INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
Pense nisso!

Dê vida a esse Blog. Comente!
Seu comentário é muito importante!

sábado, 16 de abril de 2022

 


QUAL O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA?

Nós estamos nos aproximando de uma grande celebração cujas raízes repousam no judaísmo e que foi absorvida pelo mundo cristão, sendo depois deturpada, se transformando na celebração atual da Páscoa, com seus coelhinhos e ovos de chocolate, e com uma festa que quase não guarda relação com a Páscoa genuína. O que é então a Páscoa? A Páscoa é uma celebração judaica do momento em que seu povo saiu do Egito. É importante salientar que quando falamos de Páscoa, nós estamos falando de um universo que é o da religiosidade. Nós somos um mundo religioso. E nesse universo nós lidamos com símbolos, com metáforas. Por que isso? O que religiosidade tem a ver com sentimento? Religiosidade tem a ver com experiência pessoal. Com experiência que a criatura faz de Deus. Como ela experimenta Deus, como ela experimenta a vida, como ela experimenta a si mesma diante da vida e diante de Deus. É óbvio que é impossível traduzir uma experiência tão subjetiva, tão espiritualmente rica com a linguagem da ciência, que é uma linguagem matemática, mais analítica. Por essa razão a religiosidade opta pela linguagem da metáfora, que é quase uma linguagem dos sonhos, uma linguagem onírica, e, portanto a Páscoa tem muito dessa simbologia dos sonhos. O que diz a Páscoa? Que o povo hebreu estava escravo há quatrocentos anos no Egito. (O termo escravo não soa bem, pois no Egito não havia muros e eles não estavam acorrentados; eles poderiam sair a hora que quisessem). Conta-se que o Egito foi invadido pelo anjo da morte, mas nas casas que tivessem uma marca com o sangue de um cordeiro, o anjo pularia aquela casa. Como o verbo pular em hebraico é pessach, daí vem páscoa. A Pascoa é então o pulo do anjo. O pulo que ele dá nas casas com a marca do cordeiro. O povo de Israel, em sua catequese, assumiu como uma memorável festa em que Deus saltou, isto é, passou adiante das casas dos israelitas marcadas pelo sangue do cordeiro sacrificado, poupando-as. Naquela ocasião, Deus poupou os israelitas de uma calamidade que matou todo primogênito no Egito. (Êxodo 12:27; 13:15) A primeira Páscoa celebrada pelos judeus, ainda no Egito, é descrita na narrativa bíblica da seguinte maneira: Os hebreus sacrificaram um cordeiro sadio, de um ano, no dia 14 de nissan. O animal foi assado inteiro e então consumido. Uma tradição hebraica tem relação com o cordeiro no período da Páscoa: a família judaica acolhia por uma semana um cordeiro para viver com eles dentro de casa. Na convivência, estabeleciam-se vínculos afetivos e de sentimentos com o animal, e no entardecer da sexta-feira, este era sacrificado. Se alimentar do cordeiro da Páscoa era uma experiência de dor, de desilusão com vistas ao exercício da libertação, pela perda de alguém amado. Então, a Pascoa tem a ver com essa experiência espiritual. A experiência da libertação espiritual, mas que é uma experiência de desilusão, e você não se desilude sem perder, por isso o choque do cordeiro sendo imolado. Com a vinda de Jesus o que é que Ele faz? Ele convive três anos consecutivos com seus discípulos: Ele cura cegos, cura paralíticos, janta todo dia na casa de Simão Pedro, cura até mesmo a sogra de Simão Pedro que morava com ele, trabalha com eles; acorda bem cedinho, vai pescar com eles até o entardecer, convive com eles diariamente, participa das suas dores, sofre com as imperfeições de cada um deles, e no momento final dos três anos, reúne os doze e diz assim para eles: “Não mais beberei, a partir de agora, deste fruto da videira, até aquele dia em que beba convosco, vinho novo, no Reino de meu Pai” (Mateus 26:29). O Mestre se despedia dos 12 apóstolos. Ele dizia, um de vocês vai me entregar e trair. Estou me despedindo de vocês. Vou para o plano espiritual. Voltarei ao Pai. Vocês vão experienciar a dor da perda, e a crise da morte será um portal para que eu continue a amparar vocês e a cuidar da expansão do Cristianismo. Por tanto, essa crise da morte é apenas um portal para a imortalidade, porque a vida não cessa no túmulo, e toda vez que vocês se sentirem solitários, toda vez que vocês sentirem a falta da minha amizade, do meu amor, da minha presença, vocês vão se reunir e vão celebrar a Páscoa em memória da minha amizade e, sobre tudo, em memória da libertação de que sou mensageiro; vim libertar o homem da escravidão da matéria. Mas, infelizmente os séculos passaram e nós transformamos a Páscoa em coelhos e ovinhos coloridos de chocolate, apagando completamente a dimensão espiritual que a experiência religiosa que a Páscoa propõe que é uma experiência de Deus, uma experiência de solidão, uma experiência de amar e se sentir amado. Os cristãos adeptos da Igreja Reformada, em especial a Luterana, não seguem os ritos dos católicos romanos e ortodoxos, pois não fazem vinculação da Páscoa com a ressurreição do Cristo. O Espiritismo, embora sendo uma doutrina cristã, defensor da lógica e do bom-senso, entende de forma diferente alguns ensinamentos daqueles que professam algumas religiões cristãs. A Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, do sacrifício pela verdade e pelo amor. Jesus de Nazaré demonstrou que se podem executar homens, mas não se consegue matar os grandes exemplos de amor ao próximo e de valorização da vida. Comemore, então, meu amigo, minha amiga, uma “outra” Páscoa. Não a do chocolate ou a do sofrimento, mas a sua Páscoa, a da sua “libertação”, refletindo na sua transformação interior, a Páscoa da valorização da própria vida na certeza da imortalidade. Assim, nesta Páscoa, quando estiveres junto aos teus mais caros, lembra-te de reverenciar os belos exemplos de Jesus, que o imortalizam e que nos guiam para, um dia, também estarmos na condição experimentada por ele, qual seja a de “sermos deuses”, “fazendo brilhar a nossa luz”. Faça como Jesus nesta semana, ajude o seu próximo, aproveite esse feriado fazendo algo semelhante ao que o homenageado faz. Não precisa de muita coisa para deixar alguém feliz, às vezes somente uma palavra amiga é o suficiente. Que todos os espíritas possam nesta Páscoa, se recordar de Jesus e celebrar em sua memória, o teor primeiro de sua missão: a libertação da escravidão da matéria, e o viver sem amarras com vistas a existência futura, no plano espiritual. Em verdade, devemos reconhecer a data da Páscoa como a grande e última lição de Jesus, que vence as iniquidades, que retorna triunfante, que prossegue sua cátedra pedagógica, para asseverar que “permaneceria eternamente conosco”, na direção bussolar de nossos passos, doravante. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário