INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 7 de novembro de 2021

 


ENSINO ESPÍRITA

Olá, Amigos! Hoje vamos explanar mais um ensino espírita. Trata-se do tema BUSCAI E ACHAREIS. “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque todos os que pedem, recebem; os que buscam, acham; e a quem bate, se abre”. (Mateus, 7: 7-8.) Com essas palavras, Jesus exortou à oração e à confiança em Deus, na certeza de que Ele não deixará, jamais, de atender às nossas necessidades, sejam elas coisas materiais ou espirituais, desde que façamos a nossa parte, diligenciando por obtê-las. Desta passagem Evangélica, destacamos três ações: pedir, buscar e bater; que apresentam como respostas: obter, achar e abrir. Não à toa, duas ações veem depois do pedir, que exigem esforços individuais de buscar e bater à porta (por ajuda). Assim, não basta pedir, tem que buscar e bater à porta, ou seja, temos que fazer a nossa parte. Esta é a síntese de: “ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará”. Para que o céu ajude, o Mestre afirma que “todos os que pedem, recebem; os que buscam, acham; e a quem bate, se abre”. Muitos acham, equivocadamente, que Deus tudo fará por nós sem os nossos esforços e sem as nossas súplicas. Demonstram, assim, que não compreenderam as promessas do Evangelho. A razão do “pedir” não é informar a Deus o que necessitamos, tampouco lembrar de algo que tenha esquecido. Ele sabe de tudo a nosso respeito. Com o pedir, confessamos as nossas indigências e fraquezas, colocando-se em ato de humildade e fé, que criam as condições para receber a graça divina. Temos que pedir, buscar e bater! O progresso é filho do trabalho. A evolução espiritual rege-se pelas leis do trabalho e do progresso.

Em todos os estados de angústias física e espiritual, procuramos desesperadamente por Deus. Logo, o “pedir e obter” é reconfortante, porque toda vez que estamos com um problema o que mais queremos é alguém para nos ajudar. Com esta esperança, procuramos o tão almejado auxílio. “Segundo a compreensão moral, essas palavras de Jesus significam o seguinte: Pedi a luz que deve clarear o vosso caminho, e ela vos será dada; pedi a força de resistir ao mal, e a tereis; pedi a assistência dos Bons Espíritos, e eles virão ajudar-vos, e como o anjo de Tobias, vos servirão de guias: pedi bons conselhos, e jamais vos serão recusados; batei à nossa porta, e ela vos será aberta; mas pedi sinceramente, com fé, fervor e confiança; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças, e as próprias quedas que sofrerdes constituirão a punição do vosso orgulho. Se em tempos remotos algumas leis eram temporais, instituídas para determinada época e povo, o mesmo não ocorre com as lições legadas por Jesus. Elas ultrapassaram as barreiras do tempo, transcendendo povos, voando como verdades incontestáveis pelos séculos. São lições para o cotidiano da Humanidade, perfeitamente aplicáveis dentro e fora do seio das religiões. São ensinamentos de grande profundidade e que devem ser observados, para uma melhor organização da vida em sociedade. Há uma passagem no Capítulo XXV de O Evangelho Segundo o Espiritismo na qual o Mestre afirma: Buscai e achareis. Nesta orientação, o Cristo não nos limita só a busca no sentido espiritual, porque, se o mundo ficasse estagnado, se não houvesse a necessidade do progresso material, nós estaríamos, ainda, na Idade da Pedra.

Não haveria progresso se a Humanidade não tivesse buscado conquistas em todos os sentidos, para que a vida humana adquirisse outras características, nos proporcionando conforto, conhecimento, comodidade, facilidade, tecnologia, toda essa jornada evolutiva que o planeta Terra preenche, através dos homens de bem, de coragem, que lutaram para essas conquistas, nós estaríamos, ainda, naquela idade bem primitiva. Agora, em que consiste essa busca? No mundo em que nos encontramos, mundo este de provas e expiações, são muitas as nossas buscas. Quando nós começamos a nossa vivência terrena, desde o primeiro momento, buscamos o ar, a respiração; depois, vamos buscando a alimentação, e as buscas materiais da nossa vida vão surgindo de maneira automática. Nós, espíritas, que nos reunimos em torno do Evangelho de Jesus, temos como ponto comum essa busca, busca dos recursos espirituais. Essa mensagem traz uma notável máxima que, mesmo após dois mil anos, se aplica tranquilamente ao nosso dia a dia. É interessante notar que a atividade consiste em busca e pressupõe um certo esforço. Quem procura alguma coisa movimenta os recursos de que dispõe para encontrá-la. Buscai e achareis encerra em seu princípio a convocação para que nós façamos a nossa parte. Seria muito fácil para a espiritualidade colocar tudo pronto em nossas mãos, mas a iniciativa de fazer as coisas compete ao homem. É preciso que as pessoas cresçam por si mesmas. É o princípio básico da Lei do trabalho e, por consequência, da Lei do progresso, porque o trabalho deve conduzir e certamente o faz ao progresso, tanto com respeito ao progresso moral como também ao progresso intelectual. Trabalho, como ensina a espiritualidade, é toda ocupação útil.

A leitura edificante, o auxílio em obras sociais, o estudo e as pesquisas, o cuidado que dedicamos ao corpo físico, a conversa fraterna e edificante, enfim, quando bem empregamos o tempo estamos trabalhando, melhorando e, consequentemente evoluindo. A promessa do Cristo é que quem procura, acha. Assim, resta analisar qual é a busca pessoal. Cada ser, fazendo uso do seu livre-arbítrio, decide o caminho que deseja trilhar. Caso a criatura se decida pelas ilusões mundanas, terminará por vivê-las, em alguma medida. O resultado varia conforme os meios de que estiver disposta a lançar mão e o esforço que despender. Tudo tem um custo na vida, inclusive a preguiça e a inércia. Quem opta pelo comodismo arca com o elevado preço das oportunidades desperdiçadas. Considerando a efemeridade da vida humana, convém refletir bem a respeito do que se elege por meta. O que realmente compensa buscar com afinco? O que nós incessantemente buscamos, e com quais objetivos gastamos nossas energias? Buscai e achareis. Com essas palavras, Jesus exortou à oração e à confiança em Deus, na certeza de que Ele não deixará, jamais, de atender às nossas necessidades, sejam elas coisas materiais ou espirituais, desde que façamos a nossa parte, diligenciando por obtê-las. Após fazer aquela tríplice referência à solicitude com que devemos conduzir-nos, para que o céu nos ajude, o Mestre repete-a, afirmando categoricamente, que todos os que pedem, recebem; os que buscam, acham; e a quem bate, se abre. Isto é, que nos mexamos, que trabalhemos, até atingirmos o objetivo colimado.

Os Espíritos executores das obras divinas, mensageiros de Deus junto a nós, por sua vez, nos dão as forças de que necessitamos; eles nos inspiram; eles nos dão ideias. O amparo se faz. E nós o recebemos do plano espiritual na dose certa. A dificuldade em nós está em saber aproveitar. Em O Livro dos Espíritos nós temos uma questão que nos ajuda a entender esse princípio, é a de número 479, onde Kardec pergunta aos Espíritos: A prece é um meio eficaz para curar obsessão? E a resposta obtida foi: A prece é um poderoso socorro para todos os casos. Mas, crede que não basta que alguém murmure algumas palavras, para que obtenha o que deseja. Deus assiste aos que agem, e não aos que se limitam a pedir. Portanto, cumpre que o obsidiado faça, por sua parte, tudo o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus espíritos. Quantos de nós pedimos aos Espíritos protetores, a Jesus e a Deus alguma coisa seguindo esse conselho, principalmente nos momentos de aflição? Mas por que nem sempre recebemos? Qual é a dificuldade? Onde está o empecilho? Nós pedimos algo e esse algo não vem, se nos foi dito buscai e achareis. O Cristo nos deu a rota, nos deu o manual, nos falou da lição, mas quem tem que executar somos nós. Buscai e achareis, ou seja, trabalhe. Através do trabalho nós vamos chegar ao progresso. Mas, o que é que eu vou buscar? Milagres? Vida contemplativa? Benesses de Deus? Não! O Pai nos dota de todos os recursos para vencermos em todos os sentidos: No sentido material, no sentido intelectual, no sentido espiritual. Mas essa vitória depende exclusivamente de nós.

Ninguém deliberadamente busca o sofrimento, pelo contrário, a nossa vida resume-se na constante busca da felicidade. Se sofremos e não queremos sofrer, precisamos buscar a causa do sofrimento para podermos evitá-lo. O sofrimento não é outra coisa senão a consequência imediata de uma atitude errada, seja nesta vida ou em vidas pretéritas. Para evitar e cair nas mesmas atitudes, devemos buscar o nosso vínculo com o Criador, por meio da prece. Não podemos projetar a solução dos nossos problemas nos outros, nas coisas e situações. Procuremos dentro de nós mesmos. Depende de cada um de nós a solução dos nossos problemas. Dessa forma, a máxima “buscai e achareis” ou “ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará” é o princípio das leis do trabalho e do progresso. O trabalho é uma necessidade. Somos resultado das nossas obras, teremos delas o mérito e seremos recompensados de acordo com o que temos feito. Pela providência Divina, a natureza nos provê a matéria prima e os elementos para sermos transformados pelo uso da inteligência. Não deve ser interpretado como uma espécie de comodismo em que ficamos esperando algo cair do céu. Deus provê os recursos e devemos confiar na sua providência, mas essa confiança não nos eximi do trabalho a ser realizado. Há outra classe de pessoas que nada pedem a Deus. É a dos autossuficientes, que, confiando apenas em si mesmos, julgam tudo poderem conseguir só com os recursos de sua inteligência e operosidade. “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6: 33). Assim, devemos acumular os tesouros no céu. Os tesouros eternos e imprescindíveis à felicidade do Espírito. A sabedoria está em sabermos utilizar os bens materiais sem nos escravizarmos a eles, priorizando a aquisição dos bens espirituais, pois onde está o “nosso tesouro aí estará o nosso coração”.  As quedas e frustrações que, na certa, virão a sofrer, incumbir-se-ão de abater-lhes o orgulho, fazendo que reconheçam suas limitações e se voltem para o Alto. Não sejamos, portanto, nem dos que se mantêm apáticos, inertes, esperando que Deus preveja e proveja tudo para eles; nem destes outros, arrogantes, presunçosos, que acreditam poderem prescindir do auxílio de Deus. Oremos, confiantes, e trabalhemos, perseverantes; assim procedendo, sempre acharemos quem nos estenda mãos amigas, e todas as portas abrir-se-nos-ão, pois não há obstáculos que não sejam removidos ante o empenho de uma vontade inquebrantável, aliada a uma fé viva e operante.

Eu fico por aqui.

Muita paz!

Aguardem na próxima semana, um novo estudo sobre ensino espírita.

Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!

E não se esqueça: O Amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso! 

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