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O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 20 de março de 2022

 


Reflexões sobre a Parábola dos Talentos

Ensino espírita

Uma parábola é uma pequena história contada para explicar uma verdade complexa. As parábolas de Jesus nos ensinam verdades eternas, mas também oferecem lições práticas inesperadas para as questões mundanas. Jesus foi aquele homem que veio à Terra para nos mostrar a verdade, a lógica, a razão, e nos indicar o caminho de volta ao seio do Pai. Como pedagogo, o Mestre contava histórias da vida. Alguns dias antes de Sua crucificação, Jesus levou Seus discípulos a um lugar no Monte das Oliveiras, que dava vista para Jerusalém e proferiu, nesse local, o que conhecemos como sermão do Monte das Oliveiras. Um lugar calmo e com vista panorâmica da cidade, era o local perfeito para que o Cristo ensinasse a Seus discípulos. Então, Ele contou a Parábola dos Talentos (Mateus, 25–14-30). Como todas as parábolas bíblicas, ela tem muitos níveis de significado. Sua essência se relaciona com o modo como utilizamos os dons que recebemos de Deus. Essa definição abarca todos os dons: naturais, espirituais e materiais. Inclui, também, nossas habilidades e recursos naturais. O significado da Parábola dos Talentos fala sobre responsabilidade e prestação de contas que devemos fazer dos talentos que recebemos de Deus. Esta parábola mostra como não devemos desperdiçar as oportunidades que temos. Eis, a parábola: Disse-lhes o Cristo: O Senhor age como um homem que, tendo que fazer uma longa viagem, chamou seus servidores, e falou que deixaria uma certa quantia para eles aplicarem, e que quando voltasse, eles teriam que prestar contas. Então, deu a um empregado cinco Talentos; a outro empregado dois Talentos; e a um terceiro empregado um Talento, e partiu imediatamente. O que recebeu cinco Talentos foi-se. Negociou com aquele dinheiro e ganhou outros cinco. O que recebeu dois, da mesma forma, ganhou outros dois. Mas o que apenas recebeu um, cavou a terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo. Quando se fala em Talento, aqui, no caso da parábola, somos levados a pensar tratar-se de uma moeda de pequeno valor. Mas não é isso. Segundo a Sociedade Bíblica do Brasil, um Talento valia seis mil Denários, e um Denário era o pagamento de um dia de serviço de um trabalhador naquela época, em Roma. Apesar de estar mencionando essa quantia grande de dinheiro, Jesus não está aqui ensinando teoria econômica, apenas Ele está transmitindo uma mensagem. Passado longo tempo, o senhor daqueles servos voltou e os chamou a prestarem contas. Veio o que recebera cinco Talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco Talentos, aqui estão. E além desses, mais cinco que lucrei, negociando com eles. Respondeu-lhe o amo: Servidor bom e fiel. Já que me foste fiel nas coisas pequenas, confiar-te-ei muitas outras. Compartilha da alegria do teu senhor. O que recebera dois Talentos apresentou-se a seu turno e lhe disse: Senhor, entregaste-me dois Talentos, aqui estão. E além desses, mais dois outros que lucrei, negociando com eles. E o amo respondeu-lhe: Servidor bom e fiel. Já que me foste fiel nas pequenas coisas, confiar-te-ei muitas outras. Compartilha da alegria do teu senhor.  Veio em seguida o que recebera apenas um Talento e disse: Senhor, sei que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste, por isso, como tive medo de ti, escondi o teu Talento na terra. Aqui o tens. Restituo o que te pertence. O homem, porém, lhe respondeu: Servidor mau e preguiçoso, se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, devias por o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence. E ordenou: Tirem-lhe, pois, o Talento que está com ele e deem-no ao que tem dez Talentos, porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens. Quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter, e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes. Essa parábola exprime os deveres que nos cabem: material, moral e espiritual. Interpretada ao pé da letra, ela induz que há uma violação às leis de Deus. Uma ambição muito grande, justificando a aplicação do dinheiro para render juros. Mas, buscando-se a essência do ensinamento, nós vamos entender um significado diferente. Está visto que o senhor, aí, é Deus; os servos somos nós, a Humanidade; os Talentos são os bens e recursos que a Providência nos outorga e representam potências que cada um de nós recebeu ao nascer, para serem desenvolvidas e empregadas em benefício próprio e no de nossos semelhantes; o tempo concedido para sua movimentação é a existência terrena. Nós, na condição de Espíritos em trânsito pela Terra, trazemos na nossa bagagem potencialidades latentes dentro de nós, que deverão ser desenvolvidas. E na medida da nossa evolução, vamos adquirindo condições de desenvolvermos esses Talentos. A distribuição dos Talentos em quantidades desiguais, ao contrário do que possa parecer, nada tem de arbitrária nem de injusta; baseia-se na capacidade de cada um, adquirida antes da presente encarnação, em outras jornadas evolutivas. Da mesma forma que o homem conhecia os seus servidores, Deus conhece a capacidade de cada um de nós. Dessa alegoria, vamos retirar a essência do ensinamento de Jesus. Os talentos representam os ensinamentos do Mestre. Quando bem aplicados, ou seja, bem entendidos, são fonte de felicidade e, ao contrário, quando mal aplicados, quer dizer, mal entendidos, são obstáculos, desviando a criatura do bem e da verdade. Aqueles que recebem os talentos do Evangelho e os aplicam em proveito próprio e alheio, com o fim especial de tornar conhecida a palavra de Deus, estão representados pelos servidores que receberam cinco e dois talentos. E quando forem chamados ao ajuste de contas, lhes será dito: servidor bom e fiel! São criaturas que sabem cumprir a vontade de Deus, empregando bem a fortuna, a cultura, o poder, a saúde, o perdão, a benevolência, etc... Aqueles dons com que foram aquinhoados. Mas aqueles que recebem os talentos desse mesmo Evangelho e não os observam, ou aplicam mal, deixando-os improdutivos, prejudicando a causa que deveriam zelar, são semelhantes ao servidor que escondeu o talento recebido. E quando chamados ao ajuste de contas, lhes será dito: servidor mau e preguiçoso! E lhes serão tirados tudo o que têm e mesmo o que pareçam ter. Nesse terceiro servo vemos destacado o mau hábito de certas criaturas, que, para encobrirem suas faltas ou justificarem suas fraquezas, não hesitam em atribuir deméritos imaginários às outras. Quando o senhor ordena que o servidor inútil seja lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes, quis dizer que aquela pessoa, por meio do embotamento da sua inteligência, não soube valorizar o bem que recebeu e, por isto, vai receber o fruto da sua ignorância no seu dia a dia. É importante destacar que o servo negligente atribuiu ao medo a causa do seu insucesso. O que aconteceu ao servidor receoso da narrativa evangélica acontece a muitas criaturas que se recolhem à ociosidade, alegando medo da ação, medo de trabalhar, medo de servir, medo de sofrer, medo da dor, medo até da alegria. E a pretexto de serem menos favorecidas pelo destino, transformam-se em representantes da inutilidade e da preguiça. “Se recebeste, pois, mais rude tarefa no mundo, não te atemorize a frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação, por mais sombria que seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias, enriquece-a com a luz do teu esforço no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor”. A percepção é um atributo do espírito. Quanto maior o estado de consciência do indivíduo, maior será sua capacidade de perceber a vida, que não se limita apenas aos fragmentos da realidade, mas sim a realidade plena. Colocar nossa atenção nas coisas da vida é fator importante para o nosso desenvolvimento mental, emocional e espiritual, todavia, é necessário saber direcionar convenientemente nossa percepção e atenção no momento exato e para o lugar certo. O resultado do medo em nossas vidas será a perda do nosso poder de pensar e agir com espontaneidade, pois, quem decidirá como e quando devemos atuar será a atmosfera de temor que nos envolve. Cada um de nós vê o universo das coisas pelo que é. Vemos o mundo e as criaturas segundo o nível de desenvolvimento da consciência em que vivemos. Quanto maior esse nível, mais estaremos centrados e vivendo de modo estável e tranquilo. Quanto menor esse nível, mais primário será o nosso juízo a respeito de tudo, e teremos uma estreita visão dos fatos e das pessoas. A vida é, antes de tudo, um profundo exercício de descobertas. Para reflexão, vamos destacar alguns trechos: Esse contexto é importante para o melhor entendimento da parábola dos talentos. No antigo oriente, no tempo de Jesus, os ricos tinham uma prática bastante comum: quando esses senhores precisavam se ausentar da cidade, eles chamavam seus servos de maior confiança. E faziam deles os administradores de toda sua terra e seu dinheiro. Estes tinham liberdade para negociar e gerar lucro para o seu senhor no período que ele estivesse fora. É com base neste costume que a parábola dos talentos é contada. E não é difícil entendermos a sua mensagem. O que representa os Talentos entregues aos servos?  A oportunidade de cada um desenvolver o potencial que tem dentro de si. Por que o senhor não deu aos seus servos quantidades iguais de Talentos? Porque conhecendo bem os seus servidores, distribuiu de acordo com a capacidade de cada um. Por que o servo que recebeu um Talento foi chamado de servo inútil? Porque, pela sua ignorância, sentiu medo e enterrou o Talento, não sabendo valorizar o bem que recebeu. O que devemos entender pela expressão: Ser lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes?  Que aquele que não souber valorizar os bens que recebeu aqui na Terra receberá, como recompensa, os frutos da sua ignorância. O que entendemos dessa parábola? É a valorização feita por Deus sobre a criatura, verificando a capacidade de cada uma e recompensando segundo suas obras. Ao longo dos anos diferentes interpretações surgiram sobre a Parábola dos Talentos. Duas interpretações se destacam das demais como principais. Uma defende que esta parábola se refere ao povo judeu. Já a outra sugere que o ensino desta parábola abrange a totalidade dos cristãos. Claro que esta parábola foi dirigida primeiramente aos discípulos de Jesus; e provavelmente eles conseguiram estabelecer paralelos claros entre o significado da parábola e as características históricas do ambiente em que viviam. Porém, obviamente o significado da Parábola dos Talentos não ficou limitado aos discípulos, mas alcança a todos os cristãos de todas as épocas. Seja qual for a interpretação, nenhuma delas pode ignorar que o grande significado da Parábola dos Talentos enfatiza o princípio de que cada um recebe dons e oportunidades. O servo fiel é aquele que, independentemente da quantidade de talentos recebida, age com responsabilidade e diligência. O servo fiel valoriza os bens do seu Senhor. Essa parábola é como uma recomendação contra a negligência das pessoas. Se nós desejamos que haja progresso em nossas vidas, e que tenhamos a possibilidade de utilizar esse progresso em nosso benefício e em benefício do nosso semelhante, temos que deixar de lado a indolência e a preguiça, para agirmos com dinamismo e inteligência, não negligenciando na hora de perdoar; não negligenciando na hora de compreender as necessidades do próximo; não negligenciando em reconhecer as palavras de Jesus. Ninguém nasce brilhante. Todos nós fomos criados simples e ignorantes. E é aos poucos que nós vamos acumulando conhecimento, de experiência em experiência, até sabermos discernir uma coisa da outra, para traçarmos o nosso caminho. Utilizemos, portanto, nossos talentos, para a construção de um mundo melhor.

Muita Paz!

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