INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 3 de abril de 2022

 


Injúrias e Violências

Este tema Injúrias e Violências está contido no capítulo IX do Evangelho Segundo o Espiritismo: “Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos”. Esta Bem-aventurança faz parte do belíssimo Sermão da Montanha, lição de Jesus, que constitui um dos mais belos ensinamentos que foram dados à Humanidade. Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra (Mateus, cap. V. v.4). Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus (Mateus, cap. V, v.9). Sabeis que foi dito aos antigos: não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. Eu, porém, vos digo que quem quer  que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenação pelo conselho; e que aquele que lhe disser: és louco, merecerá condenado ao fogo do inferno (Mateus, cap. V, vv.21 e 22). O Evangelho Segundo o Espiritismo faz da brandura, da moderação, da afabilidade e da paciência uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera, e até toda expressão descortês de que se possa usar para com os semelhantes. O texto de Mateus é um convite ao exercício pleno da lei de amor. Nesse conjunto de palavras, Jesus reprova todo vocábulo que possa ferir. Adverte, com isso, que a fraternidade deve orientar as relações entre as criaturas, e que a doçura e a afabilidade devem estar presentes no trato recíproco. Por estas palavras, que expressam atitudes e comportamentos difíceis e até estranhos ao homem, ainda hoje, após dois mil anos, mergulhado na ânsia de conquistar e usufruir bens e prazeres materiais, a qualquer preço, Jesus exalta a mansidão, a delicadeza, a mansuetude, a afabilidade, a paciência, transformando-as em lei. Raca é uma expressão ofensiva entre os judeus. É palavra que revela desprezo. Jesus usou essa palavra (raca) nessa passagem evangélica apenas para nos advertir que em nenhuma circunstância devemos usar expressões para ferir, destruir, humilhar. Ao contrário, as palavras devem servir, essencialmente, para a construção da paz, da fraternidade e do entendimento entre as criaturas. Entretanto, antes de nos atermos a isso, vamos investigar o porquê de algumas expressões aqui usadas. O que Jesus quis dizer com a expressão “possuirão a Terra”? O que significa, de fato, ser brando e pacífico? Tudo isso constitui material de profunda reflexão para todos nós. Uma vez que as palavras de Jesus não são vãs e, apesar das muitas distorções nos textos dos evangelhos canônicos, a força e a sabedoria das máximas de Jesus permanecem na essência de muitos textos. Observemos que o texto de Mateus é um convite ao exercício pleno da lei de amor. Jesus reprova toda palavra que possa ferir, adverte, com isso, que a fraternidade deve presidir as relações entre as criaturas e que a doçura e a afabilidade devem estar presentes no trato recíproco. Dentro do tema, um ponto que é necessário esclarecer refere-se à expressão "os brandos possuirão a Terra". O que exatamente significa isso, uma vez que Jesus nos prometia constantemente o "Reino dos Céus" e esta máxima parece apontar exatamente o oposto?  E volto a perguntar: o que vem a ser brando e pacífico, de fato? Seria simplesmente não reagir? Ficar impassível diante de provocações? É ter mansidão (ausência de agitação, de inquietação; calma, serenidade)  desde o lado mais interno nosso, com as outras pessoas, consequentemente é ter fé na Providência Divina, o que nos dá tranquilidade íntima de que não precisamos agredir, nem em pensamento, quem quer que seja para que as coisas fiquem bem; que não precisamos forçar as coisas. É respirar fundo e refletir antes de reagir, e evitar que a reação venha contaminada das emoções desequilibradas. É um pouco complicado explicar e entender sem que se compreenda a reencarnação. A Doutrina Espírita nos explica que esse “Possuir a Terra” refere-se a um futuro estágio por que passará a Terra. Embora ainda vivenciando a condição de expiações e provas, nós estamos passando por um período de transição para uma futura condição de regeneração, quando o planeta estiver mais depurado, mais feliz. Então, a Terra, um dia, será um planeta feliz, um planeta regenerado, e aqueles que tiverem sido brandos e pacíficos terão o privilégio de viver aqui. Continuarão reencarnando neste orbe. Possuir a Terra, certamente não significa  possuir os bens materiais. É importante observar que não serão somente os brandos e pacíficos, mas todos os de boa vontade. Se algum de nós sem essas características de suavidade estiver aqui, em massa, como na Terra de hoje, ela não seria mais feliz. Hoje, o egoísmo e o orgulho ainda falam muito alto. Ainda sentimos desejo de vingança ou, no mínimo, temos muita dificuldade para perdoar. E dentre todos os nossos muitos defeitos, um dos mais difíceis de combater é certamente a agressividade. Nem sempre essa agressividade se manifesta em atos, mas também em palavras ou gestos. Não raro ferimos demais ao falar. Usamos a língua como chicote capaz de provocar profundas cicatrizes. Ser brando e pacífico é reconhecer a necessidade de disseminar a paz entre os homens. E, seguindo Jesus, semear a tranquilidade nos corações conturbados, revoltados, violentos, tornando-os menos endurecidos, e fazendo-os retornar ao equilíbrio. A violência sempre existiu, todavia, nunca foi tão destacada pela mídia, como hoje, pela facilidade dos meios de comunicação. As crianças crescem vendo, pela televisão, ações violentas, onde o Bem, para combater o Mal, usa os mesmos recursos violentos e cruéis. As desigualdades financeiras e sociais, aliadas a ausência, em todas as classes sociais, da valorização das qualificações morais, que são as únicas que favorecem e facilitam o relacionamento entre os homens e as nações, no respeito aos direitos e deveres de cada um, estimulam a violência, com todas as suas consequências. Pelo atraso do desenvolvimento moral, é que o desenvolvimento intelectual, científico e tecnológico da humanidade pouco alterou os problemas de inter-relacionamento entre os homens e entre as nações. Por isso, hoje, como antes, essas palavras de Jesus continuam sendo apenas lidas, ditas, copiadas, mas, difíceis de serem atendidas. Por elas, e por seus exemplos, Jesus condena, repele, toda e qualquer violência, mesmo a de palavras, que não causam feridas, mas machucam os sentimentos das pessoas e expressam sentimentos negativos de quem as profere, contrariando assim, “a lei do amor e da caridade, que deve regular as relações entre os homens, mantendo a união e a concórdia.” Allan Kardec chama nossa atenção, fazendo-nos refletir na importância das palavras usadas, quando escreve que as ofensivas se constituem em “um atentado à benevolência recíproca e à fraternidade, entretendo o ódio e a animosidade. Enfim, porque depois da humildade perante Deus, a caridade para com o próximo é a primeira lei de todo cristão.” Kardec explica que a palavra raca, usada entre os hebreus, era uma expressão de desprezo, significando um homem reles, e era pronunciada cuspindo-se de lado. Lembrando que “em qualquer circunstância, a intenção agrava ou atenua a falta”, demonstra porque Jesus condenou também a ofensa por palavras. Em relação às promessas de Jesus de que os mansos e os pacíficos possuirão a Terra e serão chamados filhos de Deus, elas se realizarão, quando a Terra não for mais a morada de Espíritos em provas e expiações, mas sim de Espíritos regenerados, buscando viver fraternal e solidariamente, todos unidos no ideal do BEM, sem rivalidades, sem concorrências, sem imposições, a não ser as consequentes das leis do Bem, que então, todos entenderão e se esforçarão por vivenciá-las. “Quando a lei do amor e caridade for a lei da humanidade, não haverá mais egoísmo; o fraco e o pacífico não serão mais explorados, nem espezinhados pelo forte e pelo violento. Será esse o exilado da Terra, quando, segundo a lei do progresso e a promessa de Jesus, ela estiver transformada num mundo feliz, pela expulsão dos maus.” Por isso, essas palavras de Jesus precisam continuar sendo estudadas por aqueles que acreditam na perfectibilidade do homem, que tem condições de viver de acordo com a lei trazida por Jesus, mesmo vivendo em um mundo de difíceis relacionamentos, pelo orgulho e egoísmo, entre pessoas e entre nações. Os que assim fazem, buscando sua renovação moral, e são muitos na Terra assim fazendo, auxiliados pelos Espíritos desencarnados, que já conseguiram vencer em si o orgulho e o egoísmo, e trabalham sob o comando de Jesus, passam a servir de exemplos aos seus próximos. Assim, não importando o país em que vivem, nem que religião professem, quanto maior o número de pessoas esforçando-se por sentir o bem, pensar e agir no bem geral, sem egoísmo e sem orgulho, não tenhamos dúvida, os mansos,  os pacíficos, se tornarão maioria na Terra e, usando sua elevada inteligência e elevada nobreza moral, viverão como filhos de Deus, AMOR ABSOLUTO e possuirão a terra regenerada. Sem o conhecimento da vida futura, da evolução contínua e da lei da reencarnação, essas palavras de Jesus não têm sentido. “Aprendei de mim, disse  o Cristo, que sou humilde e manso de coração”. E é no Mestre que devemos buscar as lições de mansidão de que tanto carecemos nas lutas da vida. “Não vos encolerizeis para que não sejais condenados”. A irritabilidade produz a cólera, e a cólera é uma das causas predominantes de enfermidades físicas e de males psíquicos. Da mansidão vem a indulgência, a simpatia, a bondade e o cumprimento do amor ao próximo. Nem sempre a agressividade se manifesta em atos físicos, mas também por palavras ou gestos. Muitos devem estar se perguntando: como é possível sobreviver, brando e pacífico, em um mundo onde campeia a violência? Sei perfeitamente que não é fácil. Mas a espiritualidade dá a receita para isso: Reunir em nós, diariamente, as sementes de paz que vivem ocultas em nossa alma, e regá-las com a água do amor, e fortificá-las com o nosso próprio esforço, doando tranquilidade a todos com que compartilhamos a marcha. Toda palavra ofensiva deve ser banida de nosso vocabulário e todo gesto agressivo deve ser evitado, a fim de que possamos construir as bases de um mundo mais suave, mais feliz, mais calmo e mais fraterno. Todo conteúdo desse texto constitui material para uma profunda reflexão para todos nós, uma vez que ele dissemina palavras de Jesus, e elas não são vãs. Apesar das muitas distorções nos textos dos evangelhos canônicos, a força e a sabedoria das máximas do Cristo permanecem na essência de muitos textos.

Muita Paz!

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