O Sermão da
montanha comentado – Episódio 04
E Jesus, reforçando a sua fala, segue no seu discurso enaltecendo os
excluídos, dizendo: Vós sois o sal da Terra. Mas, o que significa, na verdade,
isso? Para que possamos compreender o que Jesus queria dizer com essa
expressão, se faz necessário que voltemos no tempo e indaguemos: o que o sal
representava para aquele povo? O sal era o instrumento utilizado para conservar
os alimentos, para que estes pudessem ser guardados por mais tempo. Quando O
Cristo diz que aquelas criaturas eram o sal da Terra, é porque elas seriam os
responsáveis por salgar aquele alimento que estava sendo oferecido, para que as
gerações futuras pudessem se alimentar daquilo que estava sendo oferecido
naquele momento. Em outras palavras, o Mestre estava passando a
responsabilidade para aqueles que O ouviam de conservar os seus ensinamentos. Por
isto, por sermos o sal da Terra, temos que falar de Jesus; temos que falar do
Sermão do Monte; temos que falar de Doutrina Espírita. Em seguida, diz Jesus:
Vós sois a luz do mundo! E fala que não devemos nos esconder, porque quando
alguém tem uma luz não a coloca escondida. Coloca essa luz no alto, para que
ilumine a todos que estão na casa. O Cristo indica para nós que o conhecimento
do qual somos portadores nos impulsiona para que sejamos os partícipes da Boa
Nova na sociedade em que vivemos; que façamos o envolvimento daqueles que estão
próximos de nós. O cristão tem o compromisso de espalhar a proposta
comportamental que o Mestre apresentou para nós. Os estudiosos que analisam a
doutrina de Jesus dizem que ela é extremamente simples, e que o pensamento do
Cristo pode ser resumido em quatro fundamentos: O amor ao próximo; O perdão aos
inimigos; O desapego aos bens materiais e o combate à hipocrisia. A mensagem do
Mestre não é uma mensagem teológica; Não é uma mensagem para a fundação de uma
nova igreja. Ela é uma proposta comportamental, baseada numa relação nossa com
o próximo. Como ensinou Jesus, não sejamos estrelas apagadas, mas façamos
brilhar a nossa luz onde quer que estejamos. Assim, resplandeça a vossa luz
diante dos homens. Nós temos a obrigação de aumentar a nossa luz e clarear o
caminho de nossos irmãos de caminhada. Na sequência, Jesus apresenta cinco
mandamentos da lei antiga, e faz pequenas correções. Ouviste o que foi dito aos
antigos; e mostra o texto como os judeus apresentavam, e faz a correção que Ele
gostaria que nós observássemos. Não cuideis que vim destruir a lei ou os
profetas: não vim revogar, mas cumprir. Porque em verdade vos digo que, até que
o céu e a terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da lei, sem que
tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor
que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus;
aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus.
Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus,
de modo nenhum entrareis no reino dos céus. Ouvistes que foi dito aos antigos:
Se o vosso olho direito for motivo de escândalo, arrancai-o; pois, é melhor
adentrardes na vida sem o olho do que serdes lançado no fogo do inferno. Se a
vossa mão direita for motivo de escândalo, ou seja, fazendo mal para alguém,
arrancai-a, é melhor adentrares mutilado na vida do que serdes condenado ao
fogo do inferno. Quando nós usamos os nossos talentos de uma maneira indevida,
Deus nos tira esses talentos, e vamos reencarnar numa situação mais limitada.
Quando apontamos o defeito do outro, comprometendo a vida da pessoa; quando
usamos a nossa fala para difamar uma criatura; quando nós usamos a nossa mão
para empunhar uma arma, e tirar a vida do próximo, nós somos responsáveis. Não
matarás; mas qualquer que matar será réu em juízo. Eu, porém, vos digo que
qualquer que se encolerizar contra seu irmão, já é réu em juízo. A raiva é o
retrato de uma pequena cólera. A pessoa que tem raiva ou se encoleriza,
canaliza uma vibração negativa contra a pessoa, e isso é de nossa
responsabilidade. Por isso, Jesus destacou que se deva ter o cuidado para não
nos encolerizarmos contra as criaturas. Geralmente a gente tem raiva de uma
pessoa, e até deseja alguma coisa ruim para ela (tomara que aconteça isso com
ela), mas não devemos fazer isso, porque, nesse momento, já estamos sendo réus
em juízo, e lá na frente, alguma coisa vai acontecer conosco, e aí nós vamos
questionar: Meu Deus! Porque aconteceu isso comigo? Então, basta a criatura não
ter piedade para com seu próximo para estar incriminada. Quando fores depositar
a tua oferenda no altar, e ali te lembrares de que o teu irmão tem qualquer
coisa contra ti, deixa lá a tua dádiva junto ao altar e vai, antes,
reconciliar-te com o teu irmão; depois, então, volta para oferecê-la.
A CONTINUAÇÃO DESTE ESTUDO SEGUE NO PRÓXIMO EPISÓDIO.
Muita Paz!
A serviço da
Doutrina Espírita; com estudos comentados, cujo objetivo é levar as pessoas a
uma reflexão sobre a vida, buscando pela compreensão das leis divinas o
equilíbrio necessário para uma vida feliz.
Leia Kardec!
Estude Kardec! Pratique Kardec! Divulgue Kardec!
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sempre um dia a ser conquistado! Pense nisso!
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