DIA DA FAMÍLIA – Ensino espírita
Uma
data para celebrar e homenagear a família e ressaltar sua importância na vida
de cada indivíduo. O Dia nacional da Família é comemorado anualmente em 8 de
dezembro, no Brasil. A família como elemento fundamental, é importante ser
celebrada e homenageada. Mas, o que é a família? A família é a mais antiga
instituição social criada pela humanidade. Tão antiga quanto os primeiros
registros pré-históricos da humanidade, que datam de antes de 10.000 anos a.C.
A família, além de uma antiga instituição social, é um agrupamento de seres
humanos, que se unem pelo laço consanguíneo e pela afinidade, ou seja, a
família é composta por pessoas que têm o sangue em comum ou que se unem porque
gostam umas das outras. O estabelecimento das famílias foi a forma que o ser
humano encontrou de viver de maneira mais segura, pois o agrupamento em família
ajudava na proteção dos indivíduos contra inimigos e também facilitava a caça e
a coleta de alimentos. O conceito de família celebrado na data é amplo e se
estende para além da família tradicional, constituída por pai e mãe. A premissa
parte da existência do amor, da ajuda mútua e da participação na formação de
valores como educação, cultura, moral e ética de cada pessoa. Tipos de Família:
Entre os familiares, é possível identificar dois graus de proximidade: família
nuclear e família extensa. A família nuclear é normalmente composta pelos pais
e irmãos, enquanto a família extensa é composta por avós, tios, primos, etc. No
entanto, este conceito é flexível, já que muitas vezes os avós (ou outros
parentes) podem morar na mesma casa, sendo considerados como família nuclear. Em
outros casos, um ou os dois pais podem não estar presentes por algum motivo,
não fazendo parte da família nuclear. Por sua vez, a família extensa ou
alargada é compreendida como sendo composta também por avós, tios, primos e
outras relações de parentesco. A família patriarcal é o mais antigo modelo
familiar. Ainda nos primórdios da humanidade, o modelo patriarcal
estabeleceu-se como o modelo familiar por excelência. Chamamos de patriarcal a
família chefiada por um homem (o patriarca, ou seja, o pai), que tem por
responsabilidade adquirir alimentos e cuidar da segurança de seus filhos e de
sua esposa. Nesse modelo, no início, os homens caçavam para alimentar a esposa
e os filhos, que ficavam sob os cuidados da mãe. Com a sedentarização do ser
humano (quando os humanos abandonaram o estilo de vida nômade e passaram a
viver em locais fixos), a agricultura passou a fazer parte do cotidiano humano,
bem como a domesticação e criação de animais. O alimento não era mais coletado
e caçado, e sim cultivado. Com isso, passou a ser função do patriarca, além da
segurança da família, a criação dos animais e o cuidado e preparo da terra
(lavra), enquanto as mulheres plantavam, colhiam, preparavam os alimentos e
cuidavam dos filhos. Esse modelo patriarcal perdurou por milênios, recebendo
ajustes de acordo com o desenvolvimento das sociedades. Na Constituição
brasileira, a família é abrangente, pois considera diversas formas de
organização baseadas na relação afetiva e na convivência. Na lei vigente, a
família matrimonial compreende os casamentos civis e religiosos, podendo ser
hétero ou homoafetivo. A família, mais do que um substantivo que traz um
significado muito importante na vida de um ser humano, tem um sentido que vai
além das definições que podemos encontrar em dicionários ou enciclopédias, ela
é o primeiro grupo social do qual fazemos parte e, é a partir dela que
começamos a construir a nossa identidade. Família é um conceito que significa
estrutura, alicerce, onde tudo começa; é a base de todas as outras sociedades.
Desde os primórdios da sociedade se constituiu a família, que é um núcleo muito
importante na vida de cada um de nós, e onde encontramos apoio e amor. A
família não nasce pronta, constrói-se. É o melhor laboratório para se exercitar
o amor, aquele amor que Jesus nos falou. É na família que encontramos o cadinho
especial no qual o fogo das lutas, o atrito das lides, o lixar das diferenças
vão aperfeiçoando seus pares. A família
inicia-se com o matrimônio, e é teoricamente formada pelos pais e filhos. O
amor recíproco entre eles, a confiança, a cooperação, o respeito, a obediência,
compreensão e a tolerância mútuas são os preceitos básicos para que a família
continue a existir. Constituída para dar segurança aos seus integrantes, a
família é o primeiro contato de uma criança, suas relações com outras pessoas,
onde aprende a se comportar bem, e como respeitar seu próximo. É nela que se
inicia a vida, e é por meio de suas características que se define a
personalidade e as escolhas de um cidadão, ditando a sua formação moral e
ética. A família é o ponto de partida que influencia o comportamento de cada um
no meio social. Na família encontramos os primeiros amigos. Aqueles que devem
ser lembrados todos os dias, eternamente. Dificilmente as pessoas não se
manterão dentro das regras e dos conceitos lhes ensinado no núcleo familiar. É
bom lembrar, que regras e conceitos são melhores aprendidos quando
exemplificados. Não adianta chamarmos a
atenção de nossos filhos por deixarem seus pertences jogados pelo chão, se às
vezes fazemos isso também. Uma boa convivência familiar torna as pessoas mais
unidas e mais amigas umas das outras, dividindo com elas problemas, alegrias e
tristezas. Qual aquele que não se sente amado, quando é alvo da preocupação de
um familiar? Dificilmente, vamos encontrar alguém que não deseja e não gosta de
estar reunido com os seus familiares naqueles tradicionais almoços de domingo.
Em uma concepção mais simples, podemos notar que mesmo as famílias consideradas
desunidas, em um momento de ataque a qualquer dos seus membros por um agente
externo, tende a se unir e partir em defesa do atacado. Independente de sua
estrutura, a família deve constituir-se de união, ser o alicerce para nossa
caminhada. As pessoas devem sempre procurar manter uma relação de amizade e
respeito com todos de sua família, fazendo reuniões para se encontrarem,
conversarem e se divertirem de forma saudável.
Visitar a casa dos avós, bisavós, tios e primos também é uma
forma de convivência familiar, pois torna as pessoas mais unidas, mais amigas
umas das outras. Seja no desenvolvimento pessoal, no processo de aprendizagem,
no relacionamento ou qualquer outro tipo de formação, a família é considerada a
base do indivíduo enquanto ser social, vivente em sociedade. Diante de um mundo
repleto de maldade, violência e injustiça, vale refletir na importância da
família em nossas vidas. Devemos demonstrar afeto e valorizar as pessoas que
fazem parte dela. Em nossos pensamentos diários, observemos sempre se estamos
dando o justo valor à Família. Um país melhor, mais feliz e, por consequência,
uma Humanidade equilibrada dependem dos núcleos familiares bem constituídos,
devidamente prestigiados por seus integrantes. A importância da família
transcende a compreensão mais comum. Nela, a vida humana encontra o seu
refúgio, Diga a sua família o quanto ela é especial para você! O Espírito
Bezerra de Menezes, numa mensagem, deu ênfase ao nosso tema: “A existência na
Terra é de luta, não há outra denominação melhor, mas a tranquilidade da Alma
existe quando vemos que as Forças Benditas envolvem a família e os casais,
elevando-os a patamares de compreensão, buscando as sementes que germinaram os
frutos da semeadura, por intermédio dos filhos”.
REFLEXÃO:
O ser humano sem distinção de raça, sexo ou religião não
prescinde de companhia para o seu desenvolvimento biológico, moral, social e
espiritual. Na célula familiar não só nos reunimos com nossos credores ou
devedores do passado, almejando um caminho para o progresso conjunto, como
também nos preparamos para mais uma existência terrena, absorvendo,
principalmente na infância, os conceitos e valores que irão moldar o nosso
caráter moral futuro. Vejamos agora o que nos informa a questão 775 de O Livro
dos Espíritos. Pergunta: Qual seria para a sociedade o resultado do relaxamento
dos laços de família? Respondem os Espíritos: - Uma recrudescência do egoísmo.
Passamos a maior parte do tempo em nossa moradia familiar. É nesse local
abençoado que convivemos com os nossos familiares, com quem temos compromissos
assumidos na atual reencarnação. Os Espíritos superiores nos ensinam que a
família é uma instituição de cunho divino para que a vida se aprimore. Devemos
analisar, periodicamente, como anda a qualidade das nossas relações no ambiente
doméstico, que deve estar pautada pela ternura e pelo diálogo, com o escopo de
facultar-nos os melhores aprendizados. Na atualidade, em virtude do
materialismo vigente, há muita preocupação com os aspectos materiais do templo
familiar. Com a acentuada criminalidade dos dias modernos, investimos em
segurança para preservar o patrimônio, sendo que contratamos guarda-noturno,
empresas de vigilância, seguro residencial e, quando possível, colocamos alarme
e cerca elétrica. Quanto investimento para cuidar do aspecto material da
vivenda familiar. Registre-se que tais cuidados são importantes e devem fazer
parte da pauta das nossas decisões familiares. Todavia, à luz da veneranda
religião espírita, temos que nos preocupar com o ambiente espiritual da nossa
moradia. Reflitamos e que possamos ter mais vigilância na proteção espiritual
do nosso reduto familiar, em nome da paz e da felicidade que desejamos para nós
e para o mundo, em clima de fidelidade aos ensinos morais trazidos por Jesus, o
modelo e guia de nossas vidas. Importante: a família também é feita de amigos. Por
isso, vamos agradecer, viver e aproveitar os momentos que a vida nos reserva ao
lado daqueles que nos amam.
Muita Paz!
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