INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 6 de novembro de 2022

 


O Progresso espiritual – Episódio um

Um dos temas mais complexos sobre a evolução do espírito é a questão da individualização do princípio espiritual, que se traduz na possibilidade deste princípio, por si só (sem o auxílio de outros princípios espirituais), gerir um corpo físico através da reencarnação.  Registre-se que os princípios espirituais são os “espíritos” em seus estágios primitivos, iniciais, abrangendo o processo evolutivo nos denominados reinos inferiores da criação (mineral, vegetal e animal). Dessa forma, Deus, que não cessa de trabalhar, cria incessantemente os princípios espirituais, que iniciam seus processos evolutivos no reino mineral, submetidos à lei de atração e coesão, que lhes auxiliará na formação energética inicial; na sequência, dão continuidade ao processo de evolução no reino dos seres vivos, começando pelos vírus, bactérias etc., até ingressarem no reino vegetal, onde desenvolverão as sensações e algumas funções básicas da vida (respiração, alimentação, sexualidade rudimentar etc.); quando estiverem habilitados, adentrarão o reino animal, onde estarão em contato com o instinto, que será a base da inteligência. Espiritismo e evolução. Aristóteles (384-322 a.C.) classificava os animais em duas categorias: inferiores e superiores. Os animais superiores (aves, peixes, mamíferos) nascem de seus semelhantes, os inferiores (insetos, crustáceos, moluscos) surgem por geração espontânea. Mosquitos e sapos brotariam nos pântanos. De matérias em putrefação apareceriam as larvas. Na Idade Média, a Bíblia era misturada a teorias fantasiosas que diziam que da carcaça de um cavalo morto nasciam vespas, de uma mula geravam vespões e os ratos nasciam do queijo. Havia uma receita que dizia: Tome um vitelo. Mate o animal e enterre-o, deixando somente os chifres fora da terra. Deixo-o assim durante um mês. Serre depois os chifres e sairão centenas de abelhas. O naturalista inglês, Rose, anunciava eruditamente: “Duvidar que as vespas e abelhas nascem do estrume das vacas, é duvidar da experiência, da razão e do bom-senso. Mesmo animais complicados, como ratos, não precisam de pai e mãe. Se alguém tiver dúvidas, vá ao Egito, e lá verá as quantidades de camundongos que infestam os campos – nascidos da lama do rio Nilo – para grande calamidade dos habitantes!” Em 1668, o italiano Francesco Redi com dois frascos de vidro, um pedaço de gaze e alguns pedaços de carne provou o engano da teoria da geração espontânea, mas, infelizmente foi esquecido. Na questão 46 de “O Livro dos Espíritos” a chamada geração espontânea é explicada com a existência do gérmen primitivo que, em estado latente, espera o momento próprio para desabrochar, o que convenhamos, reforça as experiências científicas realizadas pelo embriologista alemão Caspar Friedrich Wolff em 1759, que mostrou que embriões em ovos de galinha não havia nenhuma estrutura pré-formada, mas sim, massa de matéria viva, o que foi um golpe fatal na teoria da pré-formação, que dizia que a anatomia estava pré-formada dentro do óvulo (ou do espermatozoide). Diziam alguns teólogos da douta Igreja que no ovário de Eva havia 200.000.000 gerações pré-formadas para posteridade. Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem nada saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de fazê-los chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade para aproximá-los de si. (LE 115). Através de inúmeras reencarnações nos mais variados orbes do Universo, os Espíritos caminham para a própria perfeição. Há duas espécies de progresso; o intelectual e o moral. Percebemos o progresso físico, no meio em que vivemos, e o progresso espiritual, no íntimo de cada um. À medida que a criatura vai adquirindo conhecimento, necessita usar todos os seus recursos na realização do Bem e na construção de um futuro melhor.  Para essa evolução, é preciso abraçar o serviço de renovação interior, nos alicerces da disciplina, empreendendo assim sua evolução consciente. Pela evolução externa o homem domina o ambiente que o cerca, mas é pela evolução interna que adquire as virtudes, tais como a bondade, a paciência, a humildade, a tolerância, a sinceridade, a honestidade, etc., sem as quais não encontraríamos os caminhos de paz e entendimento que nos garantem a alegria e nos ajudam na ascensão espiritual.  A volta do Espírito ao mundo corpóreo, ou seja, a reencarnação é conhecida desde tempos remotos. Os Hindus, os Egípcios e os Gregos sabiam que a alma poderia voltar à Terra, usando um novo corpo. Esses povos acreditavam que, por efeito de determinada punição, essa volta à vida física poderia dar-se até num corpo animal. Também os Judeus sabiam da volta do Espírito ao mundo corpóreo, mas não há referências que pudesse esse retorno dar-se num corpo que não fosse humano. A reencarnação, para eles, ocorria em algumas situações um tanto especiais: ou para concluir o que não tivessem conseguido terminar numa vida, ou para serem punidos, face a males praticados. Coube ao Espiritismo trazer o conhecimento da reencarnação ao mundo ocidental, e o fez dando uma visão muito mais ampla e profunda, demonstrando que todos os Espíritos reencarnam, não apenas para a solução de equívocos de uma vida passada, ou para o cumprimento de determinada missão, mas pela necessidade inerente a toda a Criação: o imperativo do progresso, da evolução. Em verdade, ainda que não houvesse nenhuma afirmação a respeito da pluralidade das existências, ela seria depreendida como necessidade absoluta, face à amplitude do programa de aperfeiçoamento da alma apresentado por Jesus, através do Evangelho. De quantos milênios vamos necessitar para pormos em prática, integralmente, um ensinamento como esse: Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos perseguem e caluniam? De quantos milênios vamos necessitar, Espíritos ainda vacilantes entre o bem e o mal, que não sabemos amar plenamente nem os amigos? A respeito do assunto, Kardec inquire os Espíritos: Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se? A reencarnação – opondo-se frontalmente à salvação gratuita pela fé – dignifica o Espírito imortal, que vai galgando os degraus do aperfeiçoamento, ao longo dos milênios sucessivos, crescendo em sentimento e intelectualidade, num trabalhoso processo de exteriorização da herança Divina, concedida igualmente a todos os Espíritos. No nascedouro, todos são absolutamente iguais. As diferenças individuais, portanto, não decorrem de capricho Divino, mas sim do empenho de cada Espírito, no sentido de promover o seu próprio progresso. Nesse caminhar, vai recebendo, por justiça, os frutos de todo o bem semeado e, em função dessa mesma justiça, é compelido a reparar os males praticados, mas não em igual medida, graças à misericórdia Divina que, invariavelmente, defere amparo ao Espírito faltoso, ajudando-o a remover de sua consciência o peso da culpa. Aquilo que algumas religiões veem como castigo, o Espiritismo ensina-nos a ver como a simples consequência de equívocos do passado. Em O Livro dos Espíritos, na questão 132, Allan Kardec pergunta: “Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?”. A resposta, pronta e objetiva: “Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição...”, a qual corresponde ao estado dos Espíritos puros, passível de ser alcançado por todas as criaturas que trilham vitoriosas os caminhos das provas e expiações na dimensão da matéria, adquirindo o progresso moral e intelectual. É ressaltada a importância de todos os seres espirituais passarem por todas as vicissitudes da existência física, enquanto no item seguinte, questão 133, os instrutores do além corroboram que “todos os Espíritos são criados simples e ignorantes e se instruem nas lutas e tribulações da vida corporal”.  Reencarnar é, como o nome diz, voltar à dimensão física – A repelente tese é reforçada com a informação malsinada de que, além de ser compulsória a encarnação para todos os Espíritos que não conseguiram evoluir na dimensão extrafísica, A vida do Espírito, considerada do ponto de vista do progresso, apresenta três períodos principais, a saber: 1º - O período material: Onde a influência da matéria domina a do Espírito; é o estado dos homens dados às paixões brutais e carnais, à sensualidade; cujas aspirações são exclusivamente terrestres, que são apegados aos bens temporais, ou refratários às ideias espiritualistas. 2º - O período de equilíbrio: Aquele em que as influências da matéria e do Espírito se exercem simultaneamente; onde o homem, embora submetido às necessidades materiais, pressente e compreende o estado espiritual; onde ele trabalha para sair do estado corpóreo. Nesses dois períodos o Espírito está submetido à reencarnação, que se cumpre nos mundos inferiores e medianos. 3º - O período espiritual: Aquele em que o Espírito, tendo dominado completamente a matéria, não tem mais necessidade da encarnação nem do trabalho material, seu trabalho é todo espiritual; é o estado dos Espíritos nos mundos superiores. A facilidade com a qual certas pessoas aceitam as ideias espíritas, das quais parecem ter a intuição, indica que pertencem ao segundo período; mas entre estas e as outras há uma multidão de graus que o Espírito atravessa tanto mais rapidamente quanto mais próximo estiver do período espiritual; é assim que, de um mundo material como a Terra, ele pode ir habitar um mundo superior. A escola espírita tem a evolução espiritual não somente como provada, mas também como necessidade lógica. O princípio espiritual, criado por Deus, desenvolve-se ao longo do tempo, aprimorando-se paulatinamente. Por isso são desiguais as idades dos espíritos e o curso da evolução (pelo respeito ao livre-arbítrio quando surge), há homens em todos os níveis de adiantamento, desde o selvagem até Einstein e Gandhi. (Continua no próximo episódio)

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