INTRODUÇÃO
O objetivo desse Blog é levar você a uma reflexão maior sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o equilíbrio
necessário para uma vida saudável e produtiva.

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Prezados irmãos e amigos. Não pretendo com esse Blog modificar o pensamento das pessoas. Não tenho a pretensão de ser dono da verdade, pois acredito que nenhuma religião ou seita detém o privilégio de monopolizá-la. Apenas estou transmitindo informações, demonstrando a minha crença, a minha verdade. Cabe a cada indivíduo a escolha de como quer entender as coisas do mundo em que vive, como quer viver a sua vida, e quais os métodos que quer utilizar para suas colheitas. Como disse Jesus, "A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória", ou seja, o plantio é opcional, você planta o que quiser, mas vai colher o que plantar. Por isto, muito cuidado com o que semear.
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domingo, 2 de outubro de 2022

 


O Sermão da montanha comentado – Episódio 01

Quando Moisés implantou as suas leis, foi para que o homem daquela época pudesse se pautar por um código que tinha limites, punições, castigos, porque aquelas criaturas só entendiam aquela linguagem, só entendiam aquela sistemática que era da pressão, do medo, do temor. Mas, quando veio Jesus, Ele trouxe para nós um novo código de ética. Deu-nos o Sermão do Monte, que  é o texto mais importante do Novo Testamento. Nele estão expressos os principais conceitos do Cristianismo, e contém, sem dúvida alguma, a síntese da mensagem do Cristo. É o maior e mais completo código de ética existente no mundo. É a iniciação cristã do processo de evolução do espírito, em sua jornada terrena. Se pudéssemos fazer uma comparação, diríamos que o Sermão da Montanha está para nós, assim como os Dez Mandamentos estão para os judeus. O Sermão do Monte não se trata de descrições de alguém excepcionalmente virtuoso, mas, sim, das características que todas as criaturas devem ter. Ele é o maior de todos os discursos que Jesus teria proferido, registrado nos Evangelhos. Ele é tão rico, tão completo, que Mahatma Gandhi, o grande líder indiano, que não era cristão, ao travar contato direto com o Evangelho de Jesus, e, lendo-o, asseverou com muita propriedade: Se toda a literatura espiritual da Humanidade perecesse, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido. As Bem-aventuranças, dentro do Sermão do Monte, é um longo discurso de Jesus. Dos quatro evangelistas que narram a história do Cristo, apenas dois contam a história do Sermão. Um deles é Lucas, e o outro é Mateus. Os discursos são semelhantes mas profundamente diferentes. O discurso de Mateus é um discurso longo, de três capítulos consecutivos; vai do capítulo quinto ao sétimo do texto. Já o discurso de Lucas é bem menor, ocupa apenas parte do seu capítulo sexto. E fragmentos que estão contidos na pregação de Mateus aparecem espalhados em alguns lugares do Evangelho de Lucas. A diferença entre os dois Evangelhos é que, no de Mateus, embora seja apenas uma curiosidade, o evangelista diz que Jesus subiu ao alto do monte e, olhando a multidão, sentou e, abrindo a sua boca, ensinava, dizendo... Já no evangelho de Lucas, a mensagem é dita de maneira diferente; ele diz que Jesus percebendo a multidão que o seguia, desceu para um lugar plano e, chegando a esse lugar, abriu a sua boca e ensinava, dizendo... Esse discurso é uma série de afirmações sobre as qualidades do verdadeiro discípulo do Cristo. Essas Bem-aventuranças mal entendidas representam o mais violento contraste entre os padrões do homem material e o ideal do ser espiritual. Na primeira frase, Jesus faz referência ao sofrimento daquele povo, quando Ele coloca Bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados. A partir dessa colocação, começam a surgir dúvidas. Como chamar de felizes os que choram; de felizes os injustiçados; de felizes os que sofrem perseguição. Existe uma aparente contradição nisso tudo. Jesus proclama felizes, precisamente, aqueles que o mundo considera infelizes. O Cristo ensinou o avesso daquilo que os homens pensavam. Bem-aventurados os que sofrem, porque se alegrarão, porque deles é o reino dos céus. Isto sugere que tudo aquilo que é colocado como Bem-aventurado, se bem vivido, bem experimentado, resulta em Bem-aventurança. E essas Bem-aventuranças englobam uma série de situações humanas em que, no momento que você observa, dá a impressão de que está tudo errado. Mas atado a esse suposto erro há sempre uma situação grandiosa sendo prometida. Bem-aventurado é uma expressão de Jesus, que significa Bem encaminhado, feliz, sob o aspecto espiritual. Talvez, o grande problema das criaturas seja o entendimento do Sermão da Montanha, porque não é fácil entendê-lo. Para que possamos entender melhor essas Bem-aventuranças, é necessário que façamos um preâmbulo. A época em que o Império Romano assumia o controle da Palestina, a estrutura social se dividia basicamente em três grupos: os religiosos, composto por vários segmentos políticos, detentores de todas as honrarias do povo, afinal de contas eles eram sacerdotes e, por esta razão, eram tidos como quase intocáveis, eram vistos como homens de rigor e da lei, que mediam as ações das criaturas e, por este motivo, não se misturavam aos demais, era uma casta separada dentro da população, dentro da sociedade de Israel. O segundo grupo também vivia na mesma realidade. Era o grupo dos poderosos, dos ricos, não tinham autoridade religiosa, mas eram homens dotados de riqueza e, aquela época, o conceito judaico de riqueza era um conceito de uma bênção divina. Eles eram ricos porque eram homens abençoados. O pobre era um homem amaldiçoado. Os romanos tripudiavam sobre os judeus, criando um clima de extrema hostilidade entre eles.  Assim, a sociedade se dividia entre os sacerdotes, os ricos e aqueles que não eram detentores de nada, os pobres, os rejeitados, os famintos, aqueles para os quais não havia nenhuma esperança específica.

CONTINUAÇÃO DESTE ESTUDO NO PRÓXIMO EPISÓDIO.

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