INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 15 de janeiro de 2023

 


O objetivo deste estudo é buscar e manter o equilíbrio espiritual. Para tanto devemos fazer uso dos verbos no imperativo, que se traduzem por uma ordem na mudança de nossas atitudes e comportamentos. No Evangelho de Mateus (26:26-46), está escrito que Jesus, após a última ceia, e sabedor de que seu fim era próximo, dirigiu-se ao Getsêmani, jardim ou horto situado ao redor de Jerusalém e ao pé do monte das Oliveiras, levando consigo Pedro, Tiago e João.  Então o Mestre lhes revelou: “Ainda esta noite, todos vós me abandonareis. Pois assim está escrito: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão afugentadas’. Todavia, depois de ressuscitar, seguirei adiante de vós rumo à Galiléia”. Jesus  disse-lhes: “Assentai-vos por aqui, enquanto vou ali para orar”; e começando a entristecer-se ficou profundamente angustiado. Então compartilhou com eles dizendo:

“A minha alma está sofrendo dor extrema, uma tristeza mortal. Permanecei aqui e vigiai junto a mim”. Seguindo um pouco mais adiante, prostrou-se com o rosto em terra e orou: “Ó meu Pai, se possível for, passa de mim este cálice! Contudo, não seja como Eu desejo, mas sim como Tu queres”. Mas, ao retornar à presença dos seus discípulos os encontrou dormindo e questionou a Pedro: “E então? Não pudestes vigiar comigo durante uma só hora? Vigiai e orai, para não cairdes em tentação. O espírito, com certeza, está preparado, mas a carne é fraca”. Jesus, em sua despedida no Getsêmani, deixou-nos um ensinamento de tamanha importância que não poderia ficar impreciso na história da humanidade; teria que ser fixado e ensinado em todos os tempos: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”.

Vigiai e orai, porém, nessa ordem, vigiar, em primeiro lugar. Orar é importante para entrarmos em comunhão com os valores espirituais da existência recebendo os fluidos nutrientes de amor e luz, entretanto a vigilância é fundamental para o nosso equilíbrio. Essa é uma das maiores advertências que Jesus faz nos evangelhos: "Vigiai". Seremos tentados de todos os lados durante nossa caminhada cristã. Andaremos em um campo minado enquanto habitarmos neste corpo material. Inclinações da carne e os prazeres deste mundo nos bombardearão, esperando que tropecemos e cedamos aos seus desejos. Isso é fatal! Isso pode significar morte e a destruição de nossa comunhão com Deus, caindo em grave transgressão! Portanto, vigieis, estejais em estado contínuo de alerta. Ao dizer “vigiai e orai” naquele momento, Jesus estava literalmente dizendo:

“Mantenham-se alerta e continuem orando, para que não entrem em tentação”. Essa frase proferida por Jesus tem encoberta uma sabedoria extraordinária, ela não representa um simples preceito moral ou religioso, mas passa com a Doutrina Espírita a ser entendida como lei. Por que Jesus disse: vigiai e orai?

Jesus nos disse para vigiar e orar porque nossa carne é fraca e enfrentamos muitas tentações. Quando vigiamos e oramos, ficamos mais fortes para resistir à tentação. Aqui, o Rabi nos adverte ensinando os benefícios da prática do vigiar e orar; por isso, consolidemos praticando esta máxima no nosso dia a dia. Vigiar e orar sempre; esse ensinamento nos proporciona uma reflexão para mantermos a sintonia com os bons Espíritos, elevando os nossos pensamentos.

Vivemos num mundo de ondas, vibrações e energias, basta um pensamento ou uma palavra ofensiva, pronunciada impensadamente, para desencadear vibrações que se estenderão atingindo, com sua ressonância, outros que se encontram em sintonia com esses padrões de nível mental, gerando a discórdia e a turbulência. É um fenômeno semelhante à propagação de ondas que se verifica quando atiramos uma pedra no lago: as ondas que surgem no ponto onde a pedra caiu propagam-se e chegam até à margem. Podemos dizer que o mundo é um grande “lago mental”. As ondas mentais de uma pessoa não ficam restritas a uma pequena área em torno dela; elas se propagam sem parar, estendendo sua influência à mente dos outros, ao trabalho e ao ambiente geral, alterando de forma invisível, enquanto durar sua energia.

O espírito e a carne:

Jesus disse “vigiai e orai” porque todos nós enfrentamos uma luta entre a carne e o espírito (Gálatas 5:16-17). Nosso espírito quer as coisas de Deus e se alegra com a justiça e o bem. Mas nossa carne ainda sofre tentações e se inclina para o mal. A carne significa nossa natureza humana, que ainda é influenciada para alguma coisa não recomendável e suas consequências. Em nosso espírito, estamos prontos para servir a Deus e obedecer a Seus mandamentos. Mas nossa carne é fraca e, se não tomarmos cuidado, pode cair na tentação. Enquanto não chegamos à vida eterna, sempre teremos uma luta com a carne. Por isso, Jesus nos disse: Vigiai. Vigiar significa ficar atento. Precisamos estar vigilantes porque as tentações estão sempre procurando maneiras de nos destruir.

As tentações podem surgir quando e de onde menos esperamos. Quando baixamos a guarda, ficamos mais vulneráveis. Corremos o risco de orar, mas não viver a vigilância. Por isso que o Cristo disse: “Vigiai e orai”. Ao nos dar estas orientações, Jesus nos pedia para mantermo-nos em comunhão com Deus através das preces, buscando sempre orientação do Pai, ligando-nos à espiritualidade superior que fala diretamente conosco por boas sugestões no momento em que oramos. Além disso, o Mestre nos pede para que vigiemos nossas palavras, ações, pensamentos e até mesmo o modo como olhamos para a vida e para nosso próximo. Cristo nos orienta a vigiarmos aquilo que trazemos dentro de nós mesmos e que nos afasta dos caminhos de Deus. Ao usar a palavra “vigiai”, Ele não queria que vigiássemos a vida de outras pessoas, mas nossas próprias atitudes.

Vigilância, na sua expressão correta, como nos ensina Jesus com o “vigiai e orai”, não é fiscalizarmos as atitudes alheias, mas objetiva, acima de tudo, nos prevenir acerca de nossas próprias imperfeições e falhas. As nossas fraquezas nos prendem à retaguarda espiritual, induzindo-nos a ações menos edificantes que nos dificultam a marcha evolutiva. Como espíritas, conhecedores do Evangelho à luz da Terceira Revelação, grande é a nossa responsabilidade e, por isso, precisamos estar vigilantes com relação aos nossos próprios atos, palavras e pensamentos, para que externem sempre o que de melhor temos aprendido na doutrina que nos felicita o entendimento. Vigiar os pensamentos quer dizer mentalizar sempre o bem para todos os que nos cercam e para toda a humanidade, evitando assim colaborar para o acréscimo das ansiedades que envolvem tantas pessoas nos dias atuais.

Vigiar as palavras, não só evitando tudo o que possa desdobrar o mal, prejudicar o próximo ou exagerar os acontecimentos menos felizes, como também disseminando, sempre que possível, palavras de carinho, entendimento, ânimo, esperança e conforto. Vigiar ações, afim de que sejamos sempre instrumentos úteis nas mãos da espiritualidade maior, no auxílio aos necessitados. Vigiar será finalmente estarmos atentos para que não venhamos a ser escravos de ilusões e imperfeições, transformando-nos em verdadeiros espíritas que veem na existência terrena uma oportunidade gloriosa de aprender, amar, ajudar e servir sempre, em nome de Jesus, em favor de nossa própria felicidade espiritual. Entre idas e vindas, nos deparamos com situações muito inusitadas. Muitas vezes sorrateiramente fazemos algo, que achamos só nós estamos sabendo.

Esquecemos que ao nosso redor, existem inúmeros seres invisíveis aos nossos olhos que a tudo vê. Nunca devemos nos esquecer que a invisibilidade não significa ausência. Imperioso, portanto, saber lidar com estas situações, pois ao acharmos que estamos escondidos, na verdade, estamos sendo mais vistos do que nunca. Convém salientar que estes seres invisíveis que a tudo presenciam, raramente interferem em nós, por respeito ao nosso livre-arbítrio. Quanto mais achamos que estamos sós e isolados do contexto, mais nosso engano se torna maior. Deixando atuarmos como se nada está acontecendo, não significa que estão conivente, ou que deixam acontecer para sofrermos mais tarde. Importante na verdade é atentarmos para tudo que estamos fazendo, falando e praticando, afim de que mais tarde, não venhamos a ser cobrados por tais fatos.

A transparência é vital e fundamental, para que possamos conviver coletivamente com nossos semelhantes. Incitações e discórdias nos remetem a areias movediças do retrocesso, que arrebatarão a nós mesmos em primeiro lugar. Nestas horas é preciso estar atento e lembrar das orientações de Jesus, que nos sugere  vigiai e Orai. Somos constantemente influenciados em nossa vida de relação. Paulo de Tarso, o apóstolo dos gentios, como ficou conhecido por sua missão junto aos povos pagãos, afirmou em carta ao povo hebreu: “temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas”. Mantermo-nos despertos, e em sintonia elevada, permite estarmos atentos e bem inspirados a toda oportunidade de fazer o Bem, a nosso semelhante e, por decorrência, a nós próprios. “Os espíritos ficam à espreita de um momento propício, como o gato que tocaia o rato”.

É imprescindível vigiar sempre nossos pensamentos, nossas palavras e nossas ações, praticar a humildade, reconhecendo nossa pequenez diante do Universo e treinar a paciência, compreendendo e amando as coisas e as pessoas, olhar para todos com os olhos cheios de amor, a fim de que o bem cresça em nós, porque seremos, invariavelmente, traídos pelos defeitos que possuímos, que funcionam como antenas poderosas a captar as energias, numa perfeita sintonia de atração às energias semelhantes. Ao vigiar nossos pensamentos, estamos evitando desgastes pessoais e mágoas desnecessárias; ao vigiar nossas ações estamos nos resguardando de ações contrárias ao Evangelho e protegendo-nos de nós mesmos; ao vigiar nossas palavras, cuidamos para não apedrejar quem julgamos. Vigiemos, portanto, ações e palavras.

Vigiai e orai, aparente alvitre singelo, encerra conteúdo de cunho eminente. Por estarmos com frequência, a cada passo diário, sujeitos a disposições de ânimo para a prática de coisas diversas ou censuráveis (caindo em tentação), esse oportuno aviso do Mestre indica prudência, bom senso. No entanto, a interpretação evangélica para o termo vigiar também diz respeito à necessidade de tomarmos as devidas precauções, sustentando, assim, o indispensável equilíbrio e lucidez, para perceber além das aparências e, com isso, escolher o que verdadeiramente será o melhor para nós, nas várias situações de nosso cotidiano. Com isso, o “vigiai e orai” consiste em um alerta sempre oportuno a envolver a razão e a emoção de cada um de nós. A razão, porque é através de sua observação atenta e constante que nos conscientizamos de nossas negativas predisposições íntimas.

O alerta do Cristo há milênios ainda hoje ecoa de maneira atualíssima em nossa caminhada. Realmente, necessitamos vigiar e, então, depois, orar. Precisamos estar atentos a essas situações que nos desequilibram, e que nos levam, muitas vezes, a ter atitudes que irão nos comprometer em várias existências, por muitas encarnações. Existem dois tipos de  situações: a de ordem material e a de ordem espiritual. Com relação à material, devemos procurar identificar as nossas tendências no sentido de eliminarmos o que há em nós de instintos inferiores que acalentamos em nosso íntimo (orgulho, egoísmo, ira, mágoa, culpa, vingança, etc.). Pois devemos ter presente que somos espíritos em evolução, portadores de defeitos e virtudes que revelam a nossa essência. A vigilância faz-se necessária, pois o quotidiano apresenta-nos constantemente situações que nos sugestionam e condicionam.

Kardec ao desenvolver a explicação da oração dominical, no capítulo XXVIII do Evangelho Segundo o Espiritismo esclarece: “A causa do mal está em nós mesmos, e os maus espíritos apenas se aproveitam de nossas tendências viciosas, nas quais nos entretém, para nos tentarem. Cada imperfeição é uma porta aberta às suas influências, enquanto eles são impotentes e renunciam a qualquer tentativa contra os seres perfeitos. Tudo o que possamos fazer para afastá-los será inútil, se não lhes opusermos uma vontade inquebrantável na prática do bem, com absoluta renúncia ao mal. É, pois, contra nós mesmos que devemos dirigir os nossos esforços, e então os maus espíritos se afastarão naturalmente, porque o mal é o que os atrai, enquanto o bem os repele”. Como podemos verificar, as tendências inferiores que fazem parte do nosso patrimônio evolutivo manifestam-se naturalmente, daí a nossa necessidade da vigilância permanente das nossas tendências. Da mesma forma como nosso grupo de amigos encarnados é formado por afinidades, nossos companheiros espirituais também o são. Por isto, a importância do Vigiar. Se a influência dos espíritos sobre nós é tão grande como descrita em O Livro dos Espíritos, é melhor que estejamos cercados por aqueles capazes de nos dar bons conselhos e instruções. Por que devemos orar? Depois de feita a observação daquelas tendências inferiores em nós, que nos trazem sofrimentos, façamos a segunda prática. No momento em que percebemos a atuação dos “defeitos”, devemos orar para que seja retirado de nossa personalidade a imperfeição observada. A oração é um ato através do qual nos colocamos em sintonia permutando energias com as esferas superiores da vida, com entidades do bem, sublimando sentimentos.

Essa permuta de energias aproxima os benfeitores espirituais que nos aconselham e ajudam a superar as nossas fraquezas e, como sabemos, onde há espíritos do bem os espíritos maliciosos se afastam, não podendo atuar sobre nós, uma vez que não lhes estamos dando campo de sintonia para a sua influenciação. A coragem, a paciência e a resignação, também nos concederão os meios de nos livrarmos, por nós mesmos, das dificuldades, mediante ideias que nos serão sugeridas pelos bons Espíritos, de maneira que nos restará o mérito da ação. Deus assiste aos que ajudam a si mesmo segundo a máxima: “Ajuda-te e o céu te ajudará”, e não aos que tudo esperam do socorro alheio, sem usar as próprias faculdades. Como verificamos, somos regidos por leis de sintonia; permutamos energias com os encarnados e desencarnados.

A cada momento da vida vamos nos deparar com situações que ensinam, que testam, que colocam à prova nossa constância de propósitos e a nossa fé. Nem sempre o que alguns formadores de opinião ou a mídia tentam ditar como atitudes, comportamentos ou programas da moda, se identificam com esses bons propósitos. Milhares de mentes pouco despertas e sintonizadas com padrões perturbados são, assim, influenciadas coletivamente, atrasando sua marcha evolutiva. Busquemos uma cultura de higiene mental, fazendo, assim, muito Bem a nós mesmos. Este o convite de Jesus nas passagens evangélicas acima destacadas. Jesus, orientando os Seus seguidores, conhecedor profundo da natureza de cada um, recomendava vigilância e oração como elementos indispensáveis na batalha entre o homem velho e o homem novo.

Recomendava fé, confiança na Providência divina, otimismo na caminhada, como postura essencial para aqueles que O seguiam, passes obrigatórios no pedágio da estrada de iluminação espiritual. Recomendava calma diante das circunstâncias; discernimento das situações vividas, uma vez que toda precipitação é danosa, e escurece as opções do caminho. Que Jesus nos auxilie a vigiar e a orar, para que possamos corrigir o nosso comportamento danoso, em virtude da nossa visão estreita, ao nosso semelhante, e para que possamos, cada vez mais, crescermos espiritualmente, cumprindo com nossos compromissos assumidos de forma voluntária.

Muita Paz!

A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz.

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