Mãe, expoente
máximo
Para a mulher
participar do milagre da vida, Deus a fez mãe. Ser mãe é missão de grande
responsabilidade. É ter o privilégio de trazer ao mundo espíritos e conduzi-los
na senda do bem. Ser mãe é não esquecer a emoção do primeiro movimento do
bebezinho dentro da barriga; não esquecer o instante maravilhoso em que ele se
materializa ante seus olhos. A família tem sido, ao longo da História da
Humanidade, a base fundamental para a constituição e organização da sociedade,
por isso se faz, em algumas circunstâncias, como que uma analogia, no sentido
de qualificar a textura societária, em função das famílias que a integram. É
por isso que o papel da mãe é tão importante e como cada vez mais se torna necessário que ela esteja bem preparada para
transmitir aos seus filhos, não só os
bons exemplos de honradez, reputação, dignidade, como também toda uma
hierarquia de valores, compatível com uma cultura fortemente humanista. Por
vezes afirma-se que “quem não é na família, também não o será na sociedade”,
significando tal assertiva que: quem não for educado, correto, respeitador e organizado
nos seus relacionamentos, esse comportamento poderá ficar a dever-se ao que
vive no contexto familiar, não significando que esta situação seja a regra.
Para além das muitas outras funções que a Mulher vem desempenhando na família,
no trabalho, na sociedade, nas instituições, é indispensável que esta dimensão
materna a eleve a um nível máximo, porque ela, com todas as suas qualidades,
que são imensas, é dotada de uma espécie de sexto sentido, de pressentimentos
que, muitas vezes, acabam por se confirmar: para o bem ou para o mal, ela é que
tem uma capacidade infinita de amar, de sofrer, ela que é única e
insubstituível, ela que é o símbolo da proteção, do amor e da felicidade.
Quantas Mães vivem em total nostalgia, sofrendo e deplorando a perda de um
filho? Esta dimensão, avassaladoramente amorosa de uma Mãe, não é equiparável a
nenhuma outra situação, por isso, a obrigação moral de todos os filhos tudo
fazerem para dar o melhor às suas mães. A literatura espírita é pródiga em
exemplos de mães que se desvelam por seus filhos mesmo além da esfera carnal. O
Dia das Mães nos induz a pensar sobre isso. Reencarnamos para aprender a amar.
Precisamos aprender a disciplina, adquirir conhecimentos e fortalecer
experiências. Mas tudo, no final das contas, se resume no Amor. O Universo foi
feito do Amor de Deus. Deus é Amor. Difícil de entender? Para nos facilitar o
entendimento é que reencarnamos, para praticar na matéria o Amor de que somos
capazes. Nosso estágio evolutivo não permite grandes voos filosóficos. A ideia
que fazemos de Deus é o máximo que podemos alcançar. E para lembrarmos que Deus
é Amor nascemos da mulher. Se Deus é a ideia mais alta que podemos alcançar, a
Mãe é a primeira prova de Amor com que nos deparamos a cada mergulho na
matéria. E quando inauguramos nosso diminuto invólucro de carne na reencarnação
que se inicia, contamos com a Mãe para nos nutrir, agasalhar, zelar, velar,
desvelar. Contamos com o seu amor, mais do que com o simples instinto ou senso
de responsabilidade. A Mãe é quem nos recepciona e orienta neste plano de que
não temos lembrança quando aqui chegamos. É quem nos passa as primeiras
informações de como a coisas funcionam por aqui. E se for uma Mãe como se
espera que seja, vai nos lembrar valores que estão adormecidos dentro de nós, e
que precisam ser reativados para que possamos utilizá-los. E vai perceber e
corrigir desvios de caráter de que ainda não nos livramos, e que trazemos junto
com o resto de nossa bagagem milenar. Estranho ser, este, chamado Mãe. Se apega
tanto aos seres que reencarnaram por seu intermédio que nem sempre sabe quando
é o momento de deixar que eles caminhem com seus próprios pés, e que caiam de
vez em quando para que aprendam a se levantar. Leva tão a sério o seu papel de
recepcionista e instrutora do ser que brotou dentro dela, que custa a perceber
e aceitar que este ser já existia há muito tempo, que não pertence a ela, que é
um ser único, individual, um ser de ninguém. Filho de Deus, como todo mundo.
Ela, a Mãe Querida que pelos seus filhos é capaz de dar a vida, deve ser amada
em todos os seus inúmeros papéis, porque antes de ser Mãe foi, é e será sempre
Mulher, com imensas faculdades, as quais coloca ao serviço da família e da
construção de uma sociedade e de uma humanidade culta e feliz. Hoje, quem tem
uma Mãe, pode-se dizer que tem tudo o que de melhor há neste mundo, porque
poucas, muito poucas, serão as pessoas que têm as virtudes de uma Mãe, que é
capaz de doar, partilhar, arriscar a vida para salvar o filho. A maternidade é
uma dádiva, é uma responsabilidade que Deus confere ao coração da mulher que se
transforma em mãe. De todos os direitos de uma mulher, o maior é ser mãe. Ser
mãe é recomeçar a cada dia; é não ter sono nem cansaço, é estar presente em
todos os momentos; é ser tão frágil e, ao mesmo tempo, tão resistente; ser mãe
é ser tudo, e simplesmente mãe. Todo o pensamento, todo o cuidado se volta para
esse serzinho que, tão minúsculo, já provoca emoções tão grandes. A vida nunca
mais vai ser a mesma. Mãe sente, mãe adivinha, mãe aprende sofrendo, mãe sofre
aprendendo. Mãe é o colo perfeito, onde lágrimas de dor se transformam em
consolo, e depois de certo tempo se transformam em aprendizado. Mãe, é onde
tudo começa. Mãe, mulher a quem devemos a vida; que merece nosso respeito,
nossa gratidão e nosso afeto. Uma mulher grávida é sempre algo sublime. Uma
aura invisível que reflete e ilumina seu rosto. Mãe, não importa a distância,
sempre está ao nosso lado, torcendo, rezando, pedindo a Deus a nossa
felicidade. O amor de mãe pode ser traduzido em uma palavra: doação. Falar
desse sentimento é entender que ele é a mais completa forma de amor. Um amor
que se doa, coloca em primeiro plano o bem-estar, a segurança de um outro ser.
Impossível falar de mãe sem falar da pureza de um amor, que diante de todo o
sofrimento disse sim. Por tudo isto, preservemos, respeitemos e amemos as
nossas Mães, porque elas são únicas .
Muita Paz!
Feliz dia das Mães!
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