O Homem e a vida
espiritual
A Crença que
devemos ter nas coisas que ainda não conseguimos ver
Estamos neste
mundo corpóreo, considerado como de expiações e provas, para passar por
experiências que nos são adequadas, tendo em vista o aprendizado e a evolução
do nosso ser, onde crer ou não crer em nossa natureza espiritual não é
essencial para que vivamos essas experiências. Crer ou não crer em Deus também
não é essencial para que o homem seja capaz de viver neste mundo. A vida lhe
foi dada e ele terá que vivê-la. Portanto, não importa como ele percebe essa
vida ou deixa de crer sobre ela. A fé, entretanto, significa o repositório dos
valores morais que ajudam a nortear a caminhada terrestre. Dependendo daquilo
que se creia, pode-se assumir diante do mundo uma postura que contraria a moral
necessária à harmonia universal. A fé refletida pelas crenças ajuda o homem a
construir seu caminho, motivando-o e impulsionando-o no sentido de uma vida
proveitosa. Aquele que não crê na vida espiritual tem mais dificuldade para
justificar as necessidades de harmonia com valores morais. A fé espírita é
apoiada na lógica e no princípio de que o Universo está em constante evolução.
Mesmo com tantos conflitos, essa evolução se dá na Humanidade, dia após dia,
ano após ano. É algo incontestável. Basta olharmos para a história da vida no
planeta e constatarmos através de inúmeras formas que a evolução nunca parou,
independente da vontade do homem. Os seres espirituais utilizam-se do corpo
para viverem experiências sob condições limitantes de sentidos e de movimentos,
necessitando aprender do que seja compartilhar com seus semelhantes a obra da
Criação. Algumas pessoas só acreditam naquilo que os seus cinco sentidos materiais conseguem perceber. É a chamada regra de São Tomé: “Ver
para crer”. Para estas pessoas, torna-se difícil crer na vida após a morte, ou
mesmo crer em Deus, o que me parece um contrassenso. Como não crer em Deus, o
Criador de todas as coisas, se os nossos sentidos estão constantemente a
observar o dia e a noite, a chuva e o sol, as árvores, os pássaros, as
estrelas. Como negar então a existência
do Criador se estas coisas não foram feitas pelo homem, que mais nada é
do que simples criatura? Segundo a teoria materialista, nossa alma é a sede da
inteligência e o princípio da vida material orgânica, mas se aniquila com a
morte. Estes que assim pensam acham que depois da morte nada resta, e que a
alma é criada junto com o corpo. Os espiritualistas, no entanto, acreditam que
a alma é a causa da inteligência, mas independente da matéria. Creem que a alma sobrevive a morte. Assim
pensam todos aqueles que professam as chamadas religiões não materialistas:
judeus, árabes, budistas e todas as religiões orientais. A Doutrina Espírita é
espiritualista, mas diferencia-se de outras seitas cristãs por crer que a alma
não apenas sobrevive após a morte como também é pré-existente à vida. A
Doutrina Espírita é reencarnacionista. Em “O Livro dos Espíritos” encontramos
os seguintes pontos básicos de nossa crença, de nossa fé: Deus é eterno,
imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. Assim, Deus
é justiça. Criou o Universo, que abrange todos os seres: animados e inanimados;
materiais e imateriais. Os seres materiais constituem o mundo visível ou
corpóreo, e os imateriais o mundo invisível ou dos espíritos. O mundo dos
espíritos é o mundo normal, primitivo, eterno, preexistente e sobrevive a tudo.
O mundo corporal é secundário, poderia deixar de existir ou não ter jamais
existido, sem que isso se altere a existência do mundo espiritual. A alma é o
espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório. Portanto, o espírito
não é um ser indefinido. É um ser real. Esta é a nossa crença, e nela está a
base de nossa fé e o apoio dos valores que norteiam nossas ações. No meu
entendimento, não pode o homem moderno, o homem do século XXI, dizer que crê
apenas naquilo que vê. A Ciência evoluiu tanto, e já deu demonstrações
factíveis que muita coisa existe além daquilo que o homem é capaz de perceber
através dos seus sentidos materiais. As ondas eletromagnéticas, responsáveis
pelas transmissões de rádio, de televisão, de telefonia celular, são exemplos
do que estou me referindo. Ninguém vê a onda de televisão, mas a voz e a imagem
de quem está falando chegam e se reproduzem em nossos aparelhos. Portanto, são
reais. Não é porque nem todos conseguem ver ou perceber a presença do mundo
espiritual que ele não exista. Sabemos que os nossos sentidos são todos
materiais. Aqueles que conseguem perceber além da matéria são considerados como
possuidores de um sexto sentido. Portanto, não se trata de ver para crer, mas
ao contrário, de crer para ver, e a visão neste caso tem o sentido de perceber
a natureza do mundo espiritual à nossa volta. Os princípios contidos em O Livro
dos Espíritos e a doutrina cristã trazida por Jesus, o Mestre dos Mestres, são
o grande consolo que podemos usufruir neste mundo de expiações e provas. Que
Deus nos permita compreender e manter nossa fé na vida futura e na evolução
espiritual. Que possamos converter nossas ações em utilidade para o mundo em
que vivemos.
Muita Paz!
Estou a serviço
da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas
a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o
equilíbrio necessário para uma vida feliz.
Leia Kardec!
Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!
O amanhã é
sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!
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