INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 29 de janeiro de 2023

 


O Saber espírita é uma Consolação

O tema desta reflexão é por demais profundo e importante, pois nos remete a nada mais nada menos do que ao grande Rabi da Galileia. “Venho ensinar e consolar os pobres deserdados. Venho-lhes dizer que elevem sua resignação ao nível de suas provas; que chorem, porque a dor estava presente no Jardim das Oliveiras, mas que esperem, porque os anjos consoladores virão enxugar suas lágrimas.” (O Espírito de Verdade - O Evangelho segundo o Espiritismo). “Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo” (Mateus, cap. XI, vv. 28 a 30). “Se me amais, guardai os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro consolador, para que fique eternamente convosco, o Espírito de Verdade, a quem o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece. Mas vós o conhecereis, porque ele ficará convosco e estará em vós. Mas o Consolador, que é o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João, XIV: 15 a 17 e 26). Nessas palavras de Jesus, fica bem clara a ideia de que o Mestre se dirigia a toda a humanidade e para todos os tempos, demonstrando como conhecia o futuro e suas necessidades. Sabia que somente o amor a ele, impulsionaria seus discípulos a prosseguirem na divulgação de seus ensinos, através da palavra e do exemplo, por isso, diz "Se me amais, guardai os meus mandamentos", na mente, no coração e nas ações. E eles o fizeram, com tanto amor que seus ensinos não se perderam, chegando até nós, sendo hoje percebidos com mais clareza, para permanecerem para sempre conosco. O objetivo deste estudo é mostrar que a doutrina codificada por Allan Kardec ajusta-se perfeitamente ao texto do evangelista João sobre o Consolador Prometido. Para que possamos entender o alcance daquelas palavras, convém refletirmos sobre os ensinamentos trazidos por Jesus e o que os homens fizeram deles ao longo do tempo. Jesus, quando de sua passagem pela Terra, deixou-nos um código de vida. Entretanto, devido ao nosso atraso moral e intelectual de então, deixou a complementação dos seus ensinos para mais tarde. Quando nós estamos passando por algum momento difícil em nossas vidas, e nos sentindo tristes, vulneráveis, parecendo que o mundo vai desabar sobre nós, achando que não há saída para a situação, porque não vislumbramos nenhuma luz no fim do túnel, e, consequentemente, estamos precisando muito de um colo consolador. Ao lermos esse convite de Jesus, sentimos no nosso íntimo um alento, um reconforto muito grande. Isto acontece porque todo o Evangelho do Mestre é um cântico de esperança sublime para os caminhos de lágrimas da nossa jornada terrestre, nos amparando para as glórias do porvir. Quando o Cristo nos fez esse convite, sabia que o sofrimento faz parte do grau de evolução que nós ainda nos encontramos. Hoje, graças a Doutrina Espírita, nós sabemos que o sofrimento é uma necessidade nossa. Através dele nós aprendemos, ganhamos experiência, ressarcirmos dívidas do passado, porque ainda somos espíritos imperfeitos, e, assim, pouco a pouco, nós vamos progredindo até alcançarmos a nossa meta, que é a perfeição. Daí a importância de, nos momentos difíceis, nós estarmos unidos a Deus, porque sofrer com Deus e sofrer sem Deus tem uma diferença muito grande. Da mesma forma que também tem uma diferença enorme o sofrer e fazer sofrer. O interessante é que nós confundimos muito essa confiança que devemos depositar no Criador, que precisamos depositar na Providência Divina. Muitos acreditam que seja uma troca. Confiamos no Pai, e em troca Ele se torna nosso servidor. Nos livra de todos os problemas; realiza todos os nossos desejos. Mas não é bem assim que a coisa funciona. Da mesma forma, nós temos confundido muito os ensinamentos de Jesus, como nessa passagem que estamos expondo. O Mestre nos promete alívio e não isenção do sofrimento, e esse alívio deve ser entendido por coragem, força, para que nós possamos continuar lutando, continuar aprendendo. Mas não é a todos os aflitos que o Cristo prometia o Seu alívio. Ele prometia àqueles corações que sofrem bem, que sofrem compreendendo os desígnios de Deus com resignação, com confiança. E nós sabemos perfeitamente que não é dessa forma que nós nos posicionamos quando estamos atravessando um momento difícil. Geralmente blasfemamos, ficamos irritados, derramamos lágrimas sem proveito, aumentando ainda mais o sofrimento à nossa volta. Isso é fazer sofrer, e essas reações não vão aliviar nem tampouco modificar o nosso problema. A nossa irritação não soluciona problema algum, pelo contrário, aumenta-o ainda mais. No capítulo VI do Evangelho Segundo o Espiritismo, O Cristo Consolador, Kardec nos fala que são muitos os sofrimentos que nós experimentamos aqui na Terra. São as dores físicas, misérias, decepções, perda de seres amados, as amarguras, as ingratidões. Mas para todos esses sofrimentos existe uma consolação, existe um alívio, um consolo, para que possamos superá-los. E nós não podemos nos esquecer do nosso maior consolo que é Jesus. E lembrar-nos do sofrimento que foi imposto a Ele, Espírito Puro, e que não merecia, que veio ao nosso orbe para nos ensinar o caminho que nos levará até o Pai. "O Espiritismo vem, no tempo marcado, cumprir a promessa do Cristo: o Espírito de Verdade preside a sua instituição, chama os homens à observância da lei e ensina todas as coisas em fazendo compreender o que o Cristo não disse senão por parábolas. O Cristo disse: "Que ouçam os que têm ouvidos de ouvir"; o Espiritismo vem abrir os olhos e os ouvidos, porque fala sem figuras e sem alegorias; ele ergue o véu deixado propositadamente sobre certos mistérios, vem, enfim, trazer uma suprema consolação aos deserdados da Terra e a todos aqueles que sofrem, dando uma causa justa e um fim útil a todas as dores".(Kardec, 1984). Vejamos agora a questão em que sentido o Espiritismo é consolador. O Espiritismo consola, no momento em que esclarece e demonstra os fatos que os próprios Espíritos nos fornecem. A dor torna-se remédio e a resignação um sustentáculo da fé que se agiganta. A palavra consolador é um substantivo que deriva do verbo consolar. Consolador, portanto, é aquele que consola, que diminui a dor ou a aflição, que está junto de outro que sofre. É interessante lembrar que o consolador não interfere diretamente, mas atua por meio de palavras, procurando auxiliar o consolado a passar o momento difícil. O Espiritismo realmente nos desperta a mente para a profundidade dos ensinos de Jesus. É importante que nunca nos cansemos de estudá-lo. E mais ainda, que estudemos tudo o que estiver ao nosso alcance para fortalecer a nossa convicção espírita. O Espiritismo não pode ser contaminado pelo misticismo, nem pelo fanatismo, o que é sempre mais fácil quando não estudamos. Estar sempre em dia com os preceitos de Kardec para que recusemos informações que fujam da codificação. Graças a eles é que entendemos Jesus. Que sentimos sua presença ativa, constante e capaz de nos conduzir a uma vida mais feliz, longe da tristeza do Cristianismo oficial e perto das esperanças e certezas do Cristianismo de Jesus. Com o Espiritismo, Jesus desceu da cruz, matou a morte e nos proporciona um destino de responsabilidade, e de liberdade também. Somos artífices do nosso futuro. Não precisamos ser “santos” para segui-lo, mas precisamos ter determinação e vontade de atuar no bem. Jesus apresentando-nos o Espiritismo através do Espírito da Verdade, cortou-nos os grilhões com o passado, permitindo-nos desvendar um horizonte cheio de luz e paz que já podemos vislumbrar nas pequenas alegrias que conseguimos atingir através do esforço no bem. O Espiritismo entra exatamente neste contexto já que possui explicações lógicas, claras e concretas para as causas do sofrimento. Um outro aspecto que não podemos perder de vista é o fato de que a dor humana cresce mais à medida que não é explicada. Assim, a maioria das pessoas pergunta: por que Deus me impôs tal sofrimento? A proporção que as pessoas não encontram uma resposta a estas e outras questões a dor lhes parece mais forte e chegam mesmo a desconfiar da bondade e da justiça de Deus, tornando-se amargas e revoltadas. O Espiritismo entra exatamente neste contexto já que possui explicações lógicas, claras e concretas para as causas do sofrimento. A leitura da Doutrina dos Espíritos oferece à vida um novo sentido. A reencarnação reentroniza o conceito do Deus justo e bom que não faz que soframos por causa do pecado original ou pelos erros de nossos pais atuais. Ficamos sabendo que o sofrimento não é um mal em si mesmo, muito pelo contrário, mas um incentivo que nos empurra para frente em busca dos mundos maiores e que, se soubermos retirar do sofrimento as lições que ele nos oferece, estaremos nos candidatando a um lugar mais elevado na escala espiritual e nos adiantando em nossa jornada em busca dos Mundos Ditosos. A Doutrina Espírita consola porque esclarece. Ela permite a todos que travam contato com seu conteúdo uma vida mais tranquila, mais lúcida e feliz, apesar das aflições comuns ao mundo físico de imperfeições. Ao saber que a vida continua qualquer sofrimento diminui. Eis o consolo. A certeza do futuro é a matriz do consolo espírita. Por isso, o lado mais belo do Espiritismo é a consolação que prodigaliza aos aflitos, em todos os sentidos. O conhecimento da reencarnação é esclarecedor. Nele, a justiça divina se revela com toda a sua beleza, com todo o seu amor. Quando Allan Kardec trata do tema “consolo”, ele o faz em caráter eminentemente filosófico. Vale diferenciar o termo para o senso comum e para a filosofia. Para o senso comum, consolo é fruto de uma atitude. Alguém consola alguém. O consolo é um paliativo emocional. Conforme os dicionários, paliativo é algo que só tem eficácia momentânea ou incompleta. Uma espécie de medicamento que não cura, mas mitiga o sofrimento do doente. Ou, por fim, uma delonga que mantém uma expectativa. Para o leigo, o consolo é enxugar lágrimas, chorar junto, dar um remedinho, dar conselhos, ter compaixão. Podemos chamar esses atos bondosos de compaixão e, em alguns casos, até mesmo de caridade. Filosoficamente, consolo implica conhecer algo que lhe faça entender sofrimentos, aflições ou situações comumente inexplicáveis. Aí percebemos uma diferença digna de nota: para o leigo o consolo é algo puramente emocional. Uma atitude carinhosa de alguém para outra pessoa. Para o filósofo o consolo é algo que o próprio indivíduo estabelece para si a partir do conhecimento, da razão e do bom senso. Para a filosofia, e, claro, para o Espiritismo, não são pessoas carinhosas que consolam outras pessoas. O Consolador Prometido é a Doutrina Espírita, não os espíritas. Por mais que alguém seja carinhoso, bondoso, atencioso (e espírita) isso não o torna um “consolador”. Para o senso comum pode até ser. Segundo o Espiritismo, não. Precisamos cuidar-nos, para que também nós não apenas enxerguemos a justiça e sua necessidade, mas, sim, todo o amor divino que age sobre tudo e sobre todos. Em tudo viceja o amor. Nas maiores dores vejamos a expressão do amor, das oportunidades de escolha, e das chances de reparação do passado doloroso. A reencarnação é a grande chave. Com ela abre-se o portal do entendimento e o raciocínio se aclara, a fé surge e o conhecimento liberta. A oração também é um bálsamo consolador. Quantas vezes estamos tristes, desanimados, e nos entregamos à prece com fervor, com sinceridade, e quando terminamos, sentimos que as nossas forças estão renovadas. Ainda no capítulo VI, são citadas duas consolações. Uma é a fé no futuro, e a outra é a Justiça Divina. Mas por que são fontes de consolação? A fé no futuro é certeza da continuidade da vida, porque somos espíritos eternos. Quando Jesus proferiu o Sermão do Monte, Ele nos proporcionou essa certeza o tempo todo. Nas Bem-aventuranças, o verbo foi colocado sempre no tempo futuro. Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados; Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. O Cristo nos transmitia a certeza de uma vida melhor. A respeito da Justiça Divina, o Mestre também foi muito claro quando a sintetizou numa única sentença: A cada um será dado conforme as suas obras. Vale a pena analisar como estamos nós. Conhecimento espírita é consolação. Pois que estejamos consolados, aumentemos nossa fé. O Espiritismo apresenta uma nova concepção da divindade que, perdendo o caráter antropomorfizado das religiões primitivas, torna-se A Inteligência Universal, Causa Primeira de todas as coisas sem, entretanto, perder os seus atributos de amor e de Justiça. Frente a esta imagem de Deus não pode haver revolta, mas compreensão de que existe uma ordem universal e que esta ordem dá sentido não só à vida na Terra, mas em todo o cosmos. Em resumo, o Espiritismo é, sem dúvida alguma, O Consolador prometido por João e em seus textos e contextos atualiza a mensagem de Jesus, mensagem a que Jesus apenas aludiu em sua época, por causa da impossibilidade de compreendê-lo àquele tempo. Não é a toa que o espírito que liderou a equipe da terceira revelação, tenha se apresentado a Kardec como Espírito Verdade. Coloquemos nossa casa assentada sobre a rocha e sigamos em paz, nossa jornada terrena. Consolemo-nos e consolemos aos demais, por nossa vez, pois a bondade de Deus está sempre colocando ao nosso lado, para exemplificar, aqueles que estão em situação pior que a nossa e que estão sorrindo e amando a vida.

Muita Paz!

A serviço da Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio necessário para uma vida feliz.

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