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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 3 de outubro de 2021

 


Ensino espírita

Allan Kardec, o missionário!

Desde que a Humanidade existe, Deus envia à Terra mensageiros diversos para instruir o homem sobre as Verdades Eternas. No século 19 antes de Cristo, Abraão, o patriarca dos hebreus, levou ao seu povo à conscientização do Deus único. No século 13 antes de Cristo, Moisés recebeu no Monte Sinai os Dez Mandamentos, que estão registrados no capítulo 20, versículos 2 a 17 do livro Êxodo e no capítulo 5, versículos 6 a 21 do livro Deuteronômio. Além disso, Moisés criou as leis civis ou disciplinares, para orientar o povo da época. Aproximadamente 1.300 anos depois de Moisés, quando a Humanidade estava apta a usar mais a razão, Jesus simplificou os Dez Mandamentos em dois mandamentos principais: amar a Deus e ao próximo. E as leis civis e disciplinares, que eram baseadas no olho por olho, dente por dente, Jesus as modificou em leis baseadas na caridade, na humildade e no amor ao próximo. Eis que chega o século 19, século das conquistas científicas, das grandes transformações, mas também de grande vazio no coração do homem. É nesse panorama que reencarna em Lyon, França, no dia 3 de outubro de 1804, aquele que viria codificar uma nova Doutrina, o Espiritismo, que traria as luzes definitivas aos ensinamentos de Jesus. Muito se tem escrito sobre a personalidade de Allan Kardec, existindo mesmo várias e extensas biografias sobre a sua obra missionária. É sobejamente conhecida a sua vida anteriormente ao dia 18 de abril de 1857, quando publicou a magistral obra O Livro dos Espíritos, que deu início ao processo de codificação do Espiritismo. Nesta súmula biográfica, procuraremos esboçar alguns informes sobre a sua inconfundível personalidade, alguns deles já do conhecimento geral. O seu verdadeiro nome era Hippolyte-Léon-Denizard Rivail. "Hippolite" em família; "Professor Rivail" na sociedade e "H-L-D Rivail" na literatura. Era, desde os 18 anos, mestre colegial de Ciências e Letras e, desde os 20 anos, renomado autor de livros didáticos. Suas obras espíritas foram escritas com o pseudônimo de Allan Kardec. Destacou-se na profissão para a qual fora educado na Suíça, na escola do maior pedagogo do primeiro quartel do século XIX, de fama mundial e até hoje paradigma dos mestres: João Henrique Pestalozzi. Escrevendo sobre a personalidade do notável mestre, o emérito Dr. Silvino Canuto Abreu afirmou o seguinte: "De cultura acima do normal nos homens ilustres de sua idade e do seu tempo, impôs-se ao geral respeito desde moço”. “Temperamento hostil à fantasia, sem instinto poético nem romanesco, todo inclinado ao método, à ordem, à disciplina mental, praticava, na palavra escrita ou falada, a precisão, a nitidez, a simplicidade, dentro dum vernáculo perfeito, escoimado de redundâncias. De estatura média, apenas 165 centímetros, e constituição delicada, embora saudável e resistente, o professor Rivail tinha o rosto sempre pálido, chupado, de zigomas salientes e pele sardenta, castigado de rugas e verrugas. Fronte vertical comprida e larga, arredondada ao alto, erguida sobre arcadas orbitárias proeminentes, com sobrancelhas abundantes e castanhas. Cabelos lisos e grisalhos, ralos por toda a parte, falhos atrás (onde alguns fios mal encobriam a larga coroa calva da madureza), repartidos, na frente, da esquerda para a direita, sem topetes, confundidos, nos temporais, com as barbas grisalhas e aparadas que lhe desciam até o lóbulo das orelhas e cobriam, na nuca”,  “o colarinho duro, de pontas coladas ao queixo. Olhos pequenos e afundados, com olheiras e pápulas. Nariz grande, ligeiramente acavaletado perto dos olhos, com largas narinas entre rictos arqueados e austeros. Bigodes rarefeitos, aparados à borda do lábio, quase todo branco. Pera triangular sob o beiço, disfarçando uma pinta cabeluda. Semblante severo quando estudava ou magnetizava, mas cheio de vivacidade amena e sedutora quando ensinava ou palestrava. O que nele mais impressionava era o olhar estranho e misterioso, cativante pela brandura das pupilas pardas, autoritário pela penetração na alma do interlocutor. Pousava sobre o ouvinte como suave farol e não se desviava abstrato para o vago, senão quando meditava, a sós. E o que mais personalidade lhe dava era a voz, clara e firme, de tonalidade agradável e oracional”, “que podia mesclar agradavelmente desde o murmúrio acariciante até as explosões de eloquência parlamentar. Sua gesticulação era sóbria, educada. Quando ouvia uma pessoa, enfiava o polegar direito no espaço entre dois botões do colete, a fim de não aparentar impaciência e, ao contrário, convencer de sua tolerância e atenção. Conversando com discípulos ou amigos íntimos, apunha algumas vezes a destra no ombro do ouvinte, num gesto de familiaridade. Mantinha rigorosa etiqueta social diante das damas”. De volta a Paris, Hippolyte sucedeu ao próprio mestre, e dedica-se à educação. Era um educador consagrado na França e autor de diversos livros sobre a educação; bacharel em ciências e letras, sabendo falar e escrever o alemão, o inglês, o espanhol, o italiano e o holandês. Filho de pais católicos, foi criado no Protestantismo, mas não abraçou nenhuma dessas religiões, preferindo situar-se na posição de livre pensador e homem de análise.  Importunava-lhe a rigidez do dogma que o afastava das concepções religiosas. O excessivo simbolismo das teologias e ortodoxias tornava-o incompatível com os princípios da fé cega. A esse tempo o mundo estava voltado, em sua curiosidade, para os inúmeros fatos psíquicos. As manifestações físicas que surgiram na América espalharam-se pela Europa. Proliferaram as mesas girantes, dançantes, transmitindo mensagens dos “mortos”, algumas falando de revolução no campo moral. Mas como começou a missão de Kardec? Em 1854, o professor Rivail contava cinquenta e um anos de idade quando ouviu, pela primeira vez, falar das mesas girantes. O Sr. Fortier, falou, entusiasticamente, com o professor Rivail sobre os fenômenos das mesas girantes e falantes; mas este fez pouco caso do assunto, considerando-o um absurdo, pois mesa não tem "nervos para sentir nem cérebro para pensar". Eram mesas que se erguiam do solo, e davam pancadas no chão com uma ou mais pernas, fenômenos mediúnicos que serviam como passatempo. De início, ele foi cético, parecia-lhe absurdo atribuir inteligência a uma coisa puramente material. Homem criterioso, não se deixava levar por modismos. Só, que, a coisa toma vulto, e só se fala nisso. Em maio de 1855 encontrou-se com o Sr. Pâtier e a Sra. Plainemaison, que lhe falaram sobre as mesas girantes, mas, agora em outro tom, instrutivo e sério. Conheceu a família Baudin, ocasião em que o Sr. Baudin o convidou para assistir às sessões que aconteciam em sua casa.  Como estudioso do magnetismo durante 35 anos, o prof. Rivail resolveu conferir pessoalmente a informação. E foi, então, na casa da Sra. Roger, em 1º de maio de 1855, que o professor teve os primeiros contatos com o fenômeno intitulado "das mesas girantes". (O espiritualismo americano, decorrente dos chamados fenômenos de Hydesville, já vinha sendo praticado na França desde abril de 1853.) A Sra. Roger evocou o Espírito de um amigo do Sr. Pâtier e foi atendida. Nesse dia, a Sra. Plainemaison convidou o professor Rivail para assistir a próxima sessão na casa dela. Ele compareceu, em 8 de maio de 1855, e, ante os fenômenos extraordinários e de alta elevação espiritual que presenciou, pela mediunidade da Sra. Plainemaison, passou a estudar e reunir-se com os demais médiuns para construir o edifício da elevada Doutrina Espírita, sob a coordenação maior do Espírito de Verdade. Começava ali o surgimento de outras grandes e extraordinárias obras literárias mediúnicas, cujo propósito principal é o de convencer-nos sobre a realidade da vida espiritual e aprimorar nossos espíritos na eterna ascensão no rumo da perfeição. Foi a 30 de abril de 1856, em casa do Sr. Roustan, pela médium Mademoiselle Japhet, que o professor Rivail recebeu a primeira revelação da missão que tinha a desempenhar. Esse aviso, a princípio muito vago, foi confirmado no dia 12 de junho de 1856, por intermédio da médium Mademoiselle Aline C. Os primeiros médiuns da codificação espírita e a iniciação espírita do professor Rivail. Nos meios literários acadêmicos, é bastante comum a referência à obra A história de Joana D'Arc contada por ela mesma. Esse livro foi psicografado pela médium Ermance Dufaux de la Jonchère, médium desde os doze anos de idade, mais conhecida como Ermance Dufaux, e publicado quando esta tinha 14 anos. Em 1855. Na época, os neologismos psicografia, médium e mediunidade ainda não tinham sido criados por Allan Kardec, que conheceu a jovem no dia da publicação da primeira edição de O Livro dos Espíritos, em 18 de abril de 1857. A partir desse dia, Ermance Dufaux passou a colaborar ativamente com Kardec, na segunda edição de O Livro dos Espíritos, que foi ampliado de 501 para 1019 questões. São Luís, seu guia espiritual, também transmitiu-lhe mediunicamente a obra Confissões de Luís IX. História de sua vida ditada por ele mesmo, escrita em 1857, mas somente publicada em 1864, devido à censura da época, que proibiu sua publicação antes desse ano. A disposição adotada por Rivail em seus estudos espíritas foi sempre seguir a seguinte regra: observar, comparar e deduzir. Todas as informações foram obtidas pela escrita, por intermédio de diversos médiuns. Os primeiros médiuns que concorreram para a elaboração desse livro foram as Srtas. Baudin. Quase todo o livro foi escrito por intermédio delas, em presença de numeroso público que assistia às sessões, com o mais vivo interesse. As médiuns ficavam sentadas separadamente e faziam a mesma pergunta aos espíritos. É, aí, que entra o espírito científico de Rivail. Coteja as questões, recusa aquilo que parece dúbio (Pode se recusar dez aparentes verdades, em vez de se aceitar uma possível mentira). Outras médiuns que também colaboraram com as obras da Codificação Espírita foram Ruth Celine Japhet e a Sra. De Plainemaison. Por ocasião do lançamento da primeira edição de O Livro dos Espíritos, Rivail viu-se às voltas com uma dúvida, diz ele: Essa obra que vem a público tem que falar por si mesma. O professor Rivail precisa desaparecer, ele não pode sustentar essa obra, porque as pessoas vão valorizá-la por aquilo que é o professor, e eu quero que ela se valorize por aquilo que ela é, pela riqueza que tem. Zéfiro, guia espiritual da família Baudin, sugere um nome gaulês, que Rivail teria usado numa de suas reencarnações, “Allan Kardec”, e ele acha de bom proveito utilizá-lo. E é com esse pseudônimo que passa a assinar todas as suas obras espíritas. A sua própria reputação de homem probo e culto constituiu o obstáculo em que esbarraram certas afirmações levianas dos detratores do Espiritismo. As principais obras do Codificador foram: em 18 de abril de 1857, primeira edição, com 501 perguntas de Kardec e as respostas dos Espíritos às questões importantes do conhecimento humano. Em 16 de março de 1860, surgiu a segunda (e definitiva) edição, com 1.019 questões; em 1868, iniciava a publicação da Revista Espírita, que circulou até 1869; O Que é o Espiritismo (1859); O Livro dos Médiuns (1861); O Evangelho Segundo o Espiritismo (1864); O Céu e o Inferno ou a Justiça Divina Segundo o Espiritismo (1865). Finalmente, em 1868, A Gênese, os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. Em 1890, 21 anos após a desencarnação de Allan Kardec surgiu o livro Obras Póstumas, com escritos que ele não teve a oportunidade de editar. A primeira sociedade espírita regularmente constituída foi fundada por Allan Kardec, em Paris, no dia 1º de abril de 1858. Seu nome era "Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas". A ela o codificador emprestou o seu valioso concurso, propugnando para que atingisse os objetivos nobres para os quais foi criada. Os pilares em que se assentam a Doutrina Espírita são: a existência de Deus, a reencarnação ou pluralidade das existências, a pluralidade dos mundos habitados, a intercomunicação entre os dois planos da vida, o código de Moral do Evangelho do Cristo. A codificação da Doutrina Espírita colocou Kardec na galeria dos grandes missionários e benfeitores da Humanidade. A sua obra é um acontecimento tão extraordinário como a Revolução Francesa. Esta estabeleceu os direitos do homem dentro da sociedade, aquela instituiu os liames do homem com o universo, deu-lhe as chaves dos mistérios que assoberbavam os homens, dentre eles o problema da chamada morte, os quais até então não haviam sido equacionados pelas religiões. A missão do ínclito mestre, como havia sido prognosticada pelo Espírito de Verdade, era de escolhos e perigos, pois ela não seria apenas de codificar, mas principalmente de abalar e transformar a Humanidade. Pelo seu profundo e inexcedível amor ao bem e à verdade, Allan Kardec edificou para todo o sempre o maior monumento de sabedoria que a Humanidade poderia ambicionar, desvendando os grandes mistérios da vida, do destino e da dor, pela compreensão racional e positiva das múltiplas existências, tudo à luz meridiana dos postulados do Cristianismo. Na Codificação do Espiritismo, Kardec estabeleceu o controle universal do ensino dos Espíritos. “Na posição em que nos encontramos, a receber comunicações de perto de mil centros espíritas sérios, disseminados pelos mais diversos pontos da Terra, achamo-nos em condições de observar sobre que princípio se estabelece a concordância.” Allan Kardec, “(...) apagando a própria grandeza (...)”, como mestre-escola, simples homem do povo, cumpriu sua missão na Terra, inaugurando Nova Era para a Humanidade. Em 3l de março de 1869, desencarnou em Paris, após vida intensamente laboriosa, sobretudo nos últimos quinze anos, dedicados ao estudo, à codificação e à divulgação do Espiritismo. Esses foram alguns episódios da vida de um homem chamado Hippolyte Léon Denizard Rivail. Por isto e tudo mais, nosso grande preito de gratidão a esse grande missionário do Cristo pelo seu criterioso trabalho, e pela obra que nos foi legada. Tratemo-la como um precioso tesouro de toda a Humanidade. Estudando-a e levando sua mensagem aos corações carentes de esclarecimento e de consolo. E que esse livro seja para todos nós o Consolador prometido.. Esta, parece-me, deve ser a mais expressiva demonstração de respeito a quem tanto se sacrificou para que tivéssemos hoje todos os recursos para trilharmos um outro caminho, aquele que nos conduzirá ao aprisco de Jesus.

Allan Kardec, o missionário dos nossos dias!

Muita Paz!


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