INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 28 de agosto de 2022

 


O Dom Esquecido

Página do livro Jesus no Lar, pelo Espírito Neio Lúcio.

A narrativa se passa em reunião na casa de Simão Pedro, onde Jesus aproveita as discussões entre seus discípulos para transmitir lições de sabedoria. Entendo que essas estórias de Neio Lúcio possam ser interpretadas como parábolas modernas, devido aos ensinamentos que podemos extrair delas.

Conta-nos, assim, o autor espiritual. Existiu um homem, banhado pela graça do merecimento, que recebeu do Alto a permissão para abeirar-se do Anjo Dispensador dos dons divinos que florescem no mundo. Ante o Ministro Celeste, o mortal venturoso pediu a bênção da Mocidade. Recebeu a concessão, mas, em breve, reconheceu que a juventude poderia ser força e beleza, mas também era inexperiência e fragilidade espiritual, e, já desinteressado, voltou ao Doador Sublime e solicitou-lhe a Riqueza. Conseguiu a abastança e gozou-a longo tempo; todavia, reparou que a retenção de grandes patrimônios provoca a inveja maligna de muitos. Cansando-se na defesa laboriosa dos próprios bens, procurou o Anjo e rogou-lhe a Liberdade. Viu-se realmente livre. No entanto, foi defrontado por cruéis demônios invisíveis, que lhe perturbaram a caminhada, enchendo-lhe a cabeça de inquietudes e tentações. Extenuado, em face do permanente conflito interior em que vivia, retornou ao Celeste Dispensador  e suplicou o Poder. Entrou na posse da nova dádiva e revestiu-se de grande autoridade. Entendeu, porém, mais cedo que esperava, que o mando gera ódio e revolta nos corações preguiçosos e incompreensíveis e, atormentado pelos estiletes ocultos da indisciplina e da discórdia, dirigiu-se ao benfeitor e implorou-lhe a inteligência. Todavia, na condição de cientista e homem de letras, perdeu o resto da paz que desfrutava. Compreendeu, depressa, que não lhe era possível semear a realidade, de acordo com os seus desejos. Para não ser vítima da reação destruidora dos próprios beneficiados, era compelido a colocar um grão de verdade entre mil flores de fantasia passageira e, longe de acomodar-se à situação, tornou à presença do Anjo e pediu-lhe o Matrimônio Feliz. Satisfeito em seu novo desígnio, reconfortou-se em milagroso ninho doméstico, estabelecendo grandiosa família, mas, um dia, apareceu a morte e roubou-lhe a companheira. Angustiado pela viuvez, procurou o Ministro do Eterno e afirmando que se equivocara mais uma vez, suplicou-lhe a graça da Saúde. Recebeu a concessão. Entretanto, logo que se escoaram alguns anos, surgiu a velhice e desfigurou-lhe o corpo, desgastando-o e enrugando-o sem compaixão. Atormentado e incapaz agora de ausentar-se de casa, o Anjo amigo veio ao encontro dele e, abraçando-o, paternal, indagou que novo dom pretendia do Alto. O infeliz declarou-se em falência. Que mais poderia pleitear? Foi então que o glorioso mensageiro lhe explicou que ele, o candidato à felicidade, se esquecera do maior de todos os dons que pode sustentar um homem no mundo, o dom da coragem que produz entusiasmo e bom ânimo para o serviço indispensável de cada dia.

Então, Jesus, sorrindo, ante a pequena assembleia, rematou: Formosa é a mocidade; agradável é a fortuna; admirável é a liberdade; brilhante é o poder; respeitável é a inteligência; santo é o casamento venturoso; bendita é a saúde da carne. Mas se o homem não possui coragem para sobrepor-se aos bens e males da vida humana, a fim de aprender a consolidar-se no caminho para Deus, de pouca utilidade são os dons temporários na experiência transitória.

Reflexão: Deus, o criador de todas as coisas, concede ao homem, espírito em processo evolutivo, a liberdade de escolher os seus caminhos e, com isto, traçar, construir o seu próprio destino. Seja qual for a estrada escolhida, o homem se depara com as experiências necessárias, para lhe proporcionar as lições responsáveis por sua evolução espiritual. Dependendo da escolha feita, o caminho a ser percorrido pode ser mais árduo, mais penoso, mais brando ou mais leve. Mas a realidade da vida demonstra que, em qualquer percurso, existem sempre experiências, lições, aprendizados, com suas consequências naturais. Cabe ao homem percorrer o caminho escolhido com coragem, com determinação, com paciência, com disciplina, com entusiasmo, para conseguir amealhar em si os valores positivos da experiência e de elevá-los aos patamares sublimes da espiritualidade superior. Nós sabemos que não é fácil para o homem, quase sempre ligado apenas aos resultados imediatistas, perceber essa verdade. Em cada caminho uma lição; em cada passo um valor a ser aprendido, a ser interiorizado. O Criador não se preocupa com as dores ou sofrimentos que estamos passando momentaneamente, pois nada é eterno. Tudo se modifica, tudo evolui. Seu foco em relação a nós está ligado à forma com que conseguirmos superar as nossas vicissitudes, e com a postura de resignação ou revolta que estejamos desempenhando. Aquele que vive preocupado com os pontos futuros a serem atingidos, quando visitado pela impaciência, costuma desistir da caminhada e escolher novos rumos, reiniciando experiências e vivendo em eterno conflito consigo mesmo. É claro que é necessário sabermos aonde pretendemos chegar. Mas é preciso entender que todo caminho é construído de pequenos passos, que devem ser dados no momento presente. A felicidade do homem não está em atingir este ou aquele ponto futuro, mas em cada pequeno passo conquistado. Assim, a felicidade do homem deve ser vista como a própria oportunidade de caminhar, de superar obstáculos, de aprender as lições da estrada, de adquirir conhecimento e sabedoria, ao longo da relação com o mundo em que vive. O sucesso e a felicidade dependem fundamentalmente de nosso ponto de vista e de nossa postura no caminho. Disse um pensador que não existem homens fracassados, mas, sim, pessoas inconstantes, que desistem de caminhar, que desertam das experiências. A lei do trabalho e a lei do progresso nos impõem que aquele que procura acha, e aquele que caminha chega sempre ao ponto desejado. Diante da dificuldade natural, o homem costuma reclamar da falta deste ou daquele dom, ou desta ou daquela habilidade que lhe permita ter sucesso. Procura justificar suas falhas ou inconstância pela falta de recursos, pela ausência de poder e assim por diante, não percebendo que o importante é agir. Todos esses dons temporários pedidos: poder, mocidade, riqueza, liberdade, saúde, inteligência, trazem suas consequências naturais, e são isoladamente impotentes para ajudar o homem na superação dos obstáculos e nas experiências nos caminhos escolhidos.  Sem coragem, sem determinação, sem entusiasmo, ingredientes que fortalecem o espírito, dando-lhe paciência, resignação e disciplina, nenhum empreendimento terá sucesso, fazendo o homem fugir das dificuldades ao invés de superá-las pelo esforço digno. Sem entusiasmo nada se consegue, pois o objetivo sempre nos parece longe, e já nos faz sentir cansados, antes mesmo de iniciarmos a caminhada. Quando visitados pelo desânimo diante de nossas provas, é sempre bom olharmos para trás, para o passado, para o conceito histórico de nossas vidas. Com certeza, verificaremos o quanto já caminhamos, o quanto já crescemos. Esta atitude reforça a fé. Faz crescer a esperança e germinar a coragem e o entusiasmo em nossos corações. Há a necessidade de percebermos que não existe o caminho certo, o caminho melhor. O que existe é sempre aprendizado; é sempre prova; é sempre experiência. Por isso, devemos aproveitar as oportunidades que nos são concedidas para escolhermos por onde caminhar. Vendo em cada pedra da estrada não um problema ou dificuldade, mas uma grande oportunidade de aprender, de melhorar, de crescer em sabedoria. Assim, não deixemos que as aflições ou obstáculos sejam empecilhos para aquilo que desejamos. Não deixemos que o aparente fracasso nos deprima ou nos paralise a caminhada, ou mesmo que nos faça desviar de nossos objetivos. Acredite! A felicidade que tanto procuramos está na oportunidade de caminhar. Que os dons desejados sejam sempre: a coragem, que traz a força; a resignação; a tolerância; a paciência e a persistência. Com eles seremos capazes de administrar bem nossas provas. Que possamos sempre pedir: Senhor! Dai-nos a coragem e a determinação para mudarmos aquilo que podemos. A resignação diante das coisas que não podemos mudar. E a sabedoria para saber distinguir uma das outras.

Muita Paz!

A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz.

Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!

O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!

 

 

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