Lobos Internos - Com base em texto de autor desconhecido que circula na
Internet.
Que tal começar a
semana com uma boa reflexão? Para tanto, trago uma fábula (ou conto) que
circula pela internet e que gosto muito, a respeito dos “Dois Lobos”, enfocando
figurativamente, mas com bastante propriedade, os motivadores do nosso
comportamento, a maneira como somos, agimos e reagimos no cotidiano! A fábula
enfatiza a dualidade do ser humano, a sua complexidade e, sutilmente, a
necessidade de que trabalhemos continuamente para a nossa própria evolução. Assim,
convido-o a refletir sobre o texto, a seguir transcrito: Um dia, um velho avô
foi procurado por seu neto, que estava com raiva de um amigo que o havia
ofendido. O sábio velhinho acalmou o neto e disse com carinho: -Deixe-me
contar-lhe uma história. Eu mesmo, algumas vezes, senti muito ódio daqueles que
me ofenderam tanto, sem arrependimento, todavia, o ódio corrói a nossa
intimidade mas não fere nosso inimigo. É o mesmo que tomar veneno desejando que
o inimigo morra. Lutei muitas vezes contra esses sentimentos.
O neto ouvia com
atenção as considerações do avô. E ele continuou:
-É como se
existissem dois lobos dentro de mim, um deles é bom. Não magoa ninguém. Vive em
harmonia com todos e não se ofende.
Ele só lutará
quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!, esse
é cheio de raiva.
Mesmo as pequenas coisas desagradáveis o levam
facilmente a um ataque de ira! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer
motivo. É tão irracional que nunca consegue mudar coisa alguma! Algumas vezes é
difícil de conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam
dominar meu espírito.
O garoto olhou
intensamente nos olhos de seu avô e perguntou:
-E qual deles
vence, vovô?
O avô sorriu e
respondeu:
-Aquele que eu
alimento mais frequentemente.
Reflexão:
Essa estorinha é muito
simbólica. Os dois lobos são as nossas emoções positivas e negativas. Existe
uma linha muito tênue que separa, no ser humano, seus elementos antagônicos,
paradoxais, como por exemplo: a humanidade da animalidade. Por isso, a figura
do lobo é significativa, uma vez que representa o grau de animalidade que pode
capitanear nossas ações. Enquanto o ser humano não desenvolver todas as
virtudes que o elevarão à categoria de espírito superior, sempre haverá em sua
intimidade um pouco dos irracionais. E essa luta interna é que irá definindo o
nosso amanhã, de acordo com o lado que mais alimentamos. Por vezes, um simples
ato impensado, uma simples ação infeliz, pode nos trazer consequências amargas
por um longo tempo. Cada um de nós têm também dois lobos, um deles é cruel e
mau, o outro é passivo e muito bom. E os dois estão sempre brigando. E o lobo
que mais alimentarmos, é o que se torna mais forte e o que ganha a luta. E esta
luta, é uma luta que acontece a todos os minutos, e no fim do dia, várias
batalhas são perdidas e vencidas, sem nos apercebermos. Cada um de nós, quando
nasce, traz consigo um lobo mais forte do que o outro. E quase sempre o lobo
mais forte é o lobo mau, porque é o que nos foi herdado biologicamente, desde o
tempo dos nossos antepassados caçadores, que viviam cercados de animais ferozes
e que instintivamente tinham que atacar ou fugir. Não havia espaço para
alimentar muito o lobo bom, o lobo da alegria, da paz e do amor, pois isso
significava não sobreviver. A genética influencia qual dos lobos é que nasce
mais forte, mas não determina qual deles irá continuar mais forte. Até há bem
pouco tempo, pensava-se que o lobo que fosse maior é o que iria ganhar até ao
resto da nossa vida. Que não conseguíamos mudar quem éramos, a nossa
personalidade, a nossa forma de estar e de abordar a vida e que o nosso nível
de felicidade se mantinha sempre o mesmo. A ciência dizia que nascíamos já com
o nosso destino emocional marcado, para o resto da nossa vida. Um desses lobos se
chama Amor e o outro Orgulho. O orgulho e o amor nunca darão flores no mesmo
jardim; o amor facilita a caminhada, o orgulho impede; o amor estende a mão e
orgulho não abre a mão; o amor liberta; O orgulho guarda mágoas. Perdoar alivia
tanto os sentimentos de culpa como os de mágoa. Essas nossas emoções são
causadas pela nossa forma de pensar, portanto, o lobo que alimentamos é uma
escolha nossa. Às vezes temos a impressão que o mundo nos virou as costas e que
todas as coisas ruins só acontecem conosco, no entanto isso pode não ser uma
verdade absoluta, mas como nós entendemos os fatos. Se pensarmos que as pessoas
são ruins e que querem nos prejudicar, enxergaremos o mundo com essas lentes e
provavelmente encontraremos evidências que reforcem essa ideia, mesmo que ela
não seja verdade. Essas ideias negativas nos proporcionarão emoções negativas
de tristeza, raiva, vingança. No entanto, mesmo tendo vivenciado algo ruim
podemos entender que foi uma coincidência, ou que as pessoas que nos
proporcionaram algum mal, não o fizeram intencionalmente. Se pensarmos assim
estaremos flexibilizando nossos pensamentos e alimentando o nosso lobo bom que
nos trará emoções positivas. Toda pessoa é uma verdadeira caixinha de
surpresas. Nela vivem os sentimentos da alegria, raiva, medo, tristeza e amor.
No momento certo, na hora certa, estes sentimentos são colocados a prova. Na
vida real ninguém é sempre bom, ou sempre mau, sempre «certinho» ou sempre
«pecador». Ninguém é tão calmo, tão bondoso, tão amável e tão agitado. Tenha
muito cuidado com as suas atitudes e aprenda a lidar com suas emoções (com os
seus dois lobos) e se livre dos pensamentos negativos. As pessoas vivem cada
vez mais reclamando da vida, dos seus problemas. Contudo, acham a vida difícil.
Aprendi que temos que mudar a nossa forma de pensar e agir, todo o nosso
conceito de vida tem sido falso, há uma necessidade de mudar o nosso
pensamento, devemos fazer algo para devolver o verdadeiro sentindo da vida,
devemos ajudar as pessoas a serem felizes, a reafirmarem suas crenças e seus
valores. Todos somos convocados a promover o que existe de mais belo, bom e
justo em nós. Eis o dantesco desafio: reeducar o ser humano afim de que possa
ressignificar suas ações numa perspectiva humanizadora e que contribua para
desconstruir a sociedade raivosa que embrutece a todos. É um fato notório que todos nós temos «lobos internos». Que
temos dois lados que nos puxam com igual força. Na vida real somos pessoas
normais, que podem ser tudo, dependendo das circunstâncias. Estou cada vez mais
convencido que não sabemos concretamente os nossos limites. Que só na hora do
teste poderemos, com 100% de certeza, optar pelo «lobo manso» ou pelo «lobo
feroz». E que as decisões da vida, as que nos marcam, por vezes são tomadas no
calor de um impulso, de um sentimento ou de uma paixão. E, também, que nem
sempre o lado racional e sensato, que nos norteia, leva a melhor. Todos temos
dois lobos, como já disse, habitando as cavernas da alma. Ambos comem da mesma
«tigela». Ambos dormem lado a lado. São irmãos gêmeos, mas que aparecem vez à
vez. E jogam com a alma. Puxam-na para um lado, arrastam-na para outro. Tentam
ser vencedores num jogo sem tréguas, porque dura o tempo de uma vida.Como moral
dessa interessante e sábia narrativa do avô,
depreende-se que só depende de cada um ser bom ou mau, tornar-se pessoa melhor
ou pior, em face dos dois lobos que habitam e duelam em cada pessoa. Afinal,
qual dos dois lobos você quer que prevaleça?
Que tal experimentar alimentar o lobo bom dentro de
você?
Muita Paz!
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