INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 15 de maio de 2022

 


O Homem de bem e os bons espíritas

O tema “O Homem de Bem” é uma obra para ser lida, refletida e disseminada por todos os cristãos, por resumir as características práticas daquele que deve praticar a caridade naturalmente, demonstrando em suas ações o cumprimento da Lei de Deus. No item 2 do capítulo 20 de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, tem uma frase do Espírito Constantino, que diz o seguinte: “Bons espíritas, meus bem-amados, sois todos trabalhadores da última hora”. Então, não basta ser espírita; é preciso ser um bom espírita! Para Kardec, o Homem de Bem, o homem útil, o homem caridoso, é aquele que é capaz de cumprir a lei de justiça, a lei de amor, e a lei de caridade, na sua maior pureza. É aquele que interroga sempre a sua consciência para avaliar se seus atos foram pautados com todo o bem que ele poderia fazer, com toda utilidade que estivesse ao seu alcance: Fui útil? Estou sendo útil? O Homem de Bem é aquele que se submete à vontade de Deus, por compreender que nada mais é do que simples criatura. Tudo que tem, tudo que é, provém do Criador. O Homem de Bem é aquele que tem fé na vida futura, na vida espiritual, e compreende que ela só será plena de luz se for capaz de vencer o combate que trava constantemente consigo mesmo. É aquele que percebe que as dores do mundo, as decepções, as frustrações, são provas ou expiações necessárias para o seu burilamento. Que os inimigos são colocados junto dele , ao seu lado, a fim de que seja advertido com mais clareza do que faria um amigo, porquanto, aquele adversário nenhum interesse tem em mascarar a verdade. O Homem de Bem sabe que o sofrimento que o visita provém da postura que ele assume diante das dores que, muitas vezes, não consegue suportar com resignação, com coragem. O Homem de Bem sente satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que proporciona, fazendo tudo o que pode, servindo. É aquele que o sentimento de caridade o impulsiona a pensar no semelhante antes de pensar em si próprio. O Homem de Bem é bom e age sem distinção de pessoas; respeita todas as convicções sinceras e não lança anátema e nem combate aqueles que não pensam como ele; não compete; ao contrário, sempre busca agregar valor no que faz, no que diz e no que exemplifica. O Homem de Bem é aquele que recua diante da possibilidade de causar alguma dor no seu semelhante, quando pode evitar; é aquele que não alimenta ódio, nem rancor, e nem desejo de vingança. O Homem de Bem é aquele que perdoa e esquece as ofensas recebidas, e só lembra dos benefícios recebidos; é aquele que tem a postura indulgente, compreensiva com as fraquezas alheias, por saber que ainda aquele ser é carente de indulgência e misericórdia; vive em contato com o mundo, convivendo pacificamente com todos, e colabora para o bem-estar comum; não toma para si a ação da justiça; não julga, não pune, não rotula as pessoas; não é preconcebido; não evidencia fraquezas, males e imperfeições, apenas ampara, ajuda, suporta e consola; é aquele que busca identificar e combater suas próprias fraquezas, com perseverança e determinação; não se deixa abater pelas quedas do caminho. O Homem de Bem vive neste mundo sem pertencer a ele; não se deixa envolver pelos vícios e pelas tentações; sabe tirar lições de todas as situações da vida, entendendo que o uso do livre-arbítrio é a forma mais adequada para o seu aprendizado e sua evolução; é aquele que não abusa dos bens que lhe é concedido; cuida do corpo conforme as normas de saúde e higiene de que dispõe, e cuida do Espírito, segundo o que lhe é dado conhecer; entende que é um depositário de acréscimo de misericórdia, do qual deverá prestar conta; não se sente melhor nem diferente de ninguém, respeitando as eventuais diferenças, que estão nas virtudes que possuímos, pela ótica do amor, da compreensão e da fraternidade. Todas estas características estão relacionadas ao amor em ação, que é a caridade. Único caminho pelo qual se chega à meta primordial, que é a perfeição. Assim, não há como tornar-se um Homem de Bem sem trabalho e sem o exercício da vida e, nela, a sua boa vontade e disposição para o serviço serão sempre alavancadores do progresso espiritual e forças construtivas para um mundo melhor. Se hoje já compreendemos e aceitamos essas verdades, mas lutamos ainda com as dificuldades naturais do caminho do aprendizado que, às vezes, não nos deixa vislumbrar os reais resultados de nossos esforços, e se ainda convivemos com a incompreensão, com a intolerância, com a calúnia, com a intemperança, em todo caminho que escolhemos encontramos sempre espinhos, que nos ferem e nos desanimam. Pensemos nas palavras de Jesus e apresentemo-nos com boa vontade para a batalha interior com as nossas próprias fraquezas e imperfeições, extirpando do nosso coração as raízes do egoísmo e do orgulho. Assim, suportaremos nossas dores, evitando torná-las um sofrimento desnecessário, problemas que só o são para a nossa ótica, e nunca para a ótica do Pai. A doutrina da consolação nos conclama para a integração da paz e da compreensão, para que encontremos o consolo necessário para as nossas lutas que, hoje, nos parecem inglórias. Vamos procurar agir como o Homem de Bem para que, no futuro, passemos pelo bem que fizermos hoje; pelo amor que dermos hoje; pelo consolo que espalharmos hoje e, com certeza, não passaremos por trevas, porque elas se dissiparam hoje, e não teremos feridas a lamentar porque elas já cicatrizaram hoje. Aproveitemos bem as oportunidades que nos forem concedidas e não desperdicemos tempo. Agora, com relação a ser  bom espírita, nós vamos notar que se trata de um tema muito atual. Cada um de nós gostaria de ser considerado bom naquilo que faz: ser um bom médico, ser um bom carpinteiro, um bom advogado, etc. Enfim, é uma aspiração de todas as criaturas, principalmente aquelas que dispõem um pouco de bom senso. É claro que ninguém quer ser mau nas suas atividades, nem quer ser inferior naquilo que é. Nós, seguidores da Doutrina Espírita, gostaríamos muito que o trabalho que executamos em favor do nosso semelhante sempre fosse considerado bom, de boa qualidade. É o ideal de qualquer ser humano, apresentar um bom trabalho. Mas, nem sempre é assim. Quantas vezes nós permitimos que as coisas do mundo interfiram na nossa maneira de ser espírita. Basta num determinado momento das nossas vidas em que haja acontecido algo, deixamos de lado a atitude do espírita, interrompemos uma tarefa na seara do Cristo. E, aí, nós chegamos a uma conclusão um pouco dolorida de que realmente o termo Bons Espíritas não foi devidamente esmiuçado o bastante para que a gente possa aplicá-lo à maioria das pessoas que estudam a Doutrina. A Religião Espírita, a Filosofia Espírita e a Paciência Espírita nos ajudam a pensar melhor, a agir melhor, a raciocinar e a deliberar melhor, mesmo que o estudioso não seja espírita. O Espiritismo bem compreendido mas, sobretudo, bem sentido, conduz forçosamente aos resultados já mencionados nesse estudo que caracteriza o verdadeiro Espírita, o verdadeiro cristão. O Espiritismo não cria uma nova moral, mas facilita aos homens a compreensão e a prática da moral do Cristo. O Espiritismo não permite distorções. O verdadeiro espírita tem o coração aberto às dores do mundo. Tem a sua mente iluminada para entender o sofrimento, os erros e as dificuldades de seus irmãos de caminhada, sejam eles quem forem. Não hesita em dar abrigo, alimento, e o que estiver ao seu alcance ao desconhecido. Com toda certeza, precisamos disciplinar os nossos hábitos para sermos melhormente espíritas. O Espiritismo amplia o campo de nossas observações mostrando-nos, como ensinava o apóstolo Paulo, “Que tudo me é lícito, mas nem tudo me convém”. Então, o Homem de Bem é indulgente com as fraquezas alheias; nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios; estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente combatendo-as. Já o verdadeiro Espírita é reconhecido pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar as suas más inclinações. Coloca o Espiritismo a frente de todas as coisas; age como Espírita; procede como Espírita; tem consciência de que é um ser espiritual eterno; que a morte não existe, e sim a vida, sempre; no estudo do Evangelho busca o que Jesus espera de nós. Um dia, todos nós seremos perfeitos.

Muita Paz!

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