ainda hoje ecoa de maneira atualíssima em nossa caminhada. Realmente, necessitamos vigiar e, então, depois, orar. Precisamos estar atentos a essas situações que nos desequilibram, e que nos levam, muitas vezes, a ter atitudes que irão nos comprometer em várias existências, por muitas encarnações. Vigiai e orai, para não cairdes em tentação! Para que melhor possamos compreender o profundo alcance trazido pelo meigo Rabi da Galileia, vamos analisar essa expressão por partes.

Por que devemos vigiar? Vigiar é praticar a auto-observação de instante em instante, prestar a atenção nos pensamentos, sentimentos e atitudes. Existem dois tipos de vicissitude; a de ordem material e a de ordem espiritual.

Com relação à matéria, devemos procurar identificar as nossas tendências no sentido de eliminarmos o que há em nós de instintos inferiores que acalentamos em nosso íntimo (orgulho, egoísmo, ira, mágoa, culpa, vingança, etc.). Pois devemos ter presente que somos espíritos em evolução, portadores de defeitos e virtudes que revelam a nossa essência. A vigilância faz-se necessária, pois o quotidiano apresenta-nos constantemente situações que nos sugestionam e condicionam. Não devemos esquecer que pelo ato de pensar permutamos ideias, influenciamos e somos influenciados por mentes afins, que tanto podem ser encarnados como desencarnados, que nos sugestionam a fim de que lhes possamos satisfazer às suas vontades. Kardec ao desenvolver a explicação da oração dominical, no capítulo XXVIII do Evangelho Segundo o Espiritismo esclarece: “A causa do mal está em nós mesmos, e os maus espíritos apenas se aproveitam de nossas tendências viciosas, nas quais nos entretém, para nos tentarem. Cada imperfeição é uma porta aberta às suas influências, enquanto eles são impotentes e renunciam a qualquer tentativa contra os seres perfeitos. Tudo o que possamos fazer para afastá-los será inútil, se não lhes opusermos uma vontade inquebrantável na prática do bem, com absoluta renúncia ao mal. É, pois, contra nós mesmos que devemos dirigir os nossos esforço, e então os maus espíritos se afastarão naturalmente, porque o mal é o que os atrai, enquanto o bem os repele”.

Como podemos verificar, as tendências inferiores que fazem parte do nosso patrimônio evolutivo, manifestam-se naturalmente, daí a nossa necessidade da vigilância permanente das nossas tendências. Da mesma forma como nosso grupo de amigos encarnados é formado por afinidades, nossos companheiros espirituais também o são. Por isto, a importância do Vigiar. Se a influência dos espíritos sobre nós é tão grande como descrita em O Livro dos Espíritos, é melhor que estejamos cercados por aqueles capazes de nos das bons conselhos e instruções.

Por que devemos orar?

Depois de feita a observação daquelas  tendências inferiores em nós, que nos trazem sofrimentos, façamos a segunda prática. No momento em que percebemos a atuação dos “defeitos”, devemos orar para que seja retirado de nossa personalidade a imperfeição observada. A oração é um ato através do qual nos colocamos em sintonia permutando energias com as esferas superiores da vida, com entidades do bem, sublimando sentimentos. Essa permuta de energias aproxima os benfeitores espirituais que nos aconselham e ajudam a superar as nossas fraquezas e, como sabemos, onde há espíritos do bem os espíritos maliciosos se afastam, não podendo atuar sobre nós, uma vez que não lhes estamos dando campo de sintonia para a sua influenciação. Conforme nos explica Kardec, no capítulo XXVII do Evangelho Segundo o Espiritismo, item 7, o que Deus nos concederá sempre, se pedirmos com fé é: A coragem, a paciência e a resignação. Também nos concederá os meios de nos livrarmos, por nós mesmos, das dificuldades, mediante ideias que nos serão sugeridas pelos bons Espíritos, de maneira que nos restará o mérito da ação. Deus assiste aos que ajudam a si mesmo segundo a máxima: “Ajuda-te e o céu te ajudará”, e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem usar as próprias faculdades. Como verificamos, somos regidos por leis de sintonia; permutamos energias com os encarnados e desencarnados. De acordo com os nossos sentimentos e com as nossas aspirações teremos ao nosso redor entidades que nutrem os mesmos valores. A cada momento da vida vamos nos deparar com situações que ensinam, que testam, que colocam à prova nossa constância de propósitos e a nossa fé. Jesus, orientando os Seus seguidores, conhecedor profundo da natureza de cada um, recomendava vigilância e oração como elementos indispensáveis na batalha entre o homem velho e o homem novo. Recomendava fé, confiança na Providência divina, otimismo na caminhada, como postura essencial para aqueles que O seguiam, passes obrigatórios no pedágio da estrada de iluminação espiritual. Recomendava calma diante das circunstâncias; discernimento das situações vividas, uma vez que toda precipitação é danosa, e escurece as opções do caminho. Que Jesus nos auxilie a vigiar e a orar, para que possamos corrigir o nosso comportamento danoso, em virtude da nossa visão estreita, ao nosso semelhante, e para que possamos, cada vez mais, crescermos espiritualmente, cumprindo com nossos compromissos assumidos de forma voluntária.

Muita Paz!


domingo, 22 de agosto de 2021

 


CÓLERA, SENTIMENTO DESTRUTIVO.

Todas as virtudes e todos os vícios são próprios da natureza do Espírito. Daí a necessidade de se educar. Do contrário, onde estaria o mérito e a responsabilidade por nosso aperfeiçoamento moral? O homem só pode modificar o que é do Espírito, quando tem uma vontade firme. A experiência não vem provando isso, até onde vai o poder da vontade pela transformação verdadeira? Convença-se portanto de que o homem só permanece violento e colérico porque assim o quer; mas aquele que quer se corrigir sempre tem a oportunidade e o apoio de Deus através de seus Enviados Celestes. De outra forma, a lei do progresso não existiria para o homem. Para ilustrar este estudo nós fomos buscar no livro Alvorada Cristã, o conto “O Grito de cólera”, ditado pelo Espírito Neio Lúcio. Conta-nos assim o autor espiritual: Lembra-se do instante em que gritou fortemente, antes do almoço? Por insignificante questão de vestuário, você pronunciou palavras feias em voz alta, desrespeitando a paz doméstica. Ah! Meu filho, quantos males foram atraídos por seu gesto de cólera! A mamãe, muito aflita, correu para o interior, arrastando atenções de toda a casa. Voltou-lhe a dor de cabeça e o coração tornou a descompassar-se. As duas irmãs, que cuidavam da refeição, dirigiram-se precipitadamente para o quarto, a fim de socorrê-la, e duas terças partes do almoço ficaram inutilizadas. Em razão das circunstâncias provocadas por sua irreflexão, o papai, muito contrariado, foi compelido a esperar mais tempo em casa, chegando ao serviço com grande atraso. Seu chefe não estava disposto a tolerar-lhe a falta e recebeu-o com repreensão áspera. Quem o visse, ereto e digno, a sofrer essa pena, em virtude da sua leviandade, sentiria compaixão, porque você não passa de um jovem necessitado de disciplina, e ele é um homem de bem, idoso e correto, que já venceu muitas tempestades para amparar a família e defendê-la. Humilhado, suportou as consequências de seu gesto impulsivo, por vários dias, observado na oficina qual se fora um menino vadio e imprudente. Os resultados de sua gritaria foram, porém, mais vastos. A mãezinha piorou e o médico foi chamado. Medicamentos de alto preço, trazidos à pressa, impuseram vertiginosa subida às despesas, e o papai não conseguiu pagar todas as contas de armazém, farmácia e aluguel de casa. Durante seis meses, toda a sua família lutou e solidarizou-se para recompor a harmonia quebrada, desastradamente, por sua ira infantil. Cento e oitenta dias de preocupações e trabalhos árduos, sacrifícios e lágrimas! Tudo porque você, incapaz de compreender a cooperação alheia, se pôs a berrar, inconscientemente, recusando a roupa que lhe não agradava. Pense na lição, meu filho, e não repita a experiência. Todos estamos unidos, reciprocamente, através de laços que procedem dos desígnios divinos. Ninguém se reúne ao acaso. Forças superiores impelem-nos uns para os outros, de modo a aprendermos a ciência da felicidade, no amor e no respeito mútuos. O golpe do machado derruba a árvore de vez. A ventania destrói um ninho de momento para outro. A ação impensada de um homem, todavia, é muito pior. O grito de cólera é um raio mortífero, que penetra o círculo de pessoas em que foi pronunciado e aí se demora, indefinidamente, provocando moléstias, dificuldades e desgostos. Por que não aprendemos a falar e a calar, a benefício de todos? Ajude em vez de reclamar. A cólera é força infernal que nos distancia da paz divina. A própria guerra, que extermina milhões de criaturas, não é senão a ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.

REFLEXÃO:

No Sermão da Montanha, Jesus dá uma receita de vida para todos aqueles que buscam a evolução espiritual. Nele, o Cristo nos fala que Bem-aventurados são os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. A harmonia com o Universo é a missão de todo homem, e ela está inserida na lei do amor e da caridade. Harmonia com o Universo requer humildade, que eleva e auxilia o aprendizado, e aquisição da sabedoria divina. Mas só há harmonia quando existe paz, não só no mundo exterior que nos envolve mas, sobretudo, no mundo interior de cada um de nós. A ira, a cólera, a exaltação, são agentes perturbadores da harmonia universal e os causadores das dores do homem, e são filhas diletas do egoísmo, que ainda habita o coração do ser. A cólera atua como estilete lançado, que prende agressor e agredido através de um fio muito tênue, mas extremamente resistente, feito de ressentimento, de desamor e, até, de ódio. Agressor e agredido passam a vibrar no mesmo diapasão de desarmonia, tornando-se sujeitos a toda sorte de desequilíbrios físicos e psíquicos. Este fio é um laço que contém energias vibratórias desarmonizadas e que acarreta dor e sofrimento para aqueles que gravitam em torno delas. A ira desestabiliza o organismo perispiritual envenenando o ser com fluidos nocivos à sua saúde física e mental; a ira contraria frontalmente a humildade e a caridade, ferindo, portanto, a lei de Deus. E se a inveja é o único pecado que todo mundo esconde a sete chaves, a ira, ao contrário, fica à mostra. A raiva fica exposta nas expressões faciais. Antes mesmo de Sêneca, Aristóteles já dizia que a ira começava com uma irritação. Só o amor é capaz de quebrar os elos vibratórios desarmonizados gerados pela intempestividade dos estados coléricos. A desarmonia não pode ser causada apenas pela palavra mal pronunciada ou pela energia oral exacerbada, mas também, mas também pela palavra escrita, que igualmente fere, magoa, perturba e desequilibra. Quando irados, falamos ou escrevemos o que não desejamos; o que pensamos e o que não pensamos, nos tornando julgadores, rotuladores e agressores, apenas para atender aos imperativos do orgulho ferido ou da ilusão da maior valia. A hierarquia espiritual não se baseia em convencionalismos, como na Terra. Ela é baseada em valores morais adquiridos e incorporados em cada ser. A ascendência moral é irresistível, sendo identificada com facilidade pela luz que cada um consegue irradiar, em função da capacidade de amor e de desprendimento que possui. O poder terrestre, portanto, não tem significado no mundo espiritual, onde não existe títulos ou honrarias, apenas graus de evolução diferenciados. No plano espiritual, humildade é luz, é amor, é autoridade, é energia criadora e, por isto, Jesus, nosso mestre maior, nos lembrou: Que se quisermos ser o maior entre todos, que sejamos aquele que mais serve. O orgulho exacerbado e a ilusão do poder cegam os homens para a sua verdadeira posição, levando-os a sofrimentos imensos no plano espiritual, onde defrontam-se por sua realidade e percebem-se diante da hierarquia do amor. Na espiritualidade, os espíritos desencarnados agrupam-se segundo a lei da afinidade, conforme o grau de elevação que tenham atingido. Quando encarnado, entretanto, presos ao pesado fardo da matéria, todos os espíritos aparentam ser iguais, sendo obrigados a conviver uns com os outros, independente do grau de evolução que já tenham atingido. Pela lei de amor, cabe àqueles que já possuem luz em seus espíritos, dividi-la com os seus semelhantes, ajudando-os a aprender suas lições e a galgar estágios renovados de compreensão e percepção, que os permita evoluir em espiritualidade, isto é, em humildade e em amor. Vigilância e oração são os caminhos para superação dessa fraqueza que ainda habita em nós. Vigilância para perceber a presença da visitadora inconveniente, a cólera, que prepara seu bote para nos dominar; oração para nos ligar com as forças sublimes, que nos ajudam a harmonizar o universo à nossa volta. Virtude não é uma voz que se levanta ou que se exalta, cobrando atendimento e obediência; mas uma luz que se estabelece e se irradia pelo poder do exemplo da resignação e da obediência, confiante nos designíos de Deus. Aquele que se exalta será rebaixado, e aquele que se humilha será elevado, disse o Cristo. Essa é a consequência da aplicação da lei do amor e da caridade.

Muita Paz!


domingo, 15 de agosto de 2021

 



LEI DE CAUSA E EFEITO

Com base no conto “O Merecimento”, do livro A Vida Conta, pelo Espírito Hilário Silva. (Momento de Paz Maria da Luz).

É a estória de alguém que adotou a Lei de Talião para resgate das suas faltas.

Conta-nos assim o autor:

Saturnino Pereira era francamente dos melhores homens. Amoroso mordomo familiar. Companheiro dos humildes. A caridade em pessoa. Onde houvesse dor a consolar, aí estava de plantão. Não só isso. No trabalho, era o amigo fiel do horário e do otimismo. Nas maiores dificuldades, era um sorriso generoso, parecendo raio de sol dissipando as sombras.

Por isso mesmo, quando foi visto de mão a sangrar, junto à máquina de que era condutor, todas as atenções se voltaram para ele, entre pasmos e a amargura. Saturnino ferido! Logo Saturnino, o amigo de todos. Suas colegas de fábrica rasgaram peças de roupa, a fim de estancar o sangue a correr em bica, O chefe da tecelagem, solícito, conduziu-o ao automóvel, internando-o de pronto em magnífico hospital. Operação feliz. O cirurgião informou, sorrindo: - Felizmente, nosso amigo perderá simplesmente o polegar. Todo o braço direito está ferido, traumatizado, mas será reconstituído em tempo breve. Longe desse quadro, porém, o caso merecia apontamentos diversos: - Por que um desastre desses com um homem tão bom? Murmurava uma companheira.

- Tenho visto tantas mãos criminosas saírem ilesas, até mesmo de aviões projetados ao solo, e justamente Saturnino, que nos ajuda a todos, vem de ser vítima! Comentava um amigo. – Devemos ajudar Saturnino. – Cotizemo-nos todos para ajudá-lo. Não faltou quem dissesse: - Que adianta a religião, tão bem observada? Saturnino é espírita convicto e leva a sério o seu ideal. Vive para ou outros. Na caridade é um herói anônimo. Por que o infausto acontecimento? Expressava-se um colega materialista. E à tarde, quando o acidentado apareceu muito pálido, com o braço direito em tipoia, carinho e respeito rodearam-no por todos os lados. Saturnino agradeceu a generosidade de que fora objeto.

Sorriu, resignado. Proferiu palavras de agradecimento a Deus. Contudo, estava triste. À noite, em companhia da esposa, compareceu à reunião habitual do templo espírita que frequentava. Sessão íntima. Apenas dez pessoas habituadas ao trato com os sofredores. Consagrado ao serviço da prece, o operário, em sua cadeira humilde, esperava o encerramento, quando Macário, o orientador espiritual das tarefas, após traçar diretrizes, dirigiu-se a ele, bondoso: - Saturnino, meu filho, não se creia desamparado, nem entregue a tristeza inútil. O Pai não deseja o sofrimento dos filhos. Todas as dores decretadas pela Justiça Divina são aliviadas pela Divina Misericórdia, toda vez que nos apresentamos em condições para o desagravo.

Você hoje demonstra indiscutível abatimento. Entretanto não tem motivo. Quando você se preparava ao mergulho no berço terrestre, programou a excursão presente. Excursão de trabalho, de reajuste. Acontece, porém, que formulou uma sentença contra você mesmo. Há oitenta anos, era você poderoso sitiante no litoral brasileiro e, certo dia, porque pobre empregado enfermo não lhe pudesse obedecer às determinações, você, com as próprias mãos, obrigou-o a triturar o braço direito no engenho rústico. Por muito tempo, no Plano Espiritual, você andou perturbado, contemplando mentalmente o caldo de cana enrubescido pelo sangue da vítima, cujos gritos lhe ecoavam no coração.

Por muito tempo, por muito tempo. E continuou: - E você implorou existência humilde em que viesse a perder no trabalho o braço mais útil. Mas, você, Saturnino, desde a primeira mocidade, ao conhecer a Doutrina Espírita, tem os pés no caminho do bem aos outros. Você tem trabalhado, esmerando-se no dever. Não estamos aqui para elogiar, porque você continua lutando, lutando, e o plantio disso ou daquilo só pode ser avaliado em definitivo por ocasião da colheita. Sei, porém, que hoje, por débito legítimo, alijaria você todo o braço, mas perdeu só um dedo. Regozije-se, meu amigo! Você está pagando, em amor, seu empenho à justiça. De cabeça baixa, Saturnino derramava grossas lágrimas.

Lágrimas de conforto, de apaziguamento e alegria. Na manhã seguinte, mostrando no rosto amorável sorriso, compareceu, pontual, ao serviço. E porque o fiscal do relógio lhe estranhasse o procedimento, quando o médico o licenciara por trinta dias, respondeu simplesmente: - O senhor está enganado. Não estou doente. Fui apenas acidentado e posso servir para alguma coisa. E caminhando, fábrica a dentro, falou alto, como se todos devesse ouvi-lo: - Graças a Deus.

REFLEXÃO:

Hoje em dia, ainda ouvimos algum espírita falar em “débito kármico”, quando alguém passa por determinado sofrimento. E o que é o Karma? Esta expressão não consta da Codificação.

Ela pertence ao hinduísmo e ao budismo. Essa palavra define as consequências de nossas ações, boas ou más, que geram reações que nos atingem na mesma intensidade, nesta encarnação ou nas próximas. A palavra Karma tem um sentido passivo. A pessoa deve sujeitar-se aos males que lhe são impostos, sem reagir, para fazer jus a algo melhor no futuro. A partir daí, temos situações lamentáveis, como o sistema de castas que vige na Índia, a consagrar a discriminação, principalmente dos párias, a casta inferior. Essa lei do Karma é muito mais uma lei de reação do que de ação.

O objetivo deste estudo é mostrar que o acaso não existe. E o futuro promissor depende das boas ações praticadas no presente.

Em nossas vidas há, entre outras, certa lei funcionando constantemente: a “Lei de Causa e Efeito”. Ela é muito semelhante à Lei da Física descoberta por Isaac Newton, que diz que toda ação causa uma reação e que a ação e a reação são iguais e opostas. E qual é a relação entre essas duas leis? Tais leis têm um princípio semelhante; entretanto, são leis diferentes. A semelhança entre elas baseia-se no fundamento de que, para cada ação, existirá uma reação; e, para cada causa, tem-se um efeito. Esse fundamento é algo lógico, para tudo na vida; entretanto, as maneiras como a “Lei de Causa e Efeito” e a Lei de Ação e Reação se processam são completamente diferentes.

A “Lei de Causa e Efeito” não foi descoberta, mas revelada para todos nós, de forma verossímil, através da Doutrina Espírita, no século XIX. Allan Kardec adotou o princípio de causa e efeito e não de ação e reação para estudar e explicar as razões da dor e das aflições. Conhecia, sem sombra de dúvida, a Terceira Lei de Newton, mas não a usou na apreciação das coisas espirituais. Através desta lei (causa e efeito), Deus nos torna responsáveis por todos os atos livremente cometidos. Na prática, tudo o que fazemos retorna a nós mesmos, e retorna de maneira automática. O alcance desta lei é muito maior. Ela não se limita às ações praticadas na encarnação presente. A “Lei de Causa e Efeito” liga fatos separados por séculos, por milênios, entre as inúmera reencarnações do Espírito, de acordo com o mais perfeito princípio de justiça.

Certa circunstância que cria um sofrimento em nossa vida presente, cuja causa não identificamos nela mesma, pode ter sido gerada no passado remoto. Os sofrimentos por causas anteriores são, frequentemente, como os das faltas atuais, a consequência natural da falta cometida; quer dizer, por uma justiça distributiva rigorosa, o homem suporta o que fez os outros suportarem; se foi duro e desumano, ele poderá ser, a seu turno, tratado duramente e com desumanidade; se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante; se foi avaro, egoísta, ou se fez mau uso de suas riquezas, poderá ver-se privado do necessário; se foi mau filho, poderá sofrer pelo procedimento de seus filhos, etc.

Devemos estar compenetrados do seguinte: perante a Lei de Deus, somos sempre responsáveis; pelo mal que fizemos; pelo bem que deixamos de fazer, quando podíamos; pelas consequências de termos deixado de fazer esse bem. Isto quer dizer que, tudo de bom ou ruim que nós fizermos hoje, algo de força equivalente amanhã irá nos beneficiar ou prejudicar, seja nesta ou em outra vida. “A cada um será dado de acordo com suas obras”. Não existe escapatória ou subterfúgios perante às Leis de Deus. Existe, sim, ainda que se trate de uma medida disciplinar, envolvendo comprometimentos do passado, uma possível amenização da falta. Através da conscientização, da prática do bem e da caridade, um espírito pode diminuir sua dívida.

O conhecimento da “Lei de Causa e Efeito” é bastante importante para que possamos compreender o amor de Deus. Este termo “Lei de Causa e Efeito”, nós não vamos encontrá-lo assim destacado na obra da Codificação, mas podemos entender que se trata de uma lei que surge em cima de vários capítulos unidos em uma única colocação. Essa lei é bem discutida nos livros: O Livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo e O Céu e o Inferno.  Em verdade, o entendimento claro e racional dessa lei tem o potencial de fazer com que nós ajamos em concordância com o amor. Em outras palavras, a compreensão dessa lei pode nos ajudar a tomarmos decisões sábias em nossas existências, e, consequentemente, a evoluirmos de forma mais eficiente.

Esta “Lei de Causa e Efeito” tem por objetivo o bem da criatura. Ela não tem, como muitos pensam, um caráter punitivo, mas sim uma ação educadora, no sentido de fazer o ser reconhecer o seu erro, e indicar-lhe o caminho mais curto do acerto. Quando o apóstolo Pedro diz em sua epístola “O amor cobre a multidão de pecados”, quer nos ensinar que não é preciso sofrer para resgatarmos uma “dívida”, mas através do amor, podemos atingir o mesmo alvo de uma forma mais ampla e sem dor. Isto porque, como já disse, o objetivo da lei não é punir. Se pela exemplificação dos ensinamentos cristãos o ser se redime, então não é preciso sofrer. A ação da lei, do ponto de vista espiritual, não tem uma forma absoluta de se manifestar.

Pode o homem pelo seu livre-arbítrio acrescentar novas forças no sentido de abrandá-la ou de agravá-la. Assim é a “Lei de Causa e Efeito”: justa e sábia como o próprio Criador.

Sócrates, um dos filósofos mais conhecidos da Humanidade, ao dizer:  “A justiça conduz aos nossos lábios a taça que nós mesmos envenenamos”, sintetizou o que hoje entendemos como causa e efeito. Aqui ele se referiu apenas aos atos infelizes do ser humano, mas nós podemos acrescentar que a justiça também nos devolve em forma de bênçãos todas as boas ações que praticamos.

Deus está na consciência de todos, permitindo discernir entre o bem e o mal. Somente o bem agrega valor na evolução do homem, porque representa a conformidade com a Lei de Deus e seu cumprimento na sua forma mais pura. Todo desvio do caminho que foi previamente apontado, gera aquela relação de causa e efeito, a necessidade de refazimento. A dor serve como indicador para reajuste do rumo que cada um escolheu, e o amor serve como terapia e bálsamo para todas as dores. Esta é lei. Os desajustes morais, provenientes do descuido no cumprimento da lei, trazem sofrimentos muito mais intensos e muito mais difíceis de serem superados, do que as dores físicas, porque se estabelecem na essência do ser, em seu espírito imortal.

Quando atingimos certo grau de esclarecimento, e já podemos, conscientemente, separar o bem do mal, Deus nos concede a misericórdia de escolher nossas provas, a fim de satisfazer nossas necessidades de aprendizado, e de permitir resgatar pela vivência, as dores que fomos capazes de causar no passado. O espírito livre, entre o espaço de duas encarnações, afastado da influência da matéria, é capaz de vislumbrar melhor a natureza de seus atos. Como somos juízes de nós mesmos, escolhemos nessas oportunidades as provas que desejamos ser submetidos. Nessas ocasiões costumamos adotar a Lei de Talião, a do olho por olho, dente por dente, como forma de resgate das faltas do pretérito.

A dor, proveniente da “Lei de Causa e Efeito”, é o instrumento de reparação das faltas. Mas a misericórdia do Pai é maior do que podemos imaginar e se distribui em função do merecimento que tenhamos obtido, como fruto de um trabalho no amor e na caridade. O que importa a Deus é a certeza da superação das fraquezas e das paixões interiores que ainda habitam o ser humano. Deus não nos criou para a dor, mas para o  amor, e sempre provê misericórdia de acréscimo para aquele que sofre. É como se abríssemos uma conta corrente no céu; para cada falta um débito correspondente à gravidade; a cada ação meritória um crédito proporcional ao seu efeito, mesmo que tenhamos escolhido vivenciar provas e sofrer expiações e dificuldades.

Deus reavalia e atualiza a cada instante a nossa conta corrente e permite amenizar ou agravar as nossas vicissitudes, em função daquilo que se faz necessário para o nosso aprendizado. Saturnino era um homem de bem e, apesar da dor moral que carregava em sua consciência, vivia exemplificando tolerância, amor e caridade. Dava demonstrações claras de ter superado suas tendências egocêntricas e orgulhosas de outros tempos. Assim, apesar de ter escolhido perder o braço como reparação de suas faltas, Deus quitou seu débito com consequência bem mais amena, demonstrando com  Sua misericórdia o reconhecimento do mérito adquirido por aquele homem.

Aos olhos de Deus, todas as coisas estão certas, e só o amor é capaz de cobrir a multidão dos nossos pecados.

Muita Paz!

domingo, 8 de agosto de 2021

 


ENSINO ESPÍRITA

Olá, Amigos! Vamos explanar mais um ensino espírita. Trata-se do tema A Luz que buscamos. Para ilustrar esse estudo, nós fomos buscar no livro Estante da Vida, o conto Sublime Renovação, ditado  pelo Espírito Irmão X. Conta-nos assim o autor espiritual: Conta-se que Tiago, filho de Alfeu, o discípulo de Jesus extremamente ligado à Lei Antiga, alguns meses depois da crucificação tomou-se de profunda saudade do Redentor e, suspirando por receber-lhe a visita divina, afastou-se dos companheiros de apostolado, demandando deleitoso retiro, nas adjacências de Nazaré. Ele, que pretendia conciliar os princípios do Cristo com os ensinamentos de Moisés, não tolerava os distúrbios da multidão. Não seria mais justo, pensava, aguardar o Senhor na quietude do campo e na bênção da prece? Porque misturar-se com os gentios irreverentes? Simão e os demais cooperadores haviam permanecido em Jerusalém, confundindo-se com meretrizes e malfeitores. Vira-lhes o sacrifício em favor dos leprosos e dos loucos, das mães desditosas e das crianças abandonadas, mas não desconhecia que, entre os sofredores que os cercavam, surgiam oportunistas e ladrões. Conhecera, de perto, os que iam orar em nome da Boa Nova, com o intuito de roubar e matar. Acompanhara o martírio de muitos jovens da família apostólica miseravelmente traídas por homens de má fé que lhes sufocavam os sonhos, copiando textos do Evangelho renovador. Observara bocas numerosas glorificando o Santo Nome para, em seguida, extorquirem dinheiro aos necessitados, sem que ninguém lhes punisse a desfaçatez. Na grande casa em que se propunha continuar  a obra do Cristo, entravam alimentos e pipas de vinho com que se  intoxicavam os doentes, tanto quanto bêbados e vagabundos que fomentavam a balbúrdia e a perturbação. Desgostoso, queixara-se a Pedro, mas o rijo pescador que lutava na chefia do santuário nascente rogara-lhe serenidade e abnegação. Poderia, contudo, sustentar excessos de tolerância, quando o Senhor lhes recomendara pureza? Em razão disso, crendo guardar-se isento da corrupção, abandonara a grande cidade e confinara-se em ninho agreste na deliciosa planura que se eleva acima do burgo alegre em que Jesus passou a infância. Ali, contemplando a paisagem que se desdobra em perspectiva surpreendente, consolava-se com a visão dos lugares santos a lhe recordarem as tradições patriarcais. Diante dele destacavam-se as linhas notáveis do Carmelo, as montanhas do pais de Siquém, o monte Gelboé e a figura dominante do Tabor. Tiago, habituado ao jejum, comprazia-se em prece constante. Envergando a veste limpa, erguia-se do leito alpestre, cada dia, para meditar as revelações divinas e louvar o Celeste Orientador, aguardando-Lhe a vinda. Extasiava-se, ouvindo as aves canoras que lhe secundavam as orações, e acariciava, contente, as flores silvestres que lhe balsamizavam o calmoso refúgio. Por mais de duzentos dias demorava-se em semelhante adoração, ansiando ouvir o Salvador, quando, em certo crepúsculo doce e longo, reparou que um ponto minúsculo crescia, em pleno céu. De joelhos, interrompeu a oração e acompanhou a pequenina esfera luminosa, até que a viu transformada na figura de um homem, que avançava em sua direção. Daí a minutos, mal sopitando a emotividade, reconheceu-se à frente do Mestre. Oh! Era Ele! A mesma túnica simples, os mesmos cabelos fartos a se Lhe derramarem nos ombros, o mesmo semblante marcado de amor e melancolia. Tiago esperou, mas Jesus, como se lhe não assinalasse a presença, caminhou adiante, deixando-o à retaguarda. O discípulo solitário não suportou semelhante silêncio e, erguendo-se, presto, correu até o Divino Amigo e interpelou-o: Senhor, Senhor! Aonde vais? O Messias voltou-se e respondeu, generoso: Devo estar ainda hoje em Jerusalém, onde os nossos companheiros necessitam de meu concurso para o trabalho...  E eu, Mestre? Perguntou o apóstolo, aflito.  Tiago, disse Jesus, o soldado que se retira deliberadamente do combate não precisa de suprimento indispensável à extensão da luta. Deixei aos meus discípulos os infortunados da Terra como herança. O Evangelho é a construção sublime da alegria e do amor. E enquanto houver no mundo um só coração desfalecente, o descanso ser-me-á de todo impraticável. Mas, Senhor, dissestes que devíamos conservar a elevação e a pureza.  Sim, tornou o Excelso Amigo, e não te recrimino por guardá-las. Devo apenas dizer-te que é fácil ser santo, à distância dos pecadores. Não nos classificaste também como sendo a luz do mundo? Disse Tiago.  O Visitante Divino sorriu e falou: -    Entretanto, onde estará o mérito da luz que foge da sombra? Nas trevas da crueldade e da calúnia, da mistificação e da ignorância, do sofrimento e do crime, acenderemos a glória de Deus, na exaltação do Bem Eterno. Tiago desejaria continuar a sublime conversação, mas a voz extinguiu-se-lhe na garganta, asfixiada de lágrimas; e como quem tinha pressa de chegar ao destino, Jesus afastou-se, após afagar-lhe o rosto em pranto. Na mesma noite, porém, o apóstolo renovado desceu para Nazaré e, durante longas horas, avançou devagar para Jerusalém, parando aqui e ali para essa ou aquela tarefa de caridade e de reconforto.  E na ensolarada manhã do sétimo dia da jornada de volta, quando Simão Pedro veio à sala modesta de socorro aos enfermos encontrou Tiago, filho de Alfeu, debruçado sobre velha bacia de barro, lavando um feridento e conversando, bondoso, ao pé dos infelizes. Reflexão: A missão básica de todo aquele que já percebe a verdade é iluminar os caminhos dos que ainda estão cegos pelas trevas interiores. Jesus nos disse que somos o “sal da terra”. E, portanto, a missão de todo cristão que já percebe as suas imperfeições é adubar, é arar o terreno para que ele seja capaz de multiplicar as bênçãos recebidas. E se já percebemos a nossa essência de espíritos livres em evolução, devemos ajudar os nossos irmãos a também perceberem as suas verdades. Em outro trecho do Evangelho, Jesus nos concita a colocar a candeia sobre o velador, onde possa ser vista por todos aqueles que precisam de luz. A luz, portanto, é necessária para aplacar as trevas e ajudar a descoberta da verdade, que liberta-nos das nossas próprias imperfeições, que nos ajuda a verificar as chagas de nossos caminhos, as nossas feridas milenares, e nos impulsiona a corrigir a própria caminhada, na direção da virtude, que o Cristo nos ensina. Muitas vezes, a busca dessa luz, com muita intensidade, pode levar o cristão que começa a se deslumbrar com a ampliação da percepção dessas verdades, tornando-se insensatos, perdendo a serenidade, a abnegação, fugindo do trabalho, sob pretexto de evitar a contaminação com aqueles que ainda não são capazes de ver o que ele vê. Essa história do Irmão X reforça a necessidade de nós percebermos o impulso que Jesus nos dá no sentido de ajudarmos o nosso semelhante, sem julgá-lo, e nos colocarmos no trabalho edificante, junto àquele que precisa, levando a luz aonde ela é necessária, ou seja, junto aos sofredores. Fugir da presença dos malfeitores, das meretrizes, dos ladrões, de todo aquele que se torna delinquente frente aos olhos do mundo; fugir da presenças dessas pessoas, justificando manter a pureza de espírito, não nos ajuda no crescimento espiritual. Jesus coloca, nessa história, que deixou para aqueles que já percebem a verdade todos os deserdados do mundo. Cabe a todos nós portanto, principalmente aos espíritas, a que já foi dado perceber a nossa essência de Espíritos em evolução, a missão de levar a luz a quem não a vê.  Semeando o solo através do adubo do “Sal” que somos, e que há de permitir o crescimento das dádivas e multiplicar a caridade , através da ação da palavra amiga, do conforto, da roupa, mas, sobretudo, do crescimento daquele companheiro que se encontra à margem da estrada, ajudando-o a ampliar a percepção da vida, estimulando-o a sair de si mesmo, em direção ao mundo, crescendo em espiritualidade, ajudando-o a perceber todo o dom que está dentro de si, pela sua essência divina, de filho de Deus. Muitos desses nossos irmãos não conhecem a sua essência, nem acreditam naquilo que virá em sua vida futura, pois colocam o seu ponto de vista aqui na Terra, onde os prazeres e a vantagem sobre o semelhante é o único caminho que entendem. Aqueles que pensam que não serão capazes de conviver com vasos sujos, e que acham que a sujeira do mundo há de contaminar-lhes a própria vida, estão enganados. Estão perdendo a oportunidade de se iluminarem, cada vez mais, através da ação e do exemplo que Jesus nos deixou. Assim, também, nesse final de estudo, coloco um convite que Maria Dolores (Espírito) nos faz, renovando a necessidade de olharmos para todos aqueles que sofrem, a esquecer-nos de nós mesmos, voltando a nossa atenção para aquele que necessita de luz, de amparo e de caridade. Se te vês nesta noite, / De alma desencantada e dolorida, / Concentrando a atenção na angústia que te invade, / Medita coração nos outros companheiros que se vão / Nos caminhos da vida, / Sob as pressões da prova e da necessidade. / Regresso agora de estirado giro, / Para buscar-te aqui, em teu doce retiro, / A calma da oração, / Entretanto, alma irmã, se me permites, / Comentarei as dores sem limites, / Da multidão agoniada / Que encontrei na jornada. / Com certeza já viste / As trevas e aflições de tanto quadro triste, / Mas peço ainda o teu consentimento / A fim de relembrar-te / O vasto espinheiral do sofrimento / Que nos roga socorro a toda parte. / Deixa enfim que eu te diga, / Alma fraterna e amiga, / Quanta amargura vi por onde andei... / Vi mães em catres de doença e luta, / Lançando petições que a Terra não escuta, / Pedindo, em vão, a xícara de leite / Para o filhinho semimorto / Agonizando à mingua de conforto... / Vi outras nas calçadas, / Carregando no colo os anjos de ninguém, / Pobres irmãs abandonadas / Aspirando a escalar as alturas do bem. / Acompanhei velhinhos, / Outrora moços de bonito porte, / Tão fatigados, tão sozinhos / Que pediam a Deus a compaixão da morte. / Achei muitos irmãos enfermos e cansados / Em desespero manifesto, / Sem pensar nas terríveis consequências / Que nascem desse gesto. / Vi crianças, ao léu, com febre e sono, / Relegadas à noite em penoso abandono... / Visitei tanto lar vazio de esperança, / Tantas mansões em lágrimas ocultas, / E tanta dor nas choças das favelas, / Que, de fato, não sei explicar, a contento, / Onde há mais solidão e onde há mais sofrimento / Se nas casa mais ricas e mais altas, / Ou nas outras mais tristes, mais singelas... / Por isso venho aqui, alma querida e boa, / Para pedir qualquer migalha, / Em favor de quem chora... / Ama, ensina, trabalha, / Sofre, ajuda, perdoa... / Lá fora, um mundo novo nos espera / Por nossa fé sincera / Traduzida em serviço... / Olvida a própria dor... / Lembra-te disso: / Temos nós com Jesus a obrigação / De esquecer-nos e agir / Para que a paz do bem seja a paz do porvir. Não te percas em lágrimas vazias. / Pensa na força que irradias / Pela fé que Jesus já te consente / Deixa as tribulações e os pesadelos / Que te fazem chorar, / Reflitamos no amor sinceramente, / Anota as provações de tanta gente, / Sai de ti mesmo e vamos trabalhar! Maria Dolores

(Livro: Maria Dolores)

Muita Paz!

segunda-feira, 2 de agosto de 2021


ENSINO ESPÍRITA

Acreditar ou não em Deus

Olá, Amigos! Vamos explanar mais um ensino espírita. Trata-se do tema Acreditar ou não em Deus. Com base nas Questões 5 e 6 de O Livro dos Espíritos. Que dedução se pode tirar do sentimento instintivo, que todos os homens trazem em si, da existência de Deus? “A de que Deus existe; pois, donde lhes viria esse sentimento, se não tivesse uma base? É ainda uma consequência do princípio - não há efeito sem causa.” Vários filósofos, pensadores e materialistas afirmaram ou ainda dizem que a crença em um Ser Superior é uma herança cultural, principalmente imposta por uma suposta elite dominante e para fazer as pessoas não questionarem seu papel na sociedade ou se conformarem com seus sofrimentos. Se esse sentimento íntimo da crença em Deus fosse fruto da cultura, por que é encontrado em todas as civilizações e até mesmo em povos isolados que não sofreram influência cultural? Existem evidências de que a crença em Deus pode ser uma predisposição genética. Segundo o biólogo americano Dean Hammer, a sua descoberta de um conjunto de genes tornaria o ser humano predisposto a ter experiências sensoriais, como acreditar em Deus e professar uma religião. É claro que a enxurrada de críticas foi gigantesca. Afinal, Deus existe? Conta-se que um velho árabe analfabeto orava toda noite com tanto fervor e com tanto carinho que, certa vez, o rico chefe de uma grande caravana chamou-o e lhe perguntou: Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, se nem ao menos sabes ler? O crente fiel respondeu: Grande senhor, conheço a existência de nosso Pai Celeste pelos sinais d’Ele. Como assim? Indagou o chefe, admirado. O servo humilde explicou: Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu? Pela letra, respondeu. E quando o senhor admira uma joia, como é que se informa sobre a sua autoria? Pela marca do ourives, é claro. O servo sorriu e acrescentou: Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi? Pelos rastros, respondeu o chefe, surpreendido. Então, o velho crente convidou-o para ir para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava, cercada por milhares de estrelas, exclamou, respeitoso: Senhor, aqueles sinais lá em cima, não podem ser de homens! Naquele momento, o orgulhoso caravaneiro rendeu-se às  evidências e, ali mesmo na areia, sob a luz prateada do luar, começou a orar também. Mas, afinal, onde procurar esse Deus de Amor e Sabedoria Infinita? Tal como disse Jesus, “O maior cego é aquele que se recusa a ver”. A pergunta que fiz lá no início pode parecer de simples retórica, já que a intenção é desenvolver um raciocínio, à luz da Doutrina Espírita, que não teria qualquer validade ou importância se partíssemos do pressuposto de que Deus não existe. Allan Kardec e os Espíritos que o assistiram na construção de O Livro dos Espíritos, sublime obra que deu início à Codificação da Doutrina, esclarecem-nos: “Não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá”. E acrescentam: “Para crer em Deus é suficiente lançar os olhos às obras da Criação. O Universo existe; ele tem, portanto, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo o efeito tem uma causa, e avançar que o nada pode fazer alguma coisa”. Uma das coisas que me intrigam é como podem existir pessoas que não creem em Deus. Não crer em Deus, força e inteligência suprema e causa primária de todas as coisas, é como não crer em si próprio. Como criaturas, fomos dotados da capacidade de pensar e agir, conforme nossa própria vontade, e nos é permitido, inclusive, deixar de crer na existência do Criador. Aliás, o mais importante não é crer ou deixar de crer em Deus, mas agir conforme a Sua vontade, conforme Sua lei. O certo é que a crença em Deus é algo muito vago na vida das pessoas. Mas a crença no poder supremo que nos criou, que nos ampara, que nos sustenta, que premia os bons e corrige os maus, é tão fundamental ao equilíbrio de nossas almas quanto são os alimentos ao equilíbrio de nosso corpo. Jesus nos deixou em mensagem que os puros de coração são Bem-aventurados, pois que a eles seria dada a condição de ver a Deus, isto é, de percebê-lo em sua plenitude. Portanto, negar a existência do Criador me parece uma postura falsa. Creio mesmo que aqueles que assim se posicionam, na derradeira hora, ou seja, na hora do desenlace, buscam o apoio de Deus e desejam ardentemente que a vida continue. Mas se ainda não podemos ver a Deus, com certeza podemos senti-lo, basta observarmos atentamente as coisas à nossa volta. Vemos, constantemente, uma imensidade de efeitos, cuja causa não está na Humanidade, pois ela é impotente para produzi-los, ou, sequer, para explicá-los. A causa está acima da Humanidade. É a essa causa que chamamos Deus, Jeová, Alá, Grande Espírito, etc. Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma, é o de que todo o efeito inteligente tem de decorrer de uma causa inteligente. O ser humano não pode fazer algo à partir do nada. Ele constrói coisas, inventa coisas, mas nunca deu vida a nada, nem mesmo a uma pequena flor ou a uma formiga. Achando-nos numa região habitada exclusivamente por povos chamados selvagens, e, se descobrirmos uma estátua digna de Fídias, que foi um escultor da Grécia Antiga, não hesitaremos em dizer que, sendo incapazes de tê-la feito os selvagens, ela é uma obra de uma inteligência superior à destes. Pois bem, lançando um olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana. Ora, visto que o homem não as pode produzir, é porque elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos que se sustente que há efeito sem causa. A existência de Deus é, pois, uma realidade, comprovada não só pela revelação como pela evidência dos fatos. Os povos selvagens nenhuma revelação tiveram; no entanto, creem, instintivamente, na existência de um poder sobre-humano. Duvidar da existência de Deus é negar que todo o efeito tem uma causa, e adiantar que o nada pode fazer alguma coisa. Mas, se ainda não podemos ver a Deus, com certeza podemos senti-lo, e existe uma forma melhor de sentir Deus, é olhar para dentro de nós, para aquilo que somos, e observarmos atentamente as coisas à nossa volta. Para quem tem “olhos de ver”, as evidências estão espalhadas pelos céus; deixe para trás as luzes da cidade, e olhe para o alto, para um céu estrelado; os fenômenos naturais, os seres animados e inanimados, o Universo infinito, a renovação constante de todas as coisas para senti-lo, e concluir pela existência desse Criador, perfeição inigualável. É, portanto, notório e indiscutível a existência de um ser superior a qualquer dos homens de que temos conhecimento na história da humanidade, visto que jamais alguém conseguiu realizar algo sequer parecido em qualquer época e lugar desse nosso planeta, atribuir a formação de tudo o que existe à transformação da matéria ou ao acaso, seria uma insensatez, um absurdo, um homem de bom-senso não pode aceitar que algo inteligente seja obra do acaso cego, pois o que é fruto da inteligência, já não é mais acaso. Vale lembrar que as obras feitas pelos homens são assinadas para que não se confunda o autor. Já as obras de Deus não trazem Sua assinatura pelo simples fato de que só Ele é capaz de fazê-las, ninguém mais. Não obstante todos os esforços, a ciência ainda é incapaz de compreender e explicar Deus e sua importância. Concordamos com Léon Denis quando afirma: "A questão de Deus é o mais grave de todos os problemas suspensos sobre nossas cabeças e cuja Solução se liga, de maneira estrita, imperiosa, ao Problema do ser humano e de seu destino, ao problema da vida individual e da vida social." O Ser humano tem, em si inata ideia de Deus, a percepção de um ideal renovador, transformador da sociedade e do mundo, como nos ensina, mais uma vez, Léon Denis: "Para se gruparem os sentimentos e as aspirações, é necessário um ideal poderoso. Pois bem! Esse ideal não o encontrareis no ser humano, finito, limitado; não o encontrareis nas coisas deste mundo, todas efêmeras, transitórias. Ele não existe senão no Ser infinito, eterno. Somente Ele é bastante vasto para recolher, absorver todos os transportes, todas as forças, todas as aspirações da alma humana, para reconhecê-los e fecundar. Esse ideal é Deus! O Homem deixou de aceitar cegamente um Deus que não entendia e dogmas que lhe começaram a parecer contraditórios, absurdos e incongruentes. O Deus que nos foi imposto durante tanto tempo deixou de nos interessar porque deixou de ter relação com o Ser Bom, Justo, Misericordioso, Sábio, Perfeito, que nos diziam ser, quando, por outro lado, tinha reações e atitudes injustas (segundo a nossa visão imediata), prepotentes, discriminatórias, vingativas, até mesmo cruéis. Pois é! Nas páginas de uma revista muito badalada, de 8 de julho de 2015, encontramos a opinião de um cientista questionando a existência de Deus como a maioria das religiões O concebe. Dessa vez trata-se do astro físico Neil de Grasse Tyson. Na reportagem o cientista afirma: A religião de cada um tira conclusões precipitadas sobre o funcionamento do universo. A ciência, no entanto, realiza medições capazes de mostrar que essas impressões são falsas. Agora, como querermos que um cientista que tem provas concretas sobre os milhões de anos que levaram para que a Terra fosse formada acredite em Deus, se a maioria das religiões defende que tudo não levou mais do que sete dias? E um desses dias ainda tirado para descanso! Concluindo, afirmamos que Deus extrapola tanto o nosso limitadíssimo raciocínio atual que não conseguimos entender que a sua onisciência e a sua onipotência não violam o livre-arbítrio que Ele conferiu ao homem, dando-lhe total liberdade em seus atos para que seja responsável pelas suas consequências. Ocorre que, em nosso comodismo, quando a colheita é boa, ela é obra dos homens; quando é má, o autor é o Criador. Até esse direito Ele nos deu. Inclusive o de duvidar que possa haver um Ser tão perfeito e completo, autor de tudo e de todos. Você pode sentir Deus pulsar dentro do seu coração! E quando você estiver sem saída, lembre-se do que Deus pode fazer por você! Pense nisso:

Eu fico por aqui.

Muita paz!

Aguarde na próxima semana, um novo estudo sobre ensino espírita.

Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!

E não se esqueça: O Amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!