INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 4 de setembro de 2022

 


Marta e Maria. A Escolha da melhor parte.

O texto fala a respeito da visita de Jesus à casa de uma mulher cujo nome era Marta. É um episódio da vida do Mestre Galileu, que aparece apenas no Evangelho de Lucas. Dentre tantas mulheres citadas na Bíblia e que nos servem de exemplo, vamos conhecer mais duas que viveram no tempo de Jesus e que foram amadas por Ele. Marta e Maria viviam em um povoado chamado Betânia, distante a cerca de uma hora de Jerusalém, e cercado por imensos campos de cevada e de pequenos bosques de oliveiras e figueiras, que sombreavam a estrada para Jericó. Este povoado ficava no sopé do Monte das Oliveiras, cenário de algumas passagens evangélicas. Também na casa morava Lázaro, irmão de Marta e Maria. O Evangelista não menciona o nome dele, porque a sua intenção foi somente descrever a atitude de Jesus neste caso e o Lucas não se preocupou em nos “apresentar a família” da anfitriã do Rabi.

A história: Quando Jesus ia para Jerusalém, ele às vezes passava por Betânia e visitava as irmãs e Lázaro. Elas eram mais que seguidoras de Jesus; eram suas amigas. Numa dessas visitas, Jesus levou alguns discípulos. Ali era o único lugar onde Jesus podia gozar de algumas horas de sossego, de intimidade familiar, era como se estivesse em casa. E Marta, a irmã mais velha de Lázaro, era a primeira a recebê-Lo. Nessa visita, aconteceu o célebre episódio em que o Mestre enfatiza a escolha da melhor parte. No acontecimento, Marta convida o Mestre para jantar e pernoitar. Assim, ela se esmerou para apresentar-lhe uma calorosa recepção. Enquanto realizava um serviço, pensava em mais outro, mais outro, e foi ficando desanimada, inquieta, irritada, e começou a murmurar. O seu trabalho de amor estava se tornando uma tarefa pesada demais. Enquanto Marta se fadigava na labuta caseira, Maria, sem deveres de hospitalidade a desempenhar, está sentada no chão junto aos pés de Jesus, indiferente ao serviço da casa, ouvindo o Seu ensino, provavelmente, desejando beber avidamente de tudo o que saía daqueles lábios, e O ouvia atentamente, embevecida com Sua palavra suave e envolvente. Marta, entretanto, estava atarefada com muito serviço. Ia e vinha, preocupada em deixar a casa em ordem e à altura de tão ilustre visitante. Exercia as rotineiras tarefas domésticas; preocupava-se com a refeição a ser preparada, dispor a mesa, arrumar os leitos. Desejava oferecer ao Mestre e a seus acompanhantes o melhor. Marta não podia saborear os ensinos de Jesus, pois estava muito preocupada com pormenores e coisas secundárias. Ela estava atarefada, inquieta, por estar trabalhando sozinha e perder o ensino do Rabi (O sentido da obrigação de dona-de-casa foi mais forte que o desejo de aprender). Então, Marta começou a se considerar vítima, e passou a acusar a irmã diante do hóspede amado e dos apóstolos dele. Aproveitando-se de uma aproximação junto a Jesus, Marta decidiu reclamar com Ele sobre a despreocupação da irmã, e pede-Lhe que diga à Maria que vá ajudá-la nas tarefas. Mas o Mestre não fez Maria ajudar sua irmã. Ele explicou a Marta que não era necessário ficar preocupado com tantas coisas. Exercitando o dom de converter as situações mais delicadas e difíceis, e aproveitando a oportunidade para transmitir valiosas lições, Jesus fitou compassivo a sua hospedeira e respondeu serenamente: “Marta, Marta! Estás ansiosa e preocupada com muitas coisas; entretanto, poucas são necessárias, ou melhor, uma só, e Maria escolheu a melhor parte, a qual não lhe será tirada”. A resposta do Mestre é clara; condena as preocupações de Marta, e louva a preferência de Maria. Ambas tinham personalidades diferentes, mas, cada uma a seu modo, amava Jesus. Marta é a imagem do discípulo ativo, que quer servir ao Mestre da melhor maneira possível. E Maria é a representação do discípulo que ouve a palavra de Jesus, deixando-se atingir totalmente por ela. As duas maneiras de ser discípulo devem se conjugar, pois ambas as atitudes são necessárias: escutar e servir. Assim seguimos nós na vida: muitas vezes Marta, poucas vezes Maria. Marta e Maria são exemplos de posturas e escolhas que fazemos em nossa vida diária. Variados problemas que enfrentamos nascem de excessivo envolvimento com situações transitórias, preocupação com a vida material. Muitas pessoas são excessivamente preocupadas com a subsistência, com a limpeza da casa, com os negócios. Apegam-se a situações efêmeras e bens transitórios; vivem estressadas, inquietas, irritadas, abrindo campo a desajustes físicos e psíquicos. Começam a confundir causa com consequência, realidade com ilusão, necessário com supérfluo. E, aí, vem o alerta de Jesus: “Marta, Marta! Estás preocupada com muitas coisas”. Este turbilhão interior, que perturba Marta e nos perturba, é consequência do afastamento da realidade espiritual de nossa existência, dos valores maiores que são o alimento para nosso espírito. Maria simplesmente se posta aos pés do Rabi. E ouve. Bebe suas palavras, sacia seu espírito sedento por sabedoria. Jesus aconselha Marta a pensar nas coisas espirituais que são eternas, e a colocar as prioridades em seu lugar certo. Tudo tem seu tempo certo; tempo de cozinhar, tempo de descansar, tempo de aproveitar a presença do Mestre em sua casa e ouvir Dele lições preciosas para sua vida. Isto Maria fez e foi elogiada por Jesus. Acredito que não tenha sido fácil para Marta, perturbada com tanto trabalho, incomodada de ver a irmã sentada sem fazer nada, ouvir do Mestre que era ela que se perturbava em excesso com coisas de menos importância, e que Maria havia escolhido de fato a melhor parte. Só que esta não era ficar sentada sem fazer nada enquanto Marta trabalhava; era dedicar-se ao trabalho de autoaprimoramento na escuta de Jesus, aproveitando a oportunidade que lhe estava sendo oferecida. Então, qual a melhor parte? Qual a nossa escolha? Marta ou Maria? Não é fácil responder à pergunta que nos é colocada. Depois de pensar no assunto, julgo que, tanto Marta como Maria, eram muito dedicadas e comprometidas com o Reino de Deus. Jesus não disse que Marta tivesse procedido mal. Ela era bem intencionada, mas com a sua preocupação com as coisas materiais, ela descurava, esquecia-se do seu próprio alimento espiritual. Se quisermos ser somente Marta, cairemos num ativismo sem fim, trabalhando tanto para a Seara do Senhor, que nos esqueceremos do Senhor da Seara. Se optarmos por ser somente Maria, viveremos num mundo distante do mundo real, sempre esperando a vida em outro mundo; acabaremos nos alienando da realidade humana que é tão cara a Jesus. O Espiritismo revela que estamos aqui como alunos num educandário, convocados ao aprendizado das leis divinas. Isto envolve o aprimoramento espiritual, a aquisição de valores e de virtudes, o desenvolvimento de nossas potencialidades criadoras. As complicações e complexidades são criadas pelos desejos do próprio homem, não pela necessidade. Não há razão para preocupações desnecessárias. O essencial é pouca coisa; aliás, o essencial é apenas uma coisa: estar apto para o reino de Deus. Acordemos, pois, nossa “parte Maria”. Aquela que escolhe e acolhe Jesus em sua vida interior, que escolhe a parte que não lhe será tirada, o tesouro que não será roubado nem comido pelos vermes da terra. Encontremos, em nosso dia a dia, momentos onde possamos nos colocar aos pés do Mestre, onde possamos nos dedicar a estar em sintonia com Seus ensinamentos, com o Seu Evangelho de amor. Por isso, irmãs e irmãos, sejamos discípulos Marta e Maria. Pessoas que trabalham sem cansar para a construção do Reino, alimentando-se diariamente da palavra do Cristo. Os ensinamentos de Jesus são as nossas regras de vida, sigamo-los! Variados problemas que enfrentamos nascem de excessivo envolvimento com situações transitórias, o excesso de preocupação com a vida material. Escolhem a melhor parte as pessoas que orientam suas ações em direção a esses objetivos, desapegando-se dos interesses do mundo. Daí, podemos concluir que, de bem pouco precisa o homem na Terra para seu sustento. Não há razão para preocupações desnecessárias. Assim sendo, Maria é que estava com a razão. Escolheu o que é bom, a parte boa, e esta jamais lhe será tirada. Este estudo é uma lição curta em seus termos, mas profunda em seus significados e nos ajuda a refletir sobre nossas escolhas nas atividades do dia-a-dia. Trata-se da conquista do Espírito que, à medida de sua evolução, aprende a selecionar o essencial do supérfluo.

Muita Paz!

A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz.

Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!

O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!

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