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O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 11 de dezembro de 2022

 


Espíritas! Amai-vos e instrui-vos!

Com base no livro O Evangelho segundo o Espiritismo - Capítulo VI - O Cristo consolador - Instruções dos Espíritos - Advento do Espírito de Verdade, item 5. Vamos fazer um estudo sobre esse texto, com o objetivo de refletir sobre a frase “amai-vos e instrui-vos”, no sentido de entender porque ela é constantemente repetida no meio espírita. Para tanto, discutiremos sobre o amor, a instrução e a relação entre esses dois termos e qual o seu alcance? No quinto parágrafo dessas instruções, há os seguintes dizeres: “Espíritas! amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instruí-vos, eis o segundo. Todas as verdades se encontram no Cristianismo; os erros que nele se enraizaram são de origem humana, e eis que, além do túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: Irmãos! nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade"  Sócrates, com a sua maiêutica (método socrático: que induz o interlocutor a descobrir suas próprias verdades), foi o primeiro ser humano a nos dar uma imagem desse tipo de amor. Por desobedecer aos deuses gregos e querer abrir a mente dos jovens, foi obrigado a beber cicuta. Mesmo assim, não arredou pé de suas convicções na busca do bem comum. Valia-se da persuasão e da razão para conseguir alguma coisa. Ghandi, na mesma linha de raciocínio, afrontou o poderio britânico sem usar nenhuma arma. Martir Luter King, outro herói do apelo à não-violência, seguindo os ditames da razão, queria conseguir as coisas com as suas ideias de justiça e de liberdade, em que todos deveriam ser beneficiados com a política do estado e não o estado espoliar as pessoas mais pobres. Antes de realizar essa difícil tarefa, necessário se faz definir o objetivo. O objetivo da instrução é divulgar os princípios doutrinários do Espiritismo, para que mais pessoas possam entrar em contato com esses ensinamentos de libertação de consciência. Sem isso, podemos simplesmente divulgar histórias e opiniões pessoais, sem a formação real de adeptos conscientes, aptos a caminharem com Jesus, apesar das dificuldades e ciladas postas em seus caminhos.  Para que possamos instruir com perfeição, devemos nos debruçar sobre as obras básicas do Espiritismo, que estão consubstanciadas em: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese. Sem o pleno conhecimento desse conteúdo doutrinal, todo o nosso esforço de divulgação do Espiritismo cai por terra, pois estaremos nos assemelhando aos falsos profetas, mais preocupados com a forma do que com a essência dos ensinamentos de Cristo.  Allan Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, ensina-nos que o amor resume inteiramente a doutrina de Jesus. Diz-nos que "no início o homem não tem senão instintos; mais elevado e corrompido, só tem sensações; mais instruído e purificado tem sentimentos; e o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu foco ardente todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas". Espíritas! Amai-vos e instruí-vos! Isto é, tenham caridade para com o próximo, tratando-o como irmão mais necessitado. Podemos colocar a nossa Doutrina na sagrada bitola destas duas dinâmicas: Amor e Instrução. O primeiro ensinamento é ponto pacífico e básico de todo cristão, e que independente de definição, em estrita ligação com o também estabelecido: “Fora da caridade não há salvação”. Em seguida, o Espírito de Verdade comenta que aquilo que Jesus ensinou é a verdade, mas que os homens deturparam tais conceitos, tendo como resultado o que vimos ao longo de nossa própria história; ou seja, devido à falta de amor e de estudo, o cristão adulterou o Cristianismo, causando imensos prejuízos à Humanidade. Como se pode ver, o trecho acima reproduzido contém duas instruções de grandíssima importância: os espíritas devem se amar e se instruir. Nada obstante a recomendação tenha sido dirigida aos espíritas de modo específico, por estar contida em uma das obras basilares da veneranda Doutrina, aplica-se a todas as pessoas, sem nenhuma dúvida e a toda evidência. Com efeito, já sabemos firmemente que o amor é a lei maior da vida, uma vez que o ensino máximo de Jesus foi lançado na célebre, milenar e sintética sentença: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, sabendo-se que quem ama ao próximo como a si mesmo estará, exatamente por esse motivo, amando a Deus sobre todas as coisas. Amar ao próximo como a si mesmo é, em outras palavras, fazer a ele o que gostaríamos que ele nos fizesse. Com esta sentença, Jesus, o Cristo, Modelo e Guia da Humanidade, nosso Mestre, irmão e amigo de todas as horas, resumiu toda a lei e os profetas. A base do amor doação encontra-se em Jesus Cristo, que veio da esfera crística para nos dar o exemplo de como amar corretamente. Obedeceu a Deus, a José (seu pai terrestre) e deixou-se batizar por João Batista. Santo Agostinho também deu seu contributo para a compreensão do amor incondicional: "Ama, e faze o que queres". Se calas, cala por amor; se falas, fala por amor; se corriges, corrige por amor; se perdoas, perdoa por amor. O amor deve estar no centro de todas as nossas ações. O que isso quer dizer? Que quando nos relacionarmos com o nosso próximo, devemos fazê-lo dentro de um clima de respeito e de auxílio mútuo, cooperando com tudo o que nos rodeia. Sabemos, também, que o amor é a força de Deus que equilibra o Universo e os seres. O amor é fruto da nossa conquista espiritual. O Espírito evolui, hoje, em nossos dias, ninguém mais contesta a lei da evolução. Nos primeiros degraus da nossa longa jornada, o amor manifesta-se bruxuleante, como um pequenino ponto de luz. Depois, essa luz vai aumentando e quanto mais crescemos moralmente, o amor resplandece inundando a nossa Alma. “O Amor é o laço de luz eterna que une todos os mundos e todos os Seres da imensidade; sem ele, a própria criação infinita não tem razão de ser, porque Deus é a sua expressão suprema”. Amor e Instrução, duas asas magníficas que nos ajudarão a nos elevarmos dos pântanos poluídos, deste plano de provas, para alcançarmos esferas mais diáfanas, para a perfeição infinita. Instrução é o ato ou o efeito de instruir. E instruir é adquirir conhecimento. E só adquirimos conhecimentos através de nossos estudos e, acima de tudo, através das boas leituras dos bons livros. Através do amor, valorizamo-nos para a vida; através da instrução (sabedoria), somos, pela vida valorizados, daí o imperativo de marcharem juntas, para conduzirem o homem às esferas superiores da vida. A instrução é de enorme importância. Em geral, começamos pela leitura, passamos ao estudo em busca do aprendizado [a melhor maneira de aprender é a da repetição], do conhecimento e de sua consolidação, da reflexão e de sua aplicação prática. Sim, também é importante amarmos para nos unir no sentimento que funde os corações, e nos instruir para que conheçamos a verdade, e conhecendo a verdade nos unamos ainda mais no amor que instrumentaliza o conhecimento, e afasta o orgulho e o egoísmo. A instrução dissipa o erro e nos mostra objetivo da provação humana.  Como é público e notório, os ensinamentos do Rabi da Galileia permanecem absolutamente atuais, sem sofrer qualquer modificação, a despeito de muitos séculos decorridos. E, que não se perca de vista, a própria História foi dividida entre Antes e Depois de Cristo. Por isso, independentemente de crença, cor, raça, condição social, no dia em que os seres humanos tiverem mais amor na mente e no coração a vida no planeta Terra será melhor, muito melhor. Um ótimo começo será cada um procurar fazer a sua parte do melhor modo possível, com zelo, com dedicação, com qualidade, com respeito e, naturalmente, com amor. O estudo é a fonte perene da nossa emancipação moral e espiritual. Pelo estudo, abrimos os nossos olhos e aprendemos a separar o joio do trigo. A boa leitura liberta-nos das preocupações vulgares e nos faz esquecer das atribulações da vida. “O livro edificante é o templo do Espírito, onde os Grandes Instrutores do Passado se comunicam com os aprendizes do presente, para que se façam os mestres do futuro”. Portanto, é preciso não somente ler, mas apreender realmente o conteúdo da leitura. Isso demanda tempo, paciência, horas de dedicação. O verdadeiro espírita tem a obrigação de ter o mínimo de conhecimento da Doutrina Espírita. Por outro lado, o espírita, verdadeiro privilegiado pela obtenção de tantos conhecimentos, não deve guardá-los somente para si, mas levá-los até o semelhante. E deve colocar em prática esses ensinamentos, cujo teor moral nos conduz ao exercício da caridade e do amor ao próximo. "A fé sem obras, é igual às obras sem fé", ou "a fé sem obras é morta"; ou, como advertiu Paulo, se falarmos as línguas dos homens e dos anjos, se tivermos o dom da profecia, se tivermos toda a fé e não tivermos caridade, seremos como o metal que soa e o sino que tine.

Conclusão:

A Doutrina Espírita propõe dois mandamentos: amai-vos e instruí-vos. A Doutrina não é doutrina de um livro só. Ela aconselha como Paulo: ler tudo e reter o bem. Em nenhum momento o Espiritismo nos proíbe de ler os livros das outras religiões, até para que saibamos como os nossos irmãos pensam em outros contextos de fé. Mas a proposta central do Espiritismo é a vivência do bem. E a caridade é o amor dinâmico. No Espiritismo sabemos dizer sim e sabemos dizer não. Fica claro, então, que estudar o Espiritismo na sua limpidez cristalina é dever que não nos é lícito postergar, seja qual for a justificativa. A educação encontra na doutrina as respostas precisas para melhor compreensão do educando e maior eficiência do educador no labor produtivo de ensinar a viver, oferecendo os instrumentos do conhecimento e da serenidade, da cultura e da experiência aos que estão começando no sublime caminho redentor. Meditemos mais, pois, nesta exortação: Espíritas! Amai-vos e instruí-vos! Num primeiro momento, nos é pedido que nos amemos. Podemos concluir, portanto, que precisamos aprender a nos suportar uns aos outros, nos compreender, e, acima de tudo, nos ajudar mutuamente, com verdadeiro espírito fraternal. Parece-nos que, embora ainda não tenhamos conseguido colocar em prática esta parte da proposta em toda a sua pujança, já compreendemos a sua necessidade e temos nos esforçado neste sentido. Entretanto, quando analisamos a prática da segunda parte, proposta na mesma frase, percebemos que nem sempre existe uma consciência sobre tal necessidade. Com o amor e a instrução alcançamos o avanço moral e adiantamento intelectual, ambos são imprescindíveis ao nosso progresso, sendo importante, contudo, ponderar a superioridade do primeiro sobre o segundo, porquanto o aspecto intelectual sem a moral pode oferecer numerosa perspectiva de queda, na repetição das experiências, enquanto que o avanço moral jamais será excessivo, representando o núcleo mais importante das energias evolutivas. Amar, sim, amar incondicionalmente; instruir, sim, e sempre, ou, fundamentalmente amar e em seguida instruir, aprender! Conforme proclama a Lei; é um princípio Divino; é uma regra universal! Logicamente, se assim aprendemos como teoria, assim também deverá ser feito no exercício do bem maior. Senão, estaremos propagando ilusões e isso não é Cristianismo e muito menos Espiritismo. O verdadeiro discípulo do Evangelho deve instruir amorosamente os seus adeptos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas. Essas instruções permitem-nos aceitar de forma resignada as circunstâncias adversas, entendendo-as como necessárias ao nosso progresso moral e espiritual. Como espírita que somos, procuremos dedicar toda a nossa atenção aos ensinamentos da Doutrina Espírita, com a intenção de externar nossa própria interpretação sobre os diversos temas abordados por ela, perfeitamente fundamentados nos conceitos contidos na codificação de Kardec, visto que, encontramos vários assuntos, que são comentados por muitos dos nossos confrades de maneira a nos deixar, perplexos, sem compreender o que dizem, pois, por mais que pesquisemos, não conseguimos encontrar respaldo na codificação elaborada pelos imortais da vida maior e tão bem explicitada no Pentateuco espírita, para justificar tais interpretações. Muito embora a conhecida, e extremamente citada, mensagem do Espírito de Verdade, “Espíritas, amai-vos! Espíritas, instruí-vos!”, percebemos que a busca pelo estudo ainda é pequena diante do enorme conteúdo que precisa ser devidamente compreendido e assimilado. Note-se especialmente a posição dos verbos nessa mensagem: Amar e Instruir. Amar significa doação incondicional ao nosso próximo, podendo estar ele em todos os ambientes que frequentamos. Em casa, no trabalho, e em nossas atividades corriqueiras do dia a dia, onde encontramos irmãos a nos pedir atenção, respeito e consideração. O segundo verbo - instruir - indica a necessidade de desenvolvimento do Espírito através do conhecimento, também responsável pela nossa ascensão na escala evolutiva. Parece clara, assim, a necessidade de aumentarmos os níveis de instrução, de estudo, de reflexão, de conhecimento, de modo continuado e permanente. Ler, estudar, refletir, aprender, aplicar. Hábitos que todos podemos e devemos cultivar sempre, visto que, como bem o sabemos, somos imortais e indestrutíveis, isto é, viveremos para sempre, ora no corpo físico ora fora dele, daí a grandíssima importância da instrução e do amor. O amor e a sabedoria são as duas asas do Espírito. O ideal seria que marchassem juntas. Porém, a evolução do homem se faz de maneira muito lenta. Por isso, o progresso científico e o progresso intelectual do homem estão sempre à frente e o progresso moral, bem atrás. Amando e estudando conseguiremos nos autoavaliar, averiguando quem somos, donde viemos e para onde iremos após a desencarnação, a fim de nos convencer do valor da nossa própria personalidade e à nossa própria elevação nos dediquemos. E o meio prático mais eficaz que temos de nos melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal, há milênios um sábio da antiguidade nos ensinou: “Conhece-te a ti mesmo”. Se não realizarmos um mergulho em nosso mundo íntimo, para superar as paixões, harmonizar com os adversários, perder-nos-emos no tumulto externo que nos cerca. O Evangelho nos fala do amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Este autoamor é essencial para compreendermos a família, para termos paciência. Para não impor, tão-somente expor; instruir pelo exemplo e compreender que não poucas vezes a família é um desafio no mapa da reencarnação. Estamos diante de uma proposta que devemos dignificar pelo exemplo. A serenidade somente nos virá quando conseguirmos um autoconhecimento. Está no Evangelho: de que nos adianta saber muito, conquistar todo o mundo e arruinar a alma? A nossa inquietação de modificar os outros, fazer os outros “felizes”, sem estar feliz, é ficção, é inútil. É bom que reflitamos melhor no Ensinamento “AMAI-VOS e INSTRUÍ-VOS”, a fim de que ambos sejam usados com homogeneidade, por todos nós, na hora certa e no lugar certo, pois, só assim, viveremos em paz com Deus, com o nosso próximo e com a nossa própria consciência! Amar, sim, na hora de amar; instruir, sim, na hora de instruir, ou, primeiro amar e depois instruir! Tal é a Lei; é um princípio Divino; é uma regra geral! Evidente, se assim aprendemos como teoria, assim também deverá ser feito na prática. Ao contrário, é um engodo, é pura demagogia; não é também cristianismo, é falso Espiritismo. Reforçando o que já foi dito, a evolução é feita por duas asas, a primeira e mais importante, sem a menor dúvida, é a asa da moralidade, baseando-se no Amor maior, e essa é a mais difícil de conquistar, pois é o motivo maior de nossas existências vencer os sentimentos negativos, sair do círculo vicioso e ir para um círculo virtuoso em nossas vidas. A segunda é o conhecimento de si e do meio em que vivemos. Esse exige de nós vontade, persistência, muito suor para aprender. O importante é que o conhecimento sem o Amor se torna algo frio e não é isso que o Espírito de Verdade está nos ensinando no texto do Evangelho. Podemos alcançar o amor, no seu sentido mais amplo, podemos nos instruir, através das nossas lutas íntimas, através do nosso trabalho na Seara do Bem e através da nossa boa vontade. Lembremo-nos sempre, que temos na obra viga mestra, verdadeiro tratado filosófico que recebeu o nome de O Livro dos Espíritos, uma programação, um planejamento da Espiritualidade Superior. Jesus desejou que recebêssemos tais informações e estas nos chegaram, límpidas, claras, objetivas e lógicas. Como estamos cuidando desses dois verbos (amar e instruir) em nossas atividades? Será que se está dando a devida atenção aos mesmos?

Muita Paz!

A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz.

Leia Kardec! Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!

O amanhã é sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!

 

 

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