INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 18 de dezembro de 2022

 


Interpretando a oração Pai Nosso

A oração é uma peça fundamental na vida de qualquer cristão. Orar é falar com Deus, e a comunicação é essencial para que exista intimidade com o Criador. O "Pai Nosso" é a oração mais conhecida do Cristianismo. Encontramos duas versões dela no Novo Testamento. Uma no Evangelho de Mateus (6:9-15) e a outra no Evangelho de Lucas (11:2-4). O interessante é que o Novo Testamento relata Jesus e seus discípulos orando em várias ocasiões; mas nunca os descreve usando essa oração, é incerto o quão importante ela foi originalmente vista e considerada. O objetivo desse trabalho é despertar as criaturas para uma reflexão detalhada sobre cada um dos itens que compõem a Oração Dominical, ditada por Jesus. Diz Jesus, por Mateus: “E, quando orardes, não sereis como os hipócritas, porque gostam de orar em pé nas Sinagogas e nos cantos das Praças para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Tu, porém, quando orardes, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará”. O Pai Nosso nos ensina como devemos orar para Deus. Não é uma fórmula mágica, que precisamos repetir palavra por palavra para funcionar, mas é um guia para aprender a orar. Podemos usar os temas da oração do Pai Nosso para fazer nossas próprias orações: é como uma orientação sobre como orar em vez de aprender algo ou repetir por hábito. Com isso, Jesus nos mostra que a oração é uma conversa íntima com Deus, que é nosso Pai. Este é o melhor modelo de oração que podemos encontrar, pois encontramos elementos fundamentais do cristianismo. Nesta oração encontramos verdades valiosíssimas que observadas seriamente é capaz de nos garantir uma comunhão melhor com Deus. Com certeza este estudo nos ajudará a refletir mais uma vez as lições do mestre, nas quais sua vida será ainda mais enriquecida espiritualmente. O Pai Nosso possui muito em poucas palavras, e requer que estejamos familiarizados com o seu sentido e significado, pois é usada de forma aceitável, como também com entendimento e sem vãs repetições. Em seu contexto, as pessoas estavam acostumadas a chamar Deus de Senhor, Rei, Santo, Justo, Eterno, Soberano. Mas Pai? Com certeza não! Jesus então aproxima, Pai Nosso. E esta foi a principal acusação a Jesus, falta de respeito à Divindade. Chamar Deus de pai. Há uma grande riqueza de princípios espirituais escondidos por trás de cada uma de suas belas palavras. Cada uma delas foi estrategicamente pensada pelo Mestre Jesus para que nós pudéssemos orar a Deus e sermos ouvidos. Essa oração aponta para duas direções: celeste e terrena. Isso pode ser notado na sequência dos pronomes “nosso” e “teu” mostrando os limites do que é nosso por herança e o que é de Deus. Jesus parece utilizar uma forma poética chamada paralelismo muito comum na literatura do Antigo Testamento, onde um verso completa o outro dando sequência ao pensamento anterior. Mas há algumas verdades que precisamos saber sobre ela. É bom conhecer a oração do Pai Nosso, mas não devemos usá-la como uma fórmula mágica. Repetir muito o Pai Nosso sem entender seu significado não vai ajudar. Jesus disse: “E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos”. Devemos dizer o Pai Nosso com convicção. E a partir desse ponto, devemos seguir nossas palavras com confiança. Não estamos conversando com um estranho, alguém que não se interesse por nós. Estamos conversando com o nosso Pai, que é amor e consolação. A oração agradável a Deus é aquela que é feita com fé, humildade e perseverança. A Oração dominical não é somente uma prece, mas também um símbolo. De todas as preces, é a que os Espíritos colocam em primeiro lugar no Evangelho Segundo o Espiritismo, em seu capítulo XXVIII. Seja porque procede do próprio Jesus, seja porque pode suprir a todas. Essa oração mostra que orar é mais do que pedir algo. É estar em constante comunhão com Deus.

Ela não faz Deus baixar até nós, mas eleva-nos a Ele. O Pai Nosso em algumas igrejas é usado como uma oração introdutória. Vamos fazer uma Análise da Oração dominical, item por item, e respectivos desdobramentos. Jesus começa a oração promovendo uma revolução no nosso relacionamento com Deus. Essa oração pode ser dividida em duas partes. A primeira traz três sentenças que de forma geral dizem respeito a Deus. São elas: santificado seja o teu nome; venha a nós o teu reino; seja feita a tua vontade. Já a segunda, traz três petições que estão ligadas às nossas necessidades, tanto terrenas quanto espirituais: provisão, perdão e proteção. Esta oração nos ensina a priorizar o Reino de Deus e sua Justiça, na esperança de que todas as outras coisas sejam acrescentadas.

Oração do Pai Nosso (Explicação detalhada):

Esse pedido dos apóstolos para que o Mestre os ensinasse a orar (Lucas 11:1-2), provavelmente surgiu da percepção de que Cristo orava continuamente. A vida de Jesus e seu messianato são marcados pela oração. Quando Jesus começou a prece dominical iniciou a rogativa, dizendo assim:

PAI NOSSO: A palavra pai refere-se a Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas que, acima de tudo é nosso Pai carinhoso, e que nos abençoa porque nos ama. Agora, se em minha vida não me comporto como filho de Deus, não reconhecendo as Suas obras, desde um ramo de erva minúscula e o pequenino inseto até os astros que se movem no espaço, e fechando meu coração ao amor, será inútil dizer PAI NOSSO.

QUE ESTAIS NOS CÉUS: A palavra Céu não corresponde a um lugar, mas designa a presença de Deus, significando o Universo, os diversos mundos habitados. Encerra uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão; um pedido das coisas necessárias à vida e o princípio da caridade. Agora, se meus valores são representados pelos bens da Terra, será inútil dizer QUE ESTAIS NOS CÉUS.

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME: Santificar o nome de Deus significa coloca-lo acima de tudo. Esta frase mostra que devemos crer em Deus, porque tudo revela o Seu poder e Sua bondade. Santificar o nome do Pai é estabelecer, por meio da fé, em nosso coração, o que Deus é para nós. Significa sustentar a fé no meio das contrariedades da vida, quando tudo pretende negar o Criador.

A harmonia do Universo testemunha essa sabedoria. Por isso, todos deveriam reverenciar o seu nome em quaisquer circunstâncias. Agora, se penso apenas em ser cristão por medo, superstição ou comodismo, será inútil dizer SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME.

VENHA A NÓS O VOSSO REINO: Aqui, Jesus usou a palavra reino porque, naquela época, a maioria dos povos só conhecia organizações do tipo “reinado” (um rei e seus súditos). Deus, por intermédio de Jesus, apresentou-nos leis cheias de sabedoria e que fariam a nossa felicidade se as observássemos. Obedecendo a essas leis, faríamos reinar entre nós a paz e a justiça. Nesta parte da oração Jesus nos ensina que precisamos praticar as leis de Deus (Seus mandamentos) para sermos cidadãos do seu reinado.

Agora, se acho tão sedutora a vida aqui na Terra, cheia de supérfluos e futilidades, será inútil dizer VENHA A NÓS O VOSSO REINO.

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE: Nesta parte Jesus deixa claro que mesmo nos tornando cidadãos do reino de Deus, temos que nos adaptar aos critérios de Deus e nos conformar com o que Ele nos permitir. Só assim seremos, de fato, bem-aventurados (bem-sucedidos) em tudo o que fizermos. Sabemos que a submissão é um dever do inferior para com o superior. Não haveria uma razão ainda maior de nossa submissão com relação àquele que nos criou? A atitude fundamental da prece deve ser de obediência, de adesão à vontade de Deus. E não enganá-la, orando às avessas, ou seja, fazendo pedidos de ordem inferior.

Agora, se no fundo o que eu quero mesmo é que todos os meus desejos se realizem, será inútil dizer SEJA FEITA A VOSSA VONTADE.

O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE: Este texto mostra a nossa dependência de Deus em suprir o alimento diário; aqui somos encorajados a pedir a Deus pelas coisas que precisamos para sustentar também a nossa carne. Nesta parte Jesus ensina que não adianta pedir a mais com o intuito de estocar, Deus só concede o que necessitamos, cada um recebe sua porção exata! O amanhã é outro dia!

O povo de Israel teve que aprender a dependência em Deus e confiar Nele para seu sustento no deserto por quarenta anos (o Maná – o pão de cada dia!)

É a solicitação do alimento material para a manutenção das forças do corpo; do alimento espiritual para o desenvolvimento do nosso espírito, uma vez que a lei do trabalho é a condição do homem na Terra; dai-nos a coragem e a força para cumpri-la. Agora, se prefiro acumular riquezas materiais, ignorando meus irmãos carentes de alimento material e espiritual, será inútil dizer O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE.

PERDOAI NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO PERDOAMOS ÀQUELES QUE NOS TÊM OFENDIDO: Nesta parte da oração do Pai Nosso Jesus entra num ponto muito importante das relações humanas, ou seja, “ofensor e ofendido”. Nos lembra de confessar nossas faltas a Deus e nos desviarmos delas.

Nesta parte fica evidente que, se estamos em débito com Deus, precisamos pedir o perdão destas dívidas (destas ofensas) para que, estando sem débitos, Deus nos conceda aquilo que desejamos. Note, entretanto, que existe uma pré-condição para que Deus nos perdoe e consequentemente nos atenda. A pré-condição é sermos capazes de perdoar os que estão em débito conosco também (aos que tenham nos ofendido), de modo a alcançarmos o perdão de Deus e recebermos aquilo que desejamos. Quem perdoa conhece Jesus e lembra-se que Deus também já nos perdoou. Cada infração às Leis Divinas é uma dívida contraída que, cedo ou tarde, precisamos pagar. Quando solicitamos o perdão, é com a promessa de não contrair novas dívidas.

Agora, se não me importo em ferir, violar os direitos, oprimir e magoar aos que atravessam o meu caminho, será inútil dizer PERDOAI NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO PERDOAMOS ÀQUELES QUE NOS TÊM OFENDIDO.

NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO: Aqui, Jesus comenta que o mal e as tentações existem de verdade. A melhor maneira de nos proteger é seguir os ensinamentos de Deus pedindo a Ele frequentemente que nos proteja e nos salve do “predador” da humanidade. Somos tentados o tempo todo e ninguém que seja humano está isento de tentação. Cada imperfeição nossa é uma porta aberta à influência de espíritos menos felizes. Por isso, pedimos força para resistir às sugestões desses espíritos de nos desviar do caminho do bem.

Agora, se escolho sempre o caminho mais fácil, mais tentador, que nem sempre é o caminho certo, o caminho que nos leva a Jesus, será inútil dizer NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO.

LIVRAI-NOS DO MAL: é o ato de rogar forças para eliminar de nós mesmos as imperfeições, os pensamentos levianos, que atraem para junto de nós os maus espíritos, nos desviando do caminho do bem. Agora, se por minha vontade procuro os prazeres materiais, e tudo o que é proibido me seduz, me fazendo caminhar em direção à “Porta Larga”, da qual o Cristo falou, será inútil dizer LIVRAI-NOS DO MAL.

QUE ASSIM SEJA: é a nossa resignação diante da sabedoria divina. Aceitando que seja feito segundo a vontade do Pai e não segundo a nossa.

Porque Ele sabe melhor do que nós o que nos é útil. Agora, se sempre espero que os meus desejos sejam cumpridos, nada faço para aceitar as coisas que não me é dado compreender, e nada faço para me modificar, será inútil dizer QUE ASSIM SEJA. Assim termina a oração, reafirmando e reconhecendo a grandeza, o poder de Deus.

REFLEXÃO:

As mãos abertas estão prontas para entregar e também para receber. É isso que fazemos na oração. Um ato de entrega a Deus e também de abertura para aceitar o que Ele tem para nós. A Oração do Pai Nosso abrange a totalidade das necessidades humanas tanto físicas como espirituais. Não existe nada que não possa ser conquistado em oração. Quando orar, receba o que Deus te deu, mas também entregue o que Ele merece. Oração não é somente pedir, porque Deus não é nosso servo para ter que fazer tudo que pedimos, mas nós é que devemos servir a Ele, nos dispondo para ser e receber o que tem nos dado. Ainda nos falta algo para compreender a atuação de Deus sobre nós. Contudo, conforme formos depurando o nosso Espírito do jugo da matéria, iremos também aumentando a nossa capacidade de conhecer os atributos da divindade. Outro detalhe é que quando Jesus ensinou a oração, Ele instituiu um modelo, um exemplo e não uma regra! A oração do Pai Nosso é um modelo de petição, não é para ficar sendo repetida (rezando) várias vezes de forma seguida. O modelo de oração do “Pai Nosso”, é como um formulário a ser preenchido com as nossas próprias palavras para nos relacionarmos com Deus. Ela nos ensina a como orar. Ela nos dá os “ingredientes” que devem fazer parte da oração. E em cada parte podemos orar intensamente. É importante notar também, que o Pai nosso é um ponto de partida. Não é difícil supor que as incessantes horas de oração de Jesus não eram baseadas apenas na repetição desta oração. Se observarmos apenas um desses momentos, como a oração de Jesus no Getsêmani, ele apresenta ao Pai uma petição diferente. Enquanto oramos, temos a oportunidade de dizer ao nosso Pai, tudo quanto Ele é. Isto gera em nós fé, confiança e, além disso, temos o privilégio de nos unir ao grande número de seres celestiais. A oração de Jesus mostra que orar é mais do que pedir algo. É estar em constante comunhão com Deus. A primeira petição refere-se ao nosso desejo de que Deus seja exaltado em nossas vidas e através dela. Deve haver em nós o anelo sincero de que outras pessoas o conheçam; conheçam a Sua complacência e sejam transformados por Sua bondade. Pois, à medida que o tempo passa a humanidade se torna cada vez mais egoísta, egocêntrica. Cada vez mais elas gostam deste mundo e das “coisas” dele. O ser humano está cada vez mais distante de seu Criador. Cada um de nós temos demandas e necessidades diferentes. Deus conhece cada uma delas. Portanto, se você tem muitas ou poucas necessidades diárias, o Criador cuida de todas elas, desde que sejam necessárias. Porém, há algo muito maior no Reino de Deus preparado para nós. É certo que há paz infinita, alegria eterna, não haverá mais dor, nem tristeza. Mas não é só isso, há muito mais, quando abrimos nosso coração em oração, num desejo sincero. Como seres humanos, somos falhos, pecadores. Trazemos o erro de milênios e com isso, a fragilidade das faltas. Jesus nos incentiva a demonstrar arrependimento de forma constante, diante de Deus. Assim, nossas palavras devem seguir este caminho: “Perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”. É uma via de mão dupla. Devemos pedir perdão a Deus todos os dias, e também devemos liberar perdão todos os dias para quem nos magoar. Não haverá perdão para nós, se não perdoarmos. Com essa prática, desenvolvemos parte do caráter de Deus: perdoador. Este deve ser um dos nossos objetivos. A vida é muito curta. Não há tempo para nutrir rancor, ódio, mágoa ou ressentimentos. Através da oração, devemos pedir que Deus gere em nós um coração perdoador. Como já vimos, somos frágeis. Isto é, a tentação encontra em nós grandes oportunidades. Pois bem, devemos reconhecer em oração, a nossa fragilidade e suplicar a força de Deus. Vimos neste estudo que a oração do pai nosso é um modelo ensinado por Jesus, para que apliquemos os princípios dela a nossa oração diária e assim sejamos agradáveis a Deus. Somos embaixadores de Jesus. Isso nos torna responsáveis pela expansão e conhecimento do Reino dos Céus. Precisamos orar pelas nações. Por seus problemas. Pela pobreza. Pelos governantes. Devemos pedir a Deus que tão logo, Seu Reino se manifeste entre nós. Pois bem, eu gostaria de “ouvir você”. Deixe seu comentário no meu Blog. Gostaria de acrescentar algo? Além disso, abençoe vidas! Compartilhe este estudo com o maior número possível de pessoas.

Muita Paz!

A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz.

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