INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 18 de setembro de 2022

 


Retificação de rumo

A dor é o grande agente de retificação de rumos, atuando de forma implacável como um verdugo que cobra reajustes e abate o ímpeto dos mais recalcitrantes, forçando-os a meditarem e a buscarem o apoio dos valores do espírito. Dentro  deste princípio, fomos buscar no livro “Contos e Apólogos”, do Espírito Irmão X, uma história que bem ilustra o que queremos dizer. Intitula-se “O Caçador Providencial”. Conta-nos assim o autor: Conversávamos acerca do sofrimento, quando o orientador hindu que nos acompanhava contou com simplicidade infantil: -O Anjo da Libertação desceu do Paraiso a este mundo, pousando num cômoro verdejante, a reduzida distância do mar. Aproximaram-se dele um melro, um abutre, uma tartaruga e uma borboleta. Reconhecendo que essa era a assembleia de que podia dispor para a revelação que trazia, o iluminado peregrino começou, ali mesmo, a exalçar as virtudes do Alto, convidando-os à vida superior. Com frases convincentes, esclareceu que o melro, guindado aos cimos de luz, transformar-se-ia num pombo alvo, que o abutre seria metamorfoseado numa ave celestial, que a tartaruga receberia nova forma, suave e leve, em que lhe seria possível planar na imensidão azul e que a borboleta converter-se-ia em estrela luminescente...Os ouvintes assinalaram as promessas com emoção; no entanto, assim que o silêncio voltou a reinar, o melro alegou: -Anjo bom, escusai-me! Um ninho espera-me no arvoredo... Meus filhotes não me entenderiam a ausência... E afastou-se, apressado. O abutre confessou em tom enigmático: - Comovente é a vossa descrição do Plano Divino, entretanto, possuo interesses valiosos no mundo. Preciso voar. E partiu, batendo as asas, a fim de arrojar-se sobre uma carniça.  A tartaruga moveu-se lentamente e explicou: - Quisera seguir-vos, abandonando o cárcere sob o qual me arrasto no solo, contudo, tenho meus ovos na praia... E regressou, pachorrenta, à habitação que lhe era própria. A borboleta chegou-se ao pregador da bem-aventurança e disse, delicada: -Santo, não posso viajar convosco. Moro num tronco florido e meus parentes não me desculpariam a fuga. E tornou à frescura do bosque. O Anjo, que não podia violentá-los, marchou, sozinho, para diante. A  borboleta, porém, apenas avançara alguns metros, na volta à casa, viu-se defrontada por hábil caçador que lhe cobiçava as asas brilhantes. Após longa resistência, tentou alcançar a árvore em que residia, mas, perseguida, presenciou a morte de alguns dos familiares que repousavam. Chorosa, buscou refugiar-se em velha furna, sendo facilmente desalojada pelo implacável verdugo. Ensaiou, debalde, esconder-se entre velhos barcos esquecidos na areia. Tudo em vão, porque o homem tenaz era astucioso e sabia frustrar-lhe todas as tentativas de defesa, armando-lhe ciladas cada vez mais inquietantes. Quando a pobre vítima se sentia fraquejar, lembrou-se do Anjo da Libertação e voou ao encontro dele. O mensageiro divino recebeu-a, contente, e, oferecendo-lhe asilo nos próprios braços, garantiu-lhe a salvação. O narrador fez pequena pausa e considerou: -O sofrimento é assim como um caçador providencial em nossas experiências. Sem ele, a Humanidade não se elevaria à renovação e ao progresso. Quem se acomoda com os planos inferiores, dificilmente consegue descortinar a Vida Mais Alta, sem o concurso da dor. Saibamos, assim, tolerar a aflição e aproveitá-la. Quando a criatura se vê na condição da borboleta aflita e desajustada, aprende a receber na Terra o socorro do céu. Calou-se o mentor sábio, e, porque ninguém comentasse o formoso apólogo, passamos todos a refletir. Irmão X

REFLEXÃO:

O homem terá que superar as tendências inferiores que ainda carrega, aprendendo a expandir sua própria percepção sobre a Criação. As limitações do corpo que carrega, impede, muitas vezes, que perceba sua natureza divina, fazendo com que se mantenha ligado ao imediatismo das coisas do mundo, valorizando apenas aquilo que lhe proporciona condições de viver na matéria. A acomodação é a maior inimiga que o homem pode ter na escalada evolutiva e, quase sempre, se origina da inércia a que ele se entrega diante das suas limitações físicas, intelectuais e morais. A falta de constância, a ausência de espírito de luta, a preguiça, a desculpa, a desilusão, são posturas comuns no homem encarnado, mas inadequada ao progresso e a evolução. Quando encarnado, submetido ao pesado fardo da matéria, apesar de dotado da capacidade de pensar, discernir, escolher o seu caminho, o homem se vê preso às necessidades imediatas e a compromissos do mundo, que acabam por acomodá-lo, impedindo-o de realizar voos mais altos na direção de sua espiritualidade. Muitos, não se preocupam ainda em pensar ou buscar entender o significado de suas vidas: o que somos? Qual a nossa destinação?;  Por que esse ciclo contínuo entre a vida e a morte? Por que somos tão diferentes uns dos outros? O homem, em geral, só se lembra de buscar o Criador quando a vicissitude lhe abate o ânimo, quando se sente impotente para resolver seus próprios problemas. A dor lhe obriga a questionar os porquês da vida, e o induz a retificar seu caminho pela mudança de postura. Mas, em geral, diante dessas circunstâncias, o homem não consegue se livrar da bagagem imprópria que traz consigo, cheia de paixões inferiores, de apegos, de ilusões, de orgulho. Quanto maior o apego aos valores errados, quanto mais pesada a bagagem de ilusões, maior seu sofrimento diante das dores do caminho, e menos preparado ele se encontra para os embates da vida, para as lições da evolução. Todos os dias somos submetidos a essas lições, e temos a oportunidade de aprendermos num processo continuado de ensaios e erros.A aflição e a vicissitude são instrumentos retificadores de postura diante das necessidades de aprendizado espiritual. A revolta, a desesperança, a queixa, a reclamação, não são formas adequadas de se enfrentar a realidade das coisas. Além de não ajudarem a resolver os problemas, ainda agravam os débitos, aprisionando as pessoas em atitudes negativas e improdutivas. Os mensageiros da boa vontade, os trabalhadores de Jesus, esforçam-se incessantemente para colocar nos corações endurecidos a resignação, a esperança, e fazem um convite constante para colocarmos nossa visão num futuro espiritual. Alguns, compreendem e aceitam o convite com mais facilidade. Outros, reagem e se negam a aceitá-lo, achando-se donos da verdade; existem também aqueles que, apesar de já compreenderem, mantem-se ligados aos afazeres do mundo, único campo que valorizam, e em que gravitam, não encontrando tempo para a religação com o Criador. Para os que reagem, a dor atua como caçador implacável, forçando-os a refazerem seus caminhos. Diante da dor, evidencia-se a impotência do homem. Aí, aparece a busca de um abrigo, de um consolo, e a necessidade de ampliação dos sentimentos. Diante da dor sobrevive a verdade, impulsionando as criaturas a se tornarem mais úteis umas com as outras, e a diminuírem, cada vez mais, a influência que ainda sofrem dos valores da matéria. Nossa crença afirma que a acomodação é a maior inimiga do progresso, e nos lembra da necessidade de buscarmos a luz da sabedoria nas menores ações do dia a dia. Desse modo, é preciso compreender que nada é definitivo no homem. Tudo muda. Tudo evolui. Tudo se modifica sob o influxo da vontade da Criação. Portanto, temos que melhorar todos os dias, por menor que seja essa melhoria. Francisco de Assis pela sua perseverança, pela constância na busca de seus objetivos, dizia ser necessário que, a cada dia se colocasse um tijolo na construção de nossas vidas. Em pouco tempo, poderíamos observar a igreja que fomos capazes de construir com nosso esforço continuado.

Muita Paz!

A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz.

Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!

O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!

 

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